Índice de Confiança Robert Half retoma movimento de alta
Na primeira edição de 2022, o sentimento de
confiança em relação à situação atual melhorou para todas as categorias e se
aproxima da linha do otimismo
São Paulo, 18 de março
de 2022 – A 19ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), estudo
trimestral da consultoria que monitora o sentimento dos profissionais
qualificados com relação ao mercado de trabalho e à economia, aponta aumento na
confiança dos colaboradores após registro de queda no último trimestre. Ao
avaliar o momento presente, dos 100 pontos possíveis, o índice alcançou 35,5,
um avanço de 1,4 ponto na comparação com os 34,1 registrados em dezembro. É
válido destacar que, mesmo abaixo do patamar otimista (acima dos 50 pontos), a
edição apresenta o melhor índice para a situação atual desde o início da
pandemia, em março de 2020. Na mesma tendência, a expectativa para a situação
futura apresentou ligeiro crescimento, de 48,6 para 48,8.
O ICRH abrange três categorias:
profissionais empregados, profissionais desempregados e recrutadores. Em
relação ao momento presente, os indicadores subiram em todas elas, o que
representa um mercado mais confiante com o avanço da vacinação e o relaxamento
das restrições sanitárias. De forma semelhante, o índice para o futuro
acompanhou o fluxo de redução do pessimismo entre empregados e recrutadores.
Apenas os profissionais desempregados apresentaram piora na expectativa para os
próximos seis meses. O destaque, no entanto, ficou com o grupo dos
recrutadores, que já estava no patamar otimista (51,5) e, ainda assim, elevou
sua confiança para 52,0, um excelente sinal para o mercado de trabalho, pois
indica a abertura de vagas, com novos projetos saindo da gaveta.
“Na edição anterior do estudo,
finalizamos 2021 com incertezas e a confiança em relação ao que estava por vir,
em queda. Atualmente, o cenário se apresenta mais positivo, tanto para o
presente quanto para o futuro, mas não podemos negar que há muitos desafios a
serem superados”, analisa Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para
a América do Sul. “No Brasil, há um fator peculiar em 2022: este é um ano de
eleições, o que coloca muita gente em compasso de espera”, acrescenta
Mantovani.
Confiança dos profissionais no mercado
de trabalho – consolidado
(Fonte: 19ª edição do Índice de
Confiança Robert Half – ICRH)
Momento |
Março 2021 |
Junho 2021 |
Setembro 2021 |
Dezembro 2021 |
Março 2022 |
Situação atual |
33,3 |
30,7 |
34,3 |
34,1 |
35,5 |
Próximos seis meses |
51,4 |
49,7 |
50,9 |
48,6 |
48,8 |
Além do índice, a sondagem traz
informações sobre a característica, a opinião e o comportamento do mercado de
trabalho dos profissionais qualificados. Confira algumas das principais
tendências de recrutamento e seleção para 2022:
Busca de mão de obra qualificada segue
desafiando as empresas
De acordo com 74% dos recrutadores
entrevistados, encontrar profissionais com os requisitos técnicos e
comportamentais necessários para o preenchimento das vagas em aberto está
difícil ou muito difícil. Na percepção de 65% deles, o cenário não deve mudar
nos próximos seis meses, enquanto 25% acreditam que a busca ficará ainda mais
difícil.
O diretor-geral da Robert Half também
reforça a importância do planejamento para contratar ou reter profissionais. “A
taxa de desemprego entre profissionais qualificados chegou ao menor patamar
desde o início da nossa medição, em 2016. Não tenho dúvidas de que atrair e
reter os melhores profissionais estarão entre os maiores desafios da gestão
para este ano. Portanto, é preciso ser estratégico e planejar as ações”,
defende Mantovani. “Para valorizar os talentos de casa, é importante nutrir o
ambiente de trabalho, levar em consideração a capacidade de adaptação do
profissional com a cultura organizacional, ter um bom pacote de benefícios e
remuneração atrativa, além de um plano de desenvolvimento de carreira”,
completa.
A evolução dos modelos flexíveis
consolida a contratação de profissionais de outras localidades
Como já foi abordado em outros estudos
da consultoria, o modelo de trabalho híbrido se consolidou como uma das
principais tendências do mercado de trabalho, nos segmentos e nas posições em
que ele é viável. O panorama das empresas brasileiras neste início de ano
demonstra que 50% das companhias estão atuando em modelo híbrido; 28% estão em
modelo 100% presencial; e apenas 8% seguem em home office integral. Nota-se que
13% das empresas entrevistadas ainda não contam com uma definição, pois optaram
por realizar ajustes conforme os rumos da pandemia.
Exigência de dias no escritório
(Fonte: 19ª edição do
Índice de Confiança Robert Half – ICRH)
4 dias na semana |
27% |
2 dias na semana |
16% |
3 dias na semana |
12% |
1 dia na semana |
6% |
Ao analisar o recorte das empresas que
aderiram ao modelo híbrido para 2022, é interessante ressaltar que 39% dos
recrutadores declaram dar liberdade para o colaborador escolher quantos dias
prefere trabalhar no escritório.
Uma das consequências mais diretas da
evolução dos modelos flexíveis foi a possibilidade de contratar profissionais
de outras localidades, como expressam 73% dos recrutadores, que afirmam
considerar candidatos de outras cidades ou países para o preenchimento de
vagas. Entre eles, 29% disseram avaliar candidatos de fora, mas sem oferta de
apoio para mudança de cidade. Ainda entre essa parcela dos recrutadores, 22%
consideram esses profissionais apenas para o trabalho remoto, e somente 21%
oferecem assistência para a mudança.
Investir em um segundo idioma torna o
currículo mais competitivo
Por mais batido que o assunto possa
parecer, a falta de fluência em um segundo idioma ainda é barreira de
contratação de ótimos profissionais com excelentes perfis e habilidades
técnicas. A pesquisa demonstra que 42% das empresas exigem dos profissionais
fluência ou nível avançado em outra língua. Em resposta, do lado dos
profissionais empregados, 63% afirmam possuir domínio em um segundo idioma.
Entre os desempregados, o índice de fluência alcança 52%. O ICRH aponta que os
três idiomas mais falados são: inglês, espanhol e francês.
Profissionais contratados para projetos
estão com expectativas positivas
Os profissionais que trabalham por
períodos determinados acompanharam os recrutadores na perspectiva otimista em
relação ao futuro e alcançaram 55,2 pontos nesta edição do índice. Mesmo abaixo
dos 50 pontos ao avaliar os dias atuais, 52% dos entrevistados indicaram que a
oferta de empregos por projetos temporários aumentou ao longo dos últimos seis
meses, e 89% consideram que a experiência de trabalhar como temporário gera
impactos positivos na carreira. Na visão deles, as quatro principais vantagens
são: adquirir experiência (56%), networking (52%), contato com ferramentas
novas (37%) e oportunidade de efetivação (37%).
Metodologia do ICRH – Lançado em agosto de 2017, o Índice de
Confiança Robert Half (ICRH) é um indicador de difusão que varia de 0 a 100. Os
indicadores de difusão são de base móvel (50 pontos), construídos de forma que
os valores acima de 50 pontos indicam agentes do mercado de trabalho de
profissionais qualificados confiantes.
A 19ª
edição do ICRH é resultado de uma sondagem conduzida pela
Robert Half entre 1º e 25
de fevereiro de 2022, com base na percepção de 1.161
profissionais, igualmente divididos em três categorias: recrutadores
(profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas, ou que têm
participação no preenchimento das vagas); profissionais qualificados
empregados; e profissionais qualificados desempregados (com 25 anos ou mais e
formação superior).
Sobre a Robert Half
É a primeira e maior empresa de recrutamento especializado no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania, a Robert Half aparece em listas das empresas mais admiradas do mundo. A Robert Half é reconhecida, também, por seu compromisso de promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoia a diversidade.
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