Como a integração entre o gerenciamento do Ciclo de Vida do Software (SLM) e a Modernização de Aplicações garantem uma gestão mais efetiva ao negócio?
Atualmente, é perceptível a aceleração dos
investimentos na área de tecnologia dentro das empresas, a fim de suportar a
operação e o crescimento dos negócios de maneira sustentável. Nos últimos anos,
as organizações passaram a investir em diversos tipos de ferramentas e
serviços, ampliando a competitividade no mercado e o nível de exigência para
aqueles que desejam estar em conformidade com os padrões mais atuais de
serviços digitais. No entanto, existem dois pontos essenciais para efetivar
qualquer jornada de evolução digital. Trata-se da Modernização de Aplicações (App
Modernization) e o gerenciamento do Ciclo de Vida do Software (SLM).
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de
Software (ABES) revelou que a indústria de tecnologia no
Brasil cresceu 22,9% em 2021, com um investimento em torno de R$ 200,3 bilhões.
Além disso, de acordo com uma recente pesquisa divulgada pela consultoria Deloitte, com a participação
de 500 empresas cujas receitas equivalem a 35% do PIB brasileiro, a
infraestrutura tecnológica e a modernização ou aquisição de novos aplicativos,
sistemas e ferramentas de gestão estão entre os principais investimentos
tecnológicos das empresas em 2022, sendo mencionados por 96% dos entrevistados.
Para todas as empresas que decidem investir
fortemente em suas áreas de TI, existem alguns entraves que precisam ser
resolvidos. O principal deles está relacionado ao alto custo dos projetos de
serviços tecnológicos. É preciso realizar uma atualização de softwares legados,
além de investir em novos recursos e tecnologias disruptivas para otimizar os
processos da organização e oferecer maior celeridade para a produtividade de
seus colaboradores.
Como o SLM e o App Modernization podem
oferecer uma gestão mais efetiva ao negócio?
Ao realizar uma gestão mais efetiva dos
softwares, as empresas podem economizar anualmente até 30% de seus
investimentos, segundo o Gartner. O gerenciamento do ciclo de vida do software (SLM) atua desde o inventário, até as etapas de licenciamento. Com a
realização de um mapeamento de todos os licenciamentos da empresa e suas
implicações, como multas rescisórias, falta ou excesso de licenças por exemplo,
é possível oferecer um diagnóstico preciso para prosseguir com a melhor opção
de projeto de melhoria do que pode ser utilizado.
Desta forma, com o processo estruturado, a
área de TI é capaz de gerenciar, qualificar e garantir os melhores
investimentos em tecnologia. Assim, além de estar em conformidade com o
fabricante, é possível maximizar a redução de custos e otimizar os
investimentos. Ou seja, as empresas deixam de investir e comprar licenças
desnecessárias, optando por fabricantes ou novas tecnologias que sejam mais
modernas e eficientes, deixando o processo menos oneroso e focando em outras
áreas estratégicas da empresa.
Ainda durante o processo de assessment,
outros pontos críticos são avaliados, tais como o melhor caminho para
economizar capital, como estar em compliance com os fabricantes e
licenciamentos, a maneira ideal para quitar algum débito técnico, e a
necessidade de modernizar ou trocar alguma aplicação. Nesse contexto, o App Modernization entra em prática quando a empresa já possui uma tecnologia específica e
que naquele momento não valeria a pena comprar uma nova.
Para modernizar as aplicações, sempre são avaliados dois critérios: o valor de negócio e a qualidade
técnica. Portanto, uma aplicação com condição técnica e baixo valor de negócio,
por exemplo, exige um esforço maior para modernizar e um investimento que
provavelmente será perdido rapidamente. Neste caso, as melhores opções são
descontinuar a aplicação, aposentá-la e substituí-la, não apostando em sua
atualização. Por outro lado, se a qualidade técnica de uma aplicação é alta,
mas o valor de negócio é baixo, a melhor opção é mantê-la desta maneira. Agora,
com um valor de negócio alto, mas uma qualidade técnica baixa, é altamente
indicado realizar a modernização da aplicação, bem como quando ambos os
critérios são altos, gerando assim uma otimização ao serviço.
A partir de todo esse mapeamento e
avaliação técnica, a empresa passa a ter um diagnóstico preciso do que deve ser
modernizado ou não, ou ainda, das aplicações que precisam ser substituídas. Em
conjunto com o assessment realizado pela área de SLM, é possível obter uma
visão ampla da situação tecnológica da companhia, bem como entender qual é o
melhor momento e quais as consequências para cada ação a ser tomada.
Benefícios da integração entre o SLM e a
Modernização de Aplicações
Ao iniciar um serviço de
diagnóstico, mesmo como forma de prevenção, a organização já consegue reduzir
alguns consumos, e após a aplicação dos projetos definidos, garante mais
agilidade, segurança, qualidade e flexibilidade aos seus processos. Além disso,
a realização dos processos de SLM e App Modernization em conjunto permite que a
empresa invista mais recursos tecnológicos de ponta, agregando novas funções
com facilidade, elevando a sua competitividade no mercado, uma vez que a
produtividade da empresa é altamente impactada.
A integração entre o gerenciamento do Ciclo
de Vida do Software (SLM) e a Modernização de Aplicações oferece às companhias
um panorama completo de seu estado atual e um cenário sobre seu estado desejado
para o futuro, assim como um plano mais assertivo para chegar a este resultado,
provendo novas tecnologias ou serviços modernizados que estejam aderentes às
necessidades de cada negócio. Por fim, a economia gerada na empresa pode
viabilizar a utilização de budget para outros setores, realocando capital para pontos
que sejam mais críticos para o negócio.
Cleyton Leal é Líder de Serviços de Aplicativos e Gabriela Camano é Diretora de Gerenciamento de Ciclo de Vida de Software, ambos da SoftwareONE, provedora global e líder em soluções de ponta-a-ponta para softwares e tecnologia de nuvem.
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