Privatizações da Eletrobras e dos Correios devem ocorrer ainda em 2022
Diogo Mac Cord, secretário Especial de
Desestatização, Desinvestimento e Mercados no Ministério da Economia, abordou
na TC Rádio como anda o calendário de desestatizações para este ano
Em entrevista à
TC Rádio – web rádio criada pela plataforma para investidores
TC –, o secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados
no Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, falou sobre a agenda de
privatizações do Governo Federal.
No bate-papo, o secretário expôs sobre a
privatização da Eletrobras e garantiu que será possível cumprir o processo de
desestatização da empresa até o mês de maio com plena segurança, como previsto.
Segundo Mac Cord, as críticas sobre o erro de modelagem do projeto realizadas pelo
ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, se referem mais
às discordâncias do modelo regulatório do setor elétrico do que a aplicação do
modelo atual.
Outro tema levantado foi sobre a
desestatização da Petrobras, que ainda não recebeu o mandato de privatização.
De acordo com o secretário, só é possível pensar na venda de controle de uma
empresa que esteja incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND), o que
não ocorre com a Petrobras. “Se existe a possibilidade de discussão sobre isso
futuramente? Sempre tem! Mas, antes de falarmos sobre a privatização da
Petrobras, precisamos falar da modernização do setor”, declarou.
Quanto à privatização dos Correios, Mac
Cord afirmou que tudo corre para acontecer ainda em 2022, e que é preciso uma
lei para a modernização do serviço postal que garanta o monopólio da empresa.
“O marco postal foi aprovado pela Câmara com ampla maioria em 2021, e agora
está aguardando a manifestação da Comissão de Assuntos Econômicos para que a
proposta seja levada ao Plenário. O avanço viabiliza a privatização dos
Correios, que deve ocorrer ainda neste ano”, reforçou o secretário.
Ao ser questionado sobre as eleições
presidenciais de 2022 e a respeito de como o tema das privatizações será
abordado, Mac Cord ressaltou que a desestatização é a única saída para a
geração de empregos e para o avanço da infraestrutura no Brasil. “Mesmo que o
governo tenha dinheiro, acaba investindo em projetos errados, como o Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC) que, hoje, contabiliza um abandono de obras
na ordem de R$100 bilhões”, comentou. Como exemplo, o secretário citou a
privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro
(Cedae), que contribuiu com a geração imediata de 40 mil empregos, e que, com o
último leilão ocorrido no final de 2021, pode chegar a 50 mil posições. “Qual
outra ação poderia gerar tantos empregos para o estado do Rio de Janeiro?
Privatizações e concessões são motores para qualquer economia”, finalizou.
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