Você sabia que as vacinas possuem diferentes tecnologias? Descubra quais são as distinções e a importância de se vacinar contra o coronavírus
Salvando vidas e diminuindo o número de casos
graves, atualmente, a vacinação é a forma mais segura e eficaz de se proteger
contra a COVID-19
Pesquisadores
da Universidade Cruzeiro do Sul organizaram a “Cartilha sobre COVID-19: Um
contra todos, todos contra um – Vacinas”, apontando a eficácia e origem dos
imunizantes existentes
São Paulo, 07 de fevereiro de 2022 – Desde o século XIII, quando foi criada a
primeira vacina para conter a varíola, os imunizantes e a ciência vêm sendo os
principais métodos para erradicar e proteger a população de contágios e mortes
por doenças infecciosas. E com a COVID-19 não foi diferente; atualmente, há
cerca de oito vacinas disponíveis de tecnologias diferentes ao redor do mundo,
sendo elas as principais formas de combate e redução no número de mortes e
internações em todo o mundo.
Pensando nisso, os pesquisadores do
Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde da Universidade
Cruzeiro do Sul, em colaboração com outras Universidades do Brasil e do
exterior, coordenados pela Profa. Dra. Tania C. Pithon-Curi, desenvolveram a “Cartilha sobre COVID-19: Um contra
todos, todos contra um – Vacinas”, explicando a diferença entre os
tipos de vacinas e a eficácia comprovada de cada uma delas.
O estudo ressalta que, para a produção
de imunizantes, existem tecnologias distintas, promovendo novas descobertas e
estratégias ao combate de microrganismos patogênicos. Confira:
Tipos de
vacinas
Vacinas de 1ª. Geração: São vacinas clássicas que utilizam o
próprio vírus, porém inativado ou atenuado. Assim, o vírus não é capaz de gerar
doenças ou de se replicar, facilitando a resposta contra ele. A tecnologia do
vírus inativado (ou morto), por exemplo, é altamente estudada e usada há
décadas. Ao ser injetado na corrente sanguínea, o vírus inativo estimula o
sistema imune a produzir anticorpos (imunidade humoral) e novas células
(imunidade celular) contra o vírus. O corpo humano então fica preparado
(imunizado) e, caso entre em contato com o vírus ativo causador da doença,
consegue combatê-lo rapidamente. Essa é a tecnologia da vacina do Instituto
Butantan/Sinovac (Coronavac, Brasil/China), da Sinopharm (China) e da Bharat
Biotech (Covaxin, Índia).
Vacinas de 2ª. Geração: São vacinas produzidas através de
proteínas ou fragmentos proteicos que ficam ao redor do vírus. Essas proteínas
são reconhecidas pelo nosso sistema de defesa, estimulando-o a produzir
anticorpos. Essa é a tecnologia da vacina Novavax (EUA).
3° Geração: São vacinas genéticas, ou seja, são
produzidas utilizando o material genético do vírus (RNA mensageiro – RNAm - no
caso do coronavírus) ou vetores virais não replicantes, como detalhado abaixo.
Para as vacinas de 3ª. Geração que
utilizam mRNA, os cientistas desenvolvem uma sequência de mRNA sintético
baseado na proteína viral alvo. Esse mRNA viral “direciona” as células humanas
a produzir cópias dessa proteína, a qual passa a estimular a resposta imune
humoral (anticorpos) e celular (linfócitos T).
Este tipo de vacina, geralmente é
fabricado em menor tempo e normalmente possui maior agilidade, flexibilidade e
eficácia. Assim como para as demais vacinas, o corpo desenvolve a resposta
imunológica, representada pela produção de anticorpos (resposta humoral) e de
novas células de defesa (resposta celular), que permitem ao organismo a
capacidade de se defender quando entra em contato com o vírus causador da
doença. Essa tecnologia é usada na vacina da Pfizer/BioNtech (EUA/Alemanha) e da
Moderna (EUA).
Para as vacinas de 3ª. Geração baseados
em vetores virais não replicantes, são utilizados vírus modificados e
enfraquecidos, sem capacidade de proliferação, mas que são capazes de estimular
o sistema imunológico a produzir anticorpos, assim como produzir novas células
de defesa. Esses vetores são incapazes de causar doenças, mas carregam as
informações genéticas que resultam na produção de anticorpos necessários para o
combate do vírus-alvo, como o SARS-CoV-2, o vírus causador da COVID-19. A
vacina da Oxford/AstraZeneca (Reino Unido), por exemplo, utiliza o adenovírus
ChAd0x1, que é o vírus enfraquecido, conhecido por causar gripe em chimpanzés.
O adenovírus carrega o material genético responsável pela produção da proteína
S (Spike), a qual
participa do processo de entrada do vírus da COVID-19 nas células humanas. As
vacinas da Janssen (EUA) e do Instituto Gamaleya (Sputnik V, Rússia) são outros
exemplos que utilizam a tecnologia de vetores virais.
Por fim, a cartilha aponta também que a
segurança vacinal engloba desde a produção até a administração correta da
vacina, bem como relata a eficácia e a efetividade das vacinas. “Os testes de
segurança iniciam com simulações em computadores e são monitorados em todas as
etapas seguintes; mesmo após o licenciamento, as autoridades continuam
monitorando todas as etapas seguintes”.
Confira
a Cartilha na íntegra: link
###
Sobre a Universidade Cruzeiro do Sul - Há quase 50 anos atuando no ensino superior, a Universidade Cruzeiro do Sul possui alunos distribuídos em cursos de Graduação, Pós-graduação lato e stricto sensu, a distância e presencial, nos campi Anália Franco, Liberdade, São Miguel, Paulista, Santo Amaro, Guarulhos e Villa Lobos. É reconhecida por sua forte atuação na área social e pelo destaque em vários indicadores oficiais nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Pertence ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados, Universidade Cruzeiro do Sul e Universidade Cidade de São Paulo – Unicid (São Paulo/SP), Universidade de Franca - Unifran (Franca/SP), Centro Universitário do Distrito Federal - UDF (Brasília/DF, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - Ceunsp (Itu e Salto/SP), Faculdade São Sebastião – FASS (São Sebastião/SP), Centro Universitário Módulo (Caraguatatuba/SP), Centro Universitário Cesuca (Cachoeirinha/RS), Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG (Bento Gonçalves e Caxias do Sul/RS), Centro Universitário de João Pessoa – Unipê (João Pessoa/PB), Centro Universitário Braz Cubas (Mogi das Cruzes/SP) e Universidade Positivo (Curitiba e Londrina /PR), além de colégios de educação básica e ensino técnico. Visite: www.cruzeirodosul.edu.br
Nenhum comentário