Em tempos de incertezas, só diversificar os investimentos é pouco
*Por Luiz Macedo, fundador e CEO da Allê Invest
Vivemos um momento extremamente volátil
economicamente, gerado em grande parte pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. A
previsão é de alta da inflação e baixo crescimento econômico no mundo
todo. Para o Brasil, entretanto, deverá haver um aumento do fluxo de
investimento estrangeiro, haja vista que os investidores que buscam posição em
países emergentes verão o país como um cenário mais vantajoso. Outro ponto é
que o aumento das commodities mundo afora favorece as principais empresas da
Bolsa brasileira, que é fortemente alocada em exportação deste tipo de
mercadoria. Em contrapartida, a pressão inflacionária aumentando e o PIB com
tendência de estabilização poderá trazer um cenário ruim de estagflação, ou
seja alta de preços e baixa produção.
O que então o investidor deve fazer
neste cenário? É imprescindível neste momento saber onde alocar recursos, de
maneira diversificada, e monitorá-los constantemente para um efetivo controle
de risco. Minha recomendação é buscar ativos de maior liquidez, pós fixados de
preferência, para maior proteção do capital no curto prazo, e formar caixa para
aproveitar alguma oportunidade que apareça mais para a frente. Ademais, sendo
possível, diversificar em ativos descorrelacionados e em diversos mercados,
especialmente ativos atrelados ao dólar, que é uma moeda que se valoriza na
crise. Diversificação extrema é importante na parcela que não é destinada a
reserva de emergência e caixa, ou seja, para a parte do seu capital destinada
ao longo prazo.
Outro ponto importante é monitorar esse
portfólio, em especial para consultores e gerentes, que verão aumentar a
demanda por consultas visto o medo que momentos como este geram nos
investidores. Buscar um investimento por vez de cada cliente levará a uma
checagem mais lenta destas carteiras e a perda de timing para possíveis
correções na trajetória.
Como solucionar esse problema? Com
tecnologia. O que seria impossível de ser feito com a agilidade necessária por
uma pessoa sem as ferramentas adequadas, é simples com um consolidador de investimentos
tecnológico. Com ele é possível entender onde deve haver uma atenção maior,
além de dar ao investidor a segurança de que há alguém pensando em seus
investimentos no meio dessa volatilidade toda (mesmo que esse alguém seja um
robô em certos momentos). Por sua vez, o gerente ou consultor, consegue de
forma eficiente atender a 100% dos seus clientes e demonstrar que tem o
controle e a sabedoria necessária para navegar em mares tão revoltos. Aliando
conhecimento técnico à tecnologia será possível para os investidores vencerem
este momento difícil.
Luiz Macedo é fundador e CEO da wealhtech Allê
Invest. Assessor de investimentos com anos de experiência no mercado, é
graduado em direito, com pós-graduação em economia e direito
corporativo pelo IBMEC e mestrado em direito pelo Insper. O executivo também
atuou como vice-presidente e conselheiro na Associação Brasileira de
Inteligência Artificial (ABRIA). LinkedIn.
Sobre a Allê Invest
Allê Invest é uma plataforma digital que
utiliza inteligência artificial, por meio de um robô advisor, para auxiliar e
otimizar a gestão de carteiras de investimentos. Atua com serviços como Gerador
de Carteiras Recomendadas Personalizadas e direcionadas a objetivos de forma
online e dinâmica, realizando o acompanhamento e realocação de Carteiras de
Investimento, bem como Simulador de Carteiras Recomendadas, Comparador e
Simulador de Fundos, Simulador de Reserva de Emergência. Conta também com
suporte de especialistas sobre o mercado financeiro, investimentos e
previdência.
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