Maratonas de inovação ajudam bancos a encontrar soluções tecnológicas para demandas jurídicas
Instituições financeiras lideraram reclamações
de consumidores no ano passado no Brasil; jurimetria auxilia no monitoramento e
análise de ações judiciais
Não é de hoje que as instituições
financeiras figuram no topo do ranking das empresas que mais geram reclamações
dos consumidores no Brasil. Segundo dados da Secretaria Nacional do Consumidor,
do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em 2021, das 3,3 milhões de
queixas registradas no país, 29% foram referentes a bancos, financeiras e
administradoras de cartões de crédito.
“Grande parte destas reclamações viram
processos judiciais e, com um volume expressivo de ações para gerenciar todos
os dias, essas instituições têm buscado cada vez mais as ferramentas
tecnológicas para organizar e otimizar as demandas do departamento jurídico”
destaca Vanessa Louzada, CEO da Deep Legal, lawtech especializada em
inteligência e gestão preditiva.
Neste contexto, a Deep Legal vem
ampliando o seu portfólio de clientes no setor financeiro, atendendo no último
ano a empresas como Banese, Banco Cetelem, Banco do Brasil e Banco Carrefour.
Nos dois últimos casos, a aplicação da tecnologia da lawtech veio após a
startup ser selecionada em maratonas de inovação.
“Os hackathons
e inovathons são
muito importantes para manter aquecido o ecossistema de inovação e isso vem
ocorrendo também no setor jurídico, que ainda é tido como conservador. Ficamos
muito felizes de termos sido escolhidos para aplicarmos nossa tecnologia nessas
instituições, nas quais obtivemos ótimos resultados”, destaca Vanessa
Louzada.
No caso do Banco do Brasil, por exemplo,
o uso de Legal Analytics na área cível reduziu em 72% o tempo de resolução dos
processos, desde a distribuição até o acordo com o cliente. Isso porque a
tecnologia da Deep Legal gerou eficiência e segurança ao aplicar modelo
preditivo na escolha dos melhores casos para acordo, levando em conta
adicionalmente, as regras do Banco.
Com isso, a taxa de assertividade nas
negociações subiu de 68% para 95% e o volume de acordos também cresceu
exponencialmente. “É importante lembrar que o consumidor está cada vez mais
exigente e ciente de seus direitos. Quando a empresa faz uma negociação
amigável, de forma célere, consegue manter um bom relacionamento com o cliente
e isso reflete diretamente na imagem institucional da empresa”, destaca Vanessa
Louzada.
A tecnologia desenvolvida pela Deep Legal ajuda a decodificar as informações nos bancos de dados do judiciário, por meio de ferramentas como Big Data, Machinhe Learning e Inteligência Artificial. Os resultados são apresentados em gráficos que indicam ao usuário quantas ações similares existem em curso e quais os resultados desses processos, para que possa definir melhor as suas estratégias, baseadas em dados. A ferramenta pode ser aplicada em primeira e segunda instâncias das áreas cível e trabalhista e é direcionada à gestão corporativa de empresas e escritórios jurídicos que possuem grande volume de processos.
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