Mês da mulher: pesquisadoras estabelecem redes de apoio e inspiração nas universidades
Trabalhos desenvolvidos por mulheres são
destaque em instituições de ensino
Alexandra Senegaglia
Gian Galani
Mulheres inspiram mulheres. A máxima é
um bom ponto de partida para explicar a relação entre Larissa Maiara Maleski,
recém-formada em Biotecnologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná
(PUCPR), e a bióloga Alexandra Senegaglia, professora da instituição.
Inspirada pela trajetória da docente,
Larissa realizou pesquisa que foi premiada na última edição do Seminário de
Iniciação Científica (SEMIC), evento voltado à apresentação dos resultados dos
projetos desenvolvidos na vigência 2020-2021 dos programas de iniciação
científica – PIBIC, PIBITI, PIBIC Jr, PIBITI Jr e PIBIC Master – da
Universidade. O trabalho “Padronização da técnica de cultivo 3D de células
estromais mesenquimais para produção de esferoides multicelulares” foi o grande
vencedor da categoria Ciências da Saúde do prêmio Pesquisa FTD/CHAMEX do SEMIC.
“Quando eu comecei minha carreira, na
década de 1990, o número de professores homens na área de Ciências era muito
maior do que o de mulheres. Hoje, dentro dos programas de bolsa para iniciação
científica, 59% das vagas são ocupadas por mulheres”, celebra a professora da
PUCPR Alexandra Senegaglia, inspiração de Larissa.
A professora acrescenta, contudo, que
ainda há obstáculos a serem superados, em especial neste momento histórico
conturbado no qual a ciência é colocada em xeque.
“Na área em que atuo, não vejo, hoje, um
preconceito grande no sentido de homens não considerarem a visão das mulheres.
Mas quando olhamos para a população em geral e para as redes sociais, por mais
difícil que seja acreditar, há muitas falas de ódio e desprezo à ciência como
um todo e especialmente às opiniões emitidas por mulheres”, pontua.
Além de Larissa, outras duas estudantes
foram destaque na premiação da PUCPR. A roraimense Sabrina Santana Jacome, do
curso de Medicina Veterinária, foi uma delas. Sabrina cursa a Universidade com
bolsa de estudos de 100% do Programa Universidade para Todos (Prouni) e foi
premiada com o projeto “Áreas de risco para infecção com o Sporothrix spp em
Curitiba-PR: um estudo epidemiológico retrospectivo”, na categoria voltada aos
trabalhos de Ciências Agrárias.
Já a acadêmica do curso de Direito Maria Letícia da Rosa Cornassini foi destaque com a pesquisa “Análise do cumprimento da decisão ‘Ximenes Lopes vs. Brasil’ da Corte Interamericana de Direitos Humanos pela Administração Pública brasileira”, tendo sido premiada na categoria de Ciências Sociais Aplicadas.
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