Entenda sobre os desastres naturais que marcaram o início de 2022
Eventos catastróficos em Capitólio e Petrópolis
levantam a questão de quem tem a responsabilidade
Professor Emerson Prochnow - Bacharel em Química
Divulgação
Dois desastres naturais
marcaram o início de 2022. Em janeiro, houve o desabamento de rochas em
Capitólio (MG). O deslizamento ocorreu devido a uma tromba d’água atingir a
rocha que já estava em situação de risco. Quatro embarcações de passeio
turístico no Lago de Furna foram atingidas, resultando em 10 mortes e 32
feridos.
Já em fevereiro, as
fortes chuvas em Petrópolis (RJ) causaram 775 pontos de deslizamentos de terra
em toda a cidade. Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de
Desastres Naturais (Cemaden), a tempestade foi a maior da história de
Petrópolis. Em seis horas choveu o equivalente a 260 mm de água, ultrapassando
a estimativa para o mês inteiro, que era de 232 mm. A tragédia totalizou 231
mortos.
Esses acontecimentos
destacam a força da natureza e levantam o questionamento do que fazer para
evitar desastres como esses, como comenta o professor M.Sc. Emerson Alberto
Prochnow, da Unyleya.
“Há muita discussão
acerca da previsibilidade do acidente em Capitólio e sobre as
responsabilidades. De fato, como este tipo de ambiente é sabidamente suscetível
a estes eventos, absolutamente naturais, é imprescindível que haja o
monitoramento constante de zonas de risco, inclusive com o fechamento temporário
dessas áreas e o manejo das encostas. Porém, estas atividades representam um
custo elevado e devem ser conduzidas por equipes especializadas, geralmente sob
orientação de geólogos”, aponta.
Em relação ao caso de
Petrópolis, Prochnow explica que as chuvas intensas nas encostas de regiões
montanhosas geram mais instabilidade, já que o solo fica encharcado e acaba se
tornando mais fluido. As ações de prevenção a este tipo de ocorrência devem
contemplar o monitoramento permanente das zonas de risco, associadas ao manejo
destas encostas e o acompanhamento constante das condições climáticas que
possam desencadeá-las.
“Geralmente essas
atribuições são responsabilidade dos órgãos de Defesa Civil dos municípios. É
claro que o controle da ocupação urbana destas áreas de risco deveria ser
realizado e desencorajado, mas sabemos que isto é virtualmente impossível de
ser executado”, completa Emerson.
Desastres como esses se
tornaram frequentes no Brasil (e em muitos outros países), evidenciando a falta
de investimentos significativos em políticas de prevenção. Segundo um
levantamento da Associação Contas Abertas, nos últimos 11 anos a verba
destinada para prevenção de desastres naturais vem caindo gradativamente. Em
2013, o ano com maior valor aplicado neste período, teve investimentos de quase
R$ 3,5 bilhões. Já 2021 fechou no menor patamar, com R$ 1,1 bilhão apenas. E a
projeção para 2022 é de R$ 1,2 bilhão.
“Uma avaliação
criteriosa destes locais, executada por profissionais capacitados, pode
identificar previamente os riscos, propor ações de controle e manejo que possam
evitar os acidentes. Estas atividades exigirão a presença e inspeção periódica
realizada por geólogos, geógrafos ou outros profissionais capacitados a
identificar tais riscos”, analisa o professor.
Resgate Especializado
Catástrofes como as que
ocorreram em Capitólio e em Petrópolis exigem equipes preparadas, de forma
diferenciada daquelas que executam o atendimento pré-hospitalar convencional.
Além do atendimento aos ferimentos traumáticos, escoriações, cortes, fraturas,
sangramentos e outros, há toda a dificuldade de acesso e transporte das
vítimas.
Esses desafios exigem
conhecimentos de técnicas verticais (escalada e rapel), operações aquáticas
(mergulho), aéreas (resgate aeromédico), capacidade de orientação em ambientes
naturais, operações de busca com cães, equipamentos de escavação, a habilidade
e conhecimento para ofertar suporte à vítima por períodos prolongados em campo,
quando a remoção da vítima se alongar.
“É desejável que o
profissional disponha de conhecimentos sobre a gestão de equipes e logística de
recursos e remoção de vítimas, a fim de otimizar os esforços nestes eventos.
Por fim, algum nível de preparo físico irá auxiliar estes profissionais a
suportarem os rigores ambientais típicos destas ocorrências. O curso de especialização em Resgate e
Salvamento Pré-Hospitalar em Áreas Remotas, de Difícil Acesso e Ambientes
Naturais Inóspitos busca ofertar os conhecimentos necessários
para que os egressos possam operar nestes tipos de ambientes em situações
emergenciais. Tais conhecimentos, aliados a uma rotina de treinamento para
desenvolvimento de habilidades, certamente contribuirão em muito para que,
quando forem exigidos, obtenham maiores chances de êxito nos resgates. Desta
forma, muitas vidas de vítimas poderão ser preservadas além, é claro, as dos
próprios resgatistas”, finaliza Prochnow.
Professor Emerson
Prochnow
Bacharel em Química.
Especialização em Urgência e Emergência Pré-Hospitalar. Mestrado em Geociências
– Geoquímica. Doutorando em Geociências. Operador de Medicina Tática – OMT.
Instrutor ASHI (Level 7 #2515877). Instrutor MedicFirstAid (Level 3 # 2515886).
Instrutor Stop The Bleed (#37579).
Com 20 anos de docência
no ensino superior, é professor do curso de Resgate e Salvamento Pré-Hospitalar
em Áreas Remotas, de Difícil Acesso e Ambientes Naturais Inóspitos da Unyleya.
Sobre a Unyleya
Fundada em 2006, a Unyleya é uma das
primeiras Instituições de Ensino 100% EAD no Brasil. Com mais de 15 anos de uma
história pautada por inovação em tecnologia educacional, a instituição conta
atualmente com mais de 300 mil estudantes – o que a torna a maior do país em
número de alunos, 26 cursos de Graduação e mais de 1.800 de Pós-Graduação em 50
diferentes áreas do conhecimento.
A Unyleya tem mais de
três mil colaboradores e unidades físicas em todo o país, com destaque para a
sede acadêmica no Rio de Janeiro e a administrativa em Brasília. Mesmo com as
unidades físicas, a Instituição de Ensino consolida seu modelo na Educação 100%
Digital. Com metodologia de ensino focada nas necessidades de aprendizagem do
aluno e nas principais tendências do mercado de trabalho, a Unyleya quer
revolucionar a Educação a Distância no Brasil.
Para mais informações, acesse https://unyleya.edu.br/
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