Manifesto repudia texto atual da PEC 110
Após a
divulgação do último texto da PEC 110 pelo Senador Roberto Rocha, entidades que
apoiam o Simplifica Já, entre elas a Associação Brasileira das Secretarias de
Finanças das Capitais (Abrasf) e a FNP - Frente Nacional de Prefeitos, lançam
Manifesto contrário ao texto atual da proposta, pelos impactos negativos que
ela poderá trazer à economia, aos empregos e às finanças dos entes federados,
particularmente aos Municípios onde vive a maioria da população brasileira.
O
Manifesto, lançado hoje, terça-feira 15.03, alerta sobre o que chama de efeitos
colaterais perversos da PEC 110, como prejuízo ao crescimento do PIB, explosão
de preços e desempregos e aumento da complexidade tributária, incentivando mais
fraude e sonegação (veja o MANIFESTO na íntegra AQUI).
Fazem
parte do lançamento do Manifesto a Associação Brasileira das Secretarias de
Finanças das Capitais (Abrasf) e a FNP – Frente Nacional de Prefeitos, esta
última suprapartidária e que reúne as 412 cidades com mais de 80 mil
habitantes, abarcando todas as capitais, 61% da população brasileira e mais de
70% do PIB nacional.
Não
defendem uma reforma tributária que aumenta a carga tributária e unifica de
tributos estaduais e municipais, ferindo a autonomia dos governos locais, ao
extinguir justamente a principal fonte de arrecadação própria desses
municípios, o ISS.
Segundo Alberto Macedo, Doutor em Direito Econômico, Financeiro e Tributário pela USP, Professor de pós-graduação no Insper e Coordenador do SIMPLIFICA JÁ, uma proposta dessa envergadura precisa de estudos de impactos macroeconômicos, orçamentários, jurídico-constitucionais e sociais aprofundados, como, por exemplo, ocorre no modelo “Marmotte”, um instrumento abrangente de simulação de reforma tributária, com aproximadamente 50 (cinquenta) equações a serem aplicadas a um país; ou no “Libro Blanco sobre la reforma tributaria”, na Espanha, elaborado a partir de um comitê de especialistas. Não foram apresentados esses estudos na PEC 110.
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