Migração de data center: quais as lições aprendidas na pandemia
*Por Julio Prieto
O moving de ativos, como é mais
conhecida a migração de data center, não é somente uma mudança de endereço,
exige todo um planejamento com estratégias de segurança que garantem a
integridade dos equipamentos e das informações do data center. Quando uma
empresa, que sempre teve os seus ativos muito próximos, decide migrar para um
outro local, ela passa a confiar a sua infraestrutura a uma outra companhia,
todo esse processo exige um planejamento assertivo.
Apesar disso, manter uma infraestrutura
dentro da própria empresa de forma íntegra e redundante custa muito caro.
No fim, migrar faz todo o sentido, principalmente durante a pandemia, onde a
demanda por esse tipo de infraestrutura aumentou. A previsão é que essa procura
continue aumentando. Segundo a Frost
& Sullivan, espera-se que em 2022 a receita em data center cresça em
até 16%.
O processo de transferência de
equipamentos de TI – servidores, roteadores, switches, blades, storage – que já
estão em operação no site da empresa, para migrá-los para algum outro lugar já
demandava tempo, planejamento e uma execução calculada. Durante a pandemia de
Covid-19, quando houve uma redução de equipes e aumento nos protocolos e
restrições, o moving de data center se tornou um desafio ainda maior.
Mas, passado o período mais conturbado
da pandemia, qual lição podemos tirar para facilitar o processo de moving de
ativos? Foi uma fase difícil sim, mas também de muito aprendizado. Houve uma
adaptação intensa para os dois lados, pois tivemos que ilustrar por chamadas de
vídeo, por exemplo, o que antes era feito de forma presencial, ou seja, todo o
planejamento foi feito à distância.
Eu diria que o sucesso do moving é 90%
planejamento e 10% execução. Portanto, se você fizer um planejamento assertivo
e que cubra a maioria das variáveis, a chance de sucesso nos dias previstos
para a migração é muito grande. Do contrário, se o moving do data center for
feito às cegas, sem muito planejamento, a tendência é que se tenha gargalos no
processo. Portanto, toda essa conversa antes da migração é de extrema
importância. Aprendemos durante a pandemia que os processos bem definidos não necessitam da presença
física para que as demandas possam ocorrer de forma correta.
Esta foi uma das lições que ficou e que tornou o trabalho mais prático.
A adoção de vídeos ilustrativos e
intuitivos, novas ferramentas de acesso remoto, a necessidade de conhecer mais
a fundo a estrutura do cliente
sem estar presencialmente no local da migração fez com que as chamadas de vídeo
e quantidade de banda de Internet fosse intensificada, atividades que mesmo com
a volta de visitas ao data center continuam no dia a dia.
A entrada e saída de equipamentos de
forma online, o envio de carta de transporte ou nota fiscal pelo portal da
empresa, são ações simples, mas, que facilitaram a vida de quem está no dia a
dia do moving de ativos. Além disso, o tour virtual pelo data center, que de
forma rápida e prática define os locais por onde os clientes irão passar e
assim já terem uma visão do local antes da visita física foi uma ação que
continua até hoje. Porém, é importante frisar que o cliente é quem decide. A
opção de atendimento presencial dentro do data center deve continuar, mas,
quando não for possível por qualquer motivo é importante contar com a
tecnologia e com o atendimento à distância.
*Por Julio Prieto, Coordenador de Projetos
de Implantação da ODATA
Sobre a ODATA
A ODATA é uma provedora brasileira de
serviços de data center, dedicada a fornecer infraestruturas de TI escaláveis,
seguras e flexíveis na América Latina. Fundada em 2015, a empresa possui
atualmente seis data centers, sendo três no Brasil, um na Colômbia, um no Chile
e um no México. Especializada em Colocation, a ODATA atende à crescente demanda
por energia, espaço e confiabilidade de organizações de diversos setores,
interessadas em avançar em sua transformação digital.
É uma empresa do Patria Investimentos, uma das maiores gestoras de investimentos alternativos da América Latina, pioneira na indústria de Private Equity no Brasil. Um de seus acionistas é a CyrusOne, uma REIT americana de alto crescimento, focada na construção e operação de data centers de classe mundial neutros para operadoras. É um dos maiores players internacionais do setor. Para obter mais informações, visite http://odatacolocation.com.
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