Como fica a transformação digital no pós-pandemia?
Por Rogério Camargo, CEO da
Alarmtek
Quantas pessoas passaram a realizar
compras online durante a pandemia? Quantas condomínios investiram em portarias
remotas? E quantas recepções passaram a atender às pessoas através de totens de
autoatendimento com leitura facial integrada? O fato é que a pandemia
surpreendeu a todos e, para se adaptar às restrições necessárias, a sociedade
se apoiou na tecnologia enquanto esperava a imunização. A vacina chegou, mas
este legado tecnológico continua e, ao que tudo indica, se tornará o ponto de
partida para uma sociedade conectada.
Há tempos entramos na era digital, mas é
inegável que a realidade do isolamento nos obrigou a abrir espaço para conexões
digitais no trabalho, na escola, nos bancos, no mercado corporativo. Estas
soluções não são invenções recentes, mas frutos do ecossistema de inovação que
possibilitou uma telecomunicação cada vez mais veloz, resoluções de câmeras
cada vez mais potentes e analíticos de vídeo que ajudaram a reconhecer pessoas
mesmo com as máscaras.
Agora, quase que simultâneo à vacinação,
o leilão do 5G abriu um novo capítulo na história das empresas de tecnologia
brasileiras. Além das novas soluções que dobram a esquina, a 5ª geração da
internet tornará as soluções que formam este legado construído nos últimos dois
anos ainda mais abrangentes e importantes para a operação logística, de
segurança, atendimento de residências, condomínios e empresas, seja em áreas
urbanas ou no campo.
Além das altas velocidades, a queda na
taxa de latência que o 5G oferece, possibilitará a exploração total da
capacidade de sistemas e operações que exigem respostas de comando em tempo
real, por exemplo. O uso da inteligência artificial também será privilegiado e
deve facilitar a integração de aplicações em locais remotos, onde antes o custo
de infraestrutura necessário para a operação inviabilizava quaisquer projetos.
Aliado a isso, espera-se que haja
mudanças significativas no cenário do e-commerce e no comércio presencial, com
a popularização de equipamentos de autoatendimento, assim como cada vez mais
redes focadas em autosserviço, estabelecimentos em que a presença física de
funcionários trabalhando em tempo integral se torna desnecessária. Nesse
sentido, o emprego de softwares de monitoramento será preponderante para
viabilizar este tipo de comércio.
Outra grande mudança será a utilização de controles de acesso com reconhecimento facial ou reconhecimento de íris, trazendo à tona o uso em série das soluções touchless que foram amplamente abordadas durante a pandemia, uma vez que as superfícies de contato se tornaram ameaças à saúde. Agora, esta tendência ganha força não mais pelo medo do contágio, mas pelas camadas adicionais de segurança que oferecem. Assim, caminhamos em direção às cidades inteligentes e integradas.
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