Imigração Legal ainda é o melhor caminho
Recente deportação de uma legião de brasileiros
dos EUA demonstre que o caminho "mais fácil" pode, na verdade,
ser uma armadilha.
A política de
deportação dos EUA começou a ser intensificada em 2019 pelo então presidente
Donald Trump, que endureceu a legislação contra imigrantes ilegais. No ano
passado, primeiro ano de mandato do democrata Joe Biden na presidência do país,
também foram registrados voos com deportados que chegaram ao Brasil.
Os motivos para a
deportação são os mais variados e demonstram que o caminho “mais fácil” pode,
na verdade, se tornar uma verdadeira armadilha e imigrar pelos meios legais
ainda é a melhor alternativa, segundo a advogada Kris Lee, sócia da LeeToledo PLLC, escritório de advocacia
internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos.
Kris relata alguns
casos recentes envolvendo brasileiros que podem levar à deportação dos Estados
Unidos, como o da brasileira Jessiane Gonçalves, de 24 anos, que várias vezes
tentou atravessar a fronteira do México com a ajuda de coiotes, mas que foi
deportada em todas as tentativas. Em dezembro de 2021, a imigrante foi
sequestrada, amordaçada, amarrada e posteriormente violentada pelos próprios
coiotes. Ela foi encontrada por um fazendeiro da região, que a levou para um
hospital em Ciudad Juarez.
Outra situação que pode
levar à deportação é a fraude nupcial. Kris afirma que pessoas confundem
bastante o fato de se casar com um cidadão americano e ter um benefício
imigratório. “São duas coisas totalmente distintas. Embora um casal possa se
unir legalmente nos Estados Unidos, não quer dizer que o estrangeiro vai ter um
processo imigratório válido”, adverte.
A advogada ressalta que
casamento civil é um ato que é igual na maioria dos países ocidentais. “Ninguém
conhece uma pessoa pelo Facebook e se apaixona por ela sem vê-la pessoalmente,
com todo respeito e algumas pessoas que têm problemas afetivos. É preciso
observar que o pretendente está em outro continente, e que o agende consular ou
de imigração não vai tolerar um desejo de imigrar com base em sentimentos
subjetivos”, avisa.
Também pode resultar em
deportação, o cidadão estrangeiro que entra nos Estados Unidos com visto de
turista ou de estudante e ultrapassa o tempo limite desses vistos. Segundo Kris, a quantidade de brasileiros
que opta em permanecer nos EUA de maneira ilegal vem crescente
substancialmente. “Em 2019 mais de 2,3 milhões de brasileiros entraram nos
Estados Unidos usando um visto estudantil ou de turismo. Entre essas pessoas,
41 mil ultrapassaram o tempo permitido no país e se mantiveram lá de forma
ilegal. Em 2020 a pandemia fez com que o número de viajantes fosse menor, com
1,9 milhão de brasileiros entrando em território americano, mas a quantidade de
pessoa que ficaram no país de maneira ilegal foi ainda maior que no ano anterior,
ultrapassando 46 mil imigrantes ilegais” revela.
Caminho ilegal pode
sair até mais caro
Kris lee informa que,
na maioria das vezes em que brasileiros recorrem a serviços ilegais que levam
aos coiotes que fazem a travessia da fronteira do México com os Estados Unidos,
o valor cobrado pelas quadrilhas é muito superior ao de recorrer a um advogado
especializado em imigração. No caso da brasileira jessiane, além de todas as
despesas para a viagem ao México, os criminosos ainda pediram mais dinheiro à
família para liberar a jovem.
Para evitar dores de
cabeça, a advogada recomenda a leitura minuciosa da seção 212 da INA (Lei de
imigração e Nacionalidade dos Estados Unidos), pois ela falta claramente sobre
as pessoas que são inadmissíveis dentro dos Estados Unidos.
Ela também indica
preencher o formulário com todas as informações que o interessado julgue serem
importantes, inclusive aquelas que acredita não serem relevantes e não
terceirizar esse preenchimento, pois há questões que podem ter duplo sentido
com a intenção de forçar o proponente a responder algo diferente.
Finalmente, Kris
recomenda às pessoas fazerem esse processo por meio do consulado e com auxílio
de um advogado especialista, pois ele faz um checklist e se atenta a cada
detalhe, realizando um atendimento personalizado de acordo com cada cliente.
Sobre Kris Lee
Sócia-gerente e
advogada americana da LeeToledo PLLC licenciada nos Estados Unidos, no Distrito
de Columbia e no Estado de New York. Com mais de 30 anos de prática do direito,
Kris se especializou em aconselhar e representar peticionários perante o USCIS
e tratar de questões jurídicas de clientes perante outras agências
governamentais ou tribunais federais.
Sobre a Lee Toledo Law
A parceria entre o escritório Youjin Law Group e Toledo e Advogados Associados resultou agora na LeeToledo PLLC. Os principais diferenciais do novo escritório, que soma a experiência de 30 anos da Advogada Kris Lee e 18 anos do Advogado Daniel Toledo são a possibilidade de atender o cliente dentro do seu próprio território nacional, seja no Brasil, União Europeia, desde que haja acordo de reciprocidade entre a Ordem dos Advogados de Portugal e a associação de advogados do outro país europeu ou Estados Unidos. O atendimento pode ser realizado em português, inglês, espanhol e coreano. Acesse: https://leetoledolaw.com/.
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