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Qual a diferença entre boreout e burnout, as duas síndromes mais comentadas do mundo corporativo?

Mesmo diferentes, têm em comum os impactos que causam na saúde mental dos profissionais

Um dos problemas mais comuns no ambiente corporativo é causado pela sobrecarga de trabalho e é conhecido pelo nome de “síndrome de burnout”. O termo começou a ser usado nos anos 70 e hoje o esgotamento profissional é reconhecido como doença pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

Mas a situação inversa também pode afetar a saúde mental. Em 2007, dois suíços, o filósofo Peter R. Werder e o consultor de negócios Philippe Rothlin, passaram a utilizar o termo, “síndrome de boreout” para defini-la. A expressão vem do inglês bored, cuja tradução é entediado, e apesar de não ser considerada uma doença, define uma condição que também é bem comum nas empresas e que pode levar a transtornos como a depressão e a ansiedade.

A expressão passou a ser mais conhecida durante a pandemia, quando a prática do home office se tornou mais comum e, por consequência, o convívio entre funcionários e gestores passou a ser menor. Para muitas pessoas, não ter uma rotina bem definida e alguém acompanhando de perto e nem avaliando o trabalho, foi desmotivador.

“O melhor remédio para ambas as síndromes, com certeza, é a boa gestão. É importante saber identificar com antecedência quando um de seus funcionários está sobrecarregado ou desmotivado. É preciso investir em transparência, diálogo e valorização do profissional, que precisa compreender sua importância na empresa”, avalia Gabriela Mative, diretora de RH da Luandre.

Diferenças e Semelhanças

Diferença: enquanto a síndrome de burnout é causada pela sobrecarga de trabalho, a de boreout é motivada quando há menos tarefas e desafios do que a pessoa sabe que é capaz de entregar.

Semelhança: tanto o excesso de trabalho quanto a falta dele podem acarretar sintomas físicos, como dor de cabeça, ou mentais, como dificuldade em se concentrar, stress, entre outros. As duas síndromes podem, inclusive, acabar levando a doenças mais sérias, como ansiedade e depressão.

Diferença: a percepção de uma pessoa acometida pelo burnout é de um ambiente de trabalho hostil e estressante, além da sensação de incapacidade, de que nunca vai dar conta de tudo. No caso do boreout, a pessoa sente tédio e apatia pelas suas atividades, não se sente estimulada por seu trabalho e muitas vezes se vê sem ter o que fazer.

Semelhança: as duas síndromes podem ser reflexo de uma má gestão e é necessário que líderes estejam atentos a seus funcionários, pois tanto o excesso quanto a falta de trabalho significam que as atividades podem não estar sendo bem distribuídas.

Para evitar que o burnout e o boreout aconteçam, ações podem ser tomadas pelos gestores. Gabriela Mative, diretora de RH da Luandre, uma das maiores consultorias de RH do país, dá as dicas:

Defina as atividades e estabeleça metas

Ter bem definidas quais as atividades o colaborador deve executar, além de informar qual é o prazo para que esse trabalho seja entregue pode ser um bom começo. “Isso evita que o profissional se sinta perdido e sem saber por onde começar e fique ocioso por um longo período. Também funciona para evitar o burnout, uma vez que a definição evita a sobrecarga”, diz Gabriela.

Tenha um plano de carreira

Sentir-se desafiado e ter a ambição de atingir outros degraus dentro da empresa onde trabalha pode ser um bom combustível. Por isso, quando existe um plano de carreira e sabe-se que é possível crescer profissionalmente, a tendência é que a dedicação e o ânimo sejam ainda maiores. Mais uma vez, a definição desse plano estimula os que acreditam que tem mais para entregar para a empresa ao passo que também auxilia os que já têm uma rotina bastante agitada a entenderem se o volume de tarefas que executam no dia a dia está sendo percebida pelo empregador, a fim de que exista o equilíbrio profissional além do reconhecimento.  .

Mantenha uma boa comunicação e dê feedbacks

A comunicação é sem dúvida um dos pontos mais importantes de uma boa gestão. Saber se expressar bem, ser acessível e dar abertura para que seu funcionário se sinta confortável para expor suas ideias e comunicá-lo sobre possíveis problemas que possam aparecer no meio do caminho é sempre o melhor. “O feedback funciona de ambos os lados, é importante que o gestor dê abertura à equipe para que se expresse sobre um possível excesso de atividades ou sobre uma desmotivação pela subutilização”, conclui Gabriela.

Sobre a Luandre

A Luandre Soluções em Recursos Humanos tem mais de 50 anos de atuação e oferece soluções técnicas e inovadoras na área de RH. Em 2021, a empresa chegou à marca de 4 mil clientes atendidos, 60 mil profissionais administrados ao longo do ano e banco com mais de 3,5 milhões de currículos cadastrados. Há 20 anos consecutivos, concorre ao prêmio Top Of Mind RH, o qual já venceu em nove edições, na categoria "Temporários e Efetivos". Em 2021, a Luandre foi eleita pelo 4º ano consecutivo Melhor Fornecedor para RH na categoria trabalho efetivo e temporário do Prêmio Melhores Fornecedores RH - Gestão RH.

Além disso, em 2020, foi reconhecida como um dos “Lugares Incríveis para se trabalhar”, certificação concedida pela Fundação Instituto de Administração (FIA) e UOL. A Luandre atende 200 das 500 melhores empresas do Brasil com todo seu know-how em Recrutamento e Seleção, Administração de Pessoal (Temporários e CLT), Avaliação Profissional, Outsourcing e Programas Especiais (Saúde, Varejo e Logística).

Atualmente, possui 14 unidades: São Paulo (Centro, Sul, Alphaville, ABC, Guarulhos, Campinas e Jundiaí), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Paraná (Curitiba), Pernambuco (Recife), Minas Gerais (Belo Horizonte) e Rio Grande do Sul (Porto Alegre), Bahia (Salvador) e Ceará (Fortaleza). Realiza também atendimento à distância em todo o país.

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