Quase 85% dos brasileiros já demonstraram algum tipo de carência excessiva em relacionamentos
Dependência, sofrimento e até golpes, saiba o que está por
trás da carência afetiva, e os sinais para identificar essa doença mental
Felipe Laccelva, CEO da Fepo
Divulgação
A carência afetiva se caracteriza como
uma dependência acima do normal que uma pessoa sente por outra. Normalmente, é
demonstrada por uma das partes em uma relação, porém, às vezes, mesmo após uma
separação, o sentimento de carência e solidão são cultivados e persistem por um
longo tempo, o que pode ocasionar crises de ansiedade e depressão.
A plataforma de atendimento online Fepo
Psicólogos constatou que 84,6% dos brasileiros já demonstraram algum nível de
carência excessiva em um relacionamento, com 14,6% afirmando que este foi o principal
motivo para terminarem na ocasião. A pesquisa foi feita com pessoas de 18 a 55
anos, das cinco regiões do país, no começo do mês de fevereiro.
“Todos já vivenciaram a carência afetiva
em algum grau em suas vidas, é aquela necessidade que temos em nos sentirmos
amados e acolhidos. Mesmo as pessoas que podem ser consideradas frias e
distantes pelos outros, também experimentam esse sentimento, mas é preciso
permanecer atento para não se tornar algo prejudicial na vida”, explica Felipe
Laccelva, psicólogo e CEO da Fepo Psicólogos.
Ainda de acordo com o levantamento,
durante as sessões de terapia, cerca de 68% dos psicólogos afirmam que seus
pacientes costumam trazer situações claras de carência afetiva.
5 sinais que uma pessoa está sofrendo de
carência afetiva
O sentimento de carência acima do normal
é capaz de afetar os relacionamentos de modo que a pessoa passe a fazer
cobranças em excesso para receber carinho e provas de que é apreciada pelo
outro, ou até mesmo amigos e familiares.
Felipe destaca cinco principais sinais
de que um indivíduo exibe de estar sofrendo de carência afetiva, são
eles:
- Abrir mão de seus gostos e
vontades por outra pessoa;
- Desejo de agradar o outro a
todo instante;
- Medo constante de ficar sozinho
(a);
- Alta dependência;
- Ciúmes elevado, que pode ser
agressivo com o passar do tempo.
Além disso, o profissional ressalta que
a pandemia ajudou a impulsionar os casos no Brasil, sendo um dos pontos que
merecem atenção no pós-pandemia: “O isolamento social e a dificuldade de encontrar
as pessoas que gostamos levou a um aumento dos casos de carência afetiva e
outras doenças mentais como a ansiedade. Muitos brasileiros ficaram muito tempo
sem ver os pais, familiares e amigos, junto com o sentimento de preocupação
constante que a pandemia trouxe”, comenta Felipe.
Quais riscos a pessoa que sofre de
carência afetiva está sujeita?
Uma das principais consequências para
carência afetiva é estar exposto (a) emocionalmente e vulnerável a indivíduos
que podem fazer mal. A pesquisa conduzida pela Fepo alerta para este cenário,
com 52,9% dos entrevistados afirmando que já foram vítimas ou sofreram
tentativas de golpes nos últimos anos, e o fato de não estarem com a sua saúde
mental saudável foi determinante para isso ocorrer.
“A carência afetiva faz com que pessoas
aceitem situações que normalmente não aceitariam. É fundamental buscar um
psicólogo que vai ajudar a fortalecer a estrutura interna de modo que diminua
essa necessidade de dependência dos outros, e para que consiga entender quais
são as causas que geram esse tipo de comportamento. Hoje existem atendimentos
online, que facilitam a busca por ajuda”, concluí Laccelva.
Sobre a Fepo
Fundada em 2018 pelo psicólogo Felipe Laccelva, a Fepo é uma startup digital especializada em atendimentos psicológicos, com terapias a partir de R$38,00 e mais de 60 profissionais disponíveis. Desde o início da pandemia, já realizou mais de 27 mil sessões, resultando em um crescimento de 1870%. Para mais informações acesse https://www.fepo.com.br/
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