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Economia colaborativa tem se apresentado como uma alternativa para muitos profissionais e empreendedores. Entenda:


A economia colaborativa, em síntese, consiste num conceito econômico onde empresas promovem o acesso a bens e serviços de forma compartilhada. Essa modalidade de arranjo corporativo garante que recursos naturais não se esgotem e que os custos sejam reduzidos, já que são ‘diluídos’ entre todos que utilizam a mesma estrutura, seja ela física ou digital.

Essa é uma maneira extremamente eficiente de conceder acesso e poder de consumo, de forma escalável e com projeção muito mais abrangente.

Vale considerar que os benefícios não se limitam apenas para as empresas, refletindo no preço final do consumidor. Tal reflexo auxilia, inclusive, empreendedores de pequeno e médio porte a ganhar mais competitividade no mercado, baixando o preço sem reduzir a qualidade. Conhecido internacionalmente como ‘sharing economy’, corresponde a uma economia de até 25% em relação ao gasto do consumidor. Isso significa, na prática, que ele gastaria um quarto a mais se comprasse por meios tradicionais. Por essas e outras razões, a economia colaborativa é a combinação perfeita entre aquele que precisa faturar com sustentabilidade, com aquele que quer comprar com economia.

Para que seja possível entender melhor como isso funciona, basta observar o funcionamento de um coworking, por exemplo. Uma empresa concede espaços de trabalho com toda a infraestrutura em troca de uma mensalidade. Mensalidade esta que seria muito mais alta se considerar os custos de um escritório: aluguel, condomínio, mobília completa, luz, água, internet, telefone, IPTU, manutenções e reformas e por aí vai. Os coworkings cobram valores muito menores e cuidam de todos esses detalhes. Ganha a empresa (pelo volume das mensalidades) e ganha o consumidor, que não precisa se preocupar com esses custos fixos e variáveis.

O fato é que cada vez mais empresas estão aderindo a esta modalidade de economia, ofertando seus espaços físicos, seja por meio de assinaturas ou usos pontuais, para reduzir os seus custos e possibilitando, por consequência, economia para outros usuários que necessitam daquele espaço que a empresa possui e, por vezes, não é sempre utilizado.

Além dos espaços de coworking tradicionais, é possível observar coworkings específicos como os de médicos, por exemplo. Além deles e dos demais profissionais da saúde, estúdios fotográficos também estão aderindo bastante à economia colaborativa. Construir e manter um estúdio fotográfico pode ser muito oneroso e, e considerar que nem todos os dias há clientes do próprio estúdio para sessões e fotos e vídeos, há períodos em que o espaço físico, equipamentos e toda a estrutura, ficam sem uso apenas gerando custos.

Ao aderir à economia colaborativa, o estúdio abre suas portas a profissionais independentes e freelancers, que muitas vezes não possuem condições de ter aquela estrutura (ou não acham interessante despender tantos recursos em um lugar só) e optam por pagar por sua utilização conforme sua necessidade. Dessa forma, há uma relação de mútuos ganhos: o proprietário do estúdio tem uma nova fonte de receitas para auxiliá-lo na partilha dos custos e o fotógrafo pode se concentrar naquilo que faz de melhor sem precisar gerenciar um espaço físico.

Para Késia Padilha, fundadora do Soror Colab Studio, que tem por finalidade o fornecimento de estrutura fotográfica a quem interessar, essa modalidade é benéfica de ponta-a-ponta, todos os envolvidos se beneficiam.

“O Soror tem sua própria carteira de clientes, porém temos consciência de que não utilizamos toda a capacidade de trabalho que o estúdio permite. Dessa forma, desde que desenhamos o nosso plano de negócios, a locação para outros profissionais sempre esteve entre as nossas atividades. Sabemos que construir e equipar um estúdio fotográfico não é barato, além do que a gestão de um estúdio demanda muito tempo, energia e recursos, o que não é o forte dos criativos. Alugando o nosso espaço, o fotógrafo reduz os próprios custos e foca naquilo que faz de melhor, podendo oferecer um serviço mais barato e de maior qualidade aos seus clientes.”, explica Késia.

A busca por parcerias deve ser uma preocupação constante das empresas que adotam a economia colaborativa como lema. A globalização inspira modelos de negócios muito mais dispersos que os convencionais, portanto, cada vez mais um negócio acontece por meio da ligação de duas ou mais partes envolvidas. Além disso, a experiência do cliente, de forma geral, também deve ser levada em consideração, já que, sem ele, profissionais não precisarão da estrutura e não contarão com as facilidades deste negócio. É preciso ser uma via de mão dupla (ou mesmo um ciclo que se retroalimenta).

“Além da estrutura física, nós oferecemos também a oportunidade de os fotógrafos que alugam o nosso espaço ofertarem aos seus clientes experiências multissensoriais em períodos temáticos. Como o forte do nosso mercado de clientes de fotografia está em empresas, empreendedoras individuais e demais profissionais, criamos experiências em que os clientes não apenas são fotografados, mas experimentam produtos e serviços de outros profissionais. Na Páscoa, por exemplo, várias empreendedoras de doces e chocolates vão ceder os seus produtos para que os clientes possam experimentar durante o ensaio. Assim, conseguimos fotos excelentes de pessoas consumindo ovos de Páscoa e afins para que nossas clientes possam divulgar. Essas pessoas têm uma experiência fotográfica diferente do padrão e os fotógrafos têm a oportunidade de oferecer um trabalho inesquecível a um baixo custo.”, finaliza Késia Padilha, fundadora do Soror Colab Studio.

Assim, observamos, nesse caso dos estúdios fotográficos, que a depender do modelo de economia colaborativa a que o profissional ou a empresa aderir, a economia vai muito além de recursos físicos ou financeiros, é possível inclusive, economizar tempo e energia, além de favorecer a ampliação do networking. Ou seja, a economia colaborativa parece favorecer as parcerias nos mais diversos níveis trazendo benefícios a todos os envolvidos.

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