Descubra como diminuir as chances de desenvolver artrose
Mulheres sofrem mais com a doença e os
principais sintomas são sensação de rigidez ou dificuldade para movimentar a
região, dor e inchaço
São Paulo, março de 2022 – Com o passar dos anos e o avanço da
idade é muito comum que as pessoas comecem a sentir incômodos e até mesmo dores
para realizar movimentos rotineiros do dia a dia, seja para subir uma escada,
agachar para colocar o sapato ou esticar os braços para alcançar um armário
alto. Isso pode acontecer devido à osteoartrite ou artrose, como é popularmente
conhecida, uma das doenças que mais afeta a população idosa mundial. Segundo
dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) 9,6% dos homens e 18% das mulheres,
acima de 60 anos, sofrem com a doença atualmente.
De acordo com o Dr. Layron Alves,
ortopedista especialista em cirurgia do ombro e cotovelo e sócio da Clínica
LARC, o que acontece quando um paciente apresenta artrose é um desequilíbrio
nas células que formam a cartilagem da articulação, fazendo com que ela diminua
de tamanho e prejudique sua principal função: evitar o contato entre os ossos.
“São as articulações que fazem a ligação
entre os ossos permitindo que o corpo tenha movimento através da ação dos
músculos, quando essa articulação sofre com artrose acontece uma degeneração ou
frouxidão, o que gera uma inflamação local, limitando o movimento devido a dor
e ao inchaço”, explicou.
A artrose é uma doença degenerativa
crônica e sem cura, que apresenta sintomas como: dor na articulação doente
(seja do joelho, do ombro, da mão ou do quadril); inchaço e vermelhidão local;
sensação de rigidez ou dificuldade para movimentar a região. Nestes casos, é
imprescindível que a pessoa procure por um médico ortopedista que irá avaliar
por meio de um exame clínico as condições do paciente e, caso seja necessário,
solicitar uma radiografia ou ressonância magnética para confirmar o diagnóstico.
O tratamento principal da doença é
realizado por meio de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos que
controlam os processos inflamatórios e aliviam a dor. Além dos exercícios
físicos e das sessões de fisioterapia que melhoram muito a qualidade de vida e
a amplitude de movimento.
“Eu sempre recomendo aos pacientes com
artrose que mantenham uma rotina diária de exercícios, planejados especialmente
para eles pelo profissional de fisioterapia. Assim, é possível fortalecer a
região e manter a movimentação da articulação ativa. Nestes casos, a prioridade
é impedir que a doença avance e seja necessária uma intervenção cirúrgica”,
esclareceu Dr. Layron Alves.
Mesmo sem causa definida, o que se sabe
até agora é que alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença.
Pessoas que precisam sobrecarregar, tanto em questão de peso como de repetição,
algumas articulações durante seu trabalho diário estão mais propensas a ter
artrose na velhice. Trabalhadores como pintores, cabeleireiros, atletas e empregados
domésticos, por exemplo.
“A dica para essas pessoas é sempre
reservar tempo para cuidar do corpo fazendo atividades físicas que irão
fortalecer a região, evitar carregar peso em excesso, manter uma postura
correta durante o trabalho e evitar movimentos repetitivos. Além, de ficar
atento a qualquer sinal de alerta do corpo, como inchaço, formigamento e
rigidez local”, contou.
Apesar de ser uma doença que afeta
normalmente os idosos, existe uma relação direta entre a artrose e a obesidade.
Em alguns casos, o excesso de peso pode gerar uma sobrecarga sobre a
articulação, causando um processo inflamatório e um desgaste antecipado da
cartilagem devido à má postura somada à obesidade. Inflamação que pode ser
controlada com ajuda do médico ortopedista e acompanhamento de um
nutricionista.
Sobre o especialista: Dr. Layron Alves é ortopedista e especialista em cirurgia do ombro e cotovelo, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC). O especialista é preceptor efetivo da residência médica do Hospital Ipiranga SP e membro do grupo de cirurgia do ombro e cotovelo da Faculdade de Medicina do ABC.
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