Pesquisa aponta que 76,5% das empresas vão priorizar investimentos em educação corporativa
Segunda edição da pesquisa HR Innovation,
realizada pela HR Tech Ahgora, também mostra que houve evolução no uso de
indicadores para a tomada de decisões envolvendo os colaboradores
A segunda edição da pesquisa HR
Innovation, realizada pela catarinense Ahgora, mostra que o desenvolvimento dos
colaboradores por meio da educação corporativa é uma das principais tendências
de RH para este ano. O motivo é que, em um cenário de alta competitividade, as
empresas precisam de profissionais preparados para as diversas situações do
ambiente de trabalho.
Com base nesta necessidade, 17,7% dos
entrevistados responderam que a educação é a principal prioridade; 32,3%
disseram que o investimento nessa área faz sentido e é prioridade para este
ano; 26,5% revelaram que o tema está no planejamento para ser priorizado e
apenas 19,7% responderam que faz sentido, mas não é uma prioridade. Ou seja, 76,5% delas indicam que priorizam ou
pretendem priorizar investimentos na frente de educação.
Para Alexandre Francisco, Head de
Educação Corporativa do Ecossistema Ahgora, este é um resultado muito positivo,
considerando os benefícios do investimento para os colaboradores e para as
empresas. “O mercado tem priorizado o desenvolvimento de habilidades e
competências e ter a possibilidade de indicar trilhas de formação alinhadas às
necessidades de cada empresa alavanca a qualificação da equipe, traz resultados
positivos para o clima organizacional e coloca a figura do RH em mais destaque,
porque reflete a cultura ágil e de resultados. É um ganho financeiro também,
mas principalmente de valorização e confiança no time”, afirma.
Outros dados do Report
Na comparação com o levantamento
anterior, a pesquisa deste ano também mostra uma evolução por parte dos RHs no
uso de indicadores da área. Em 2022, 9,5% responderam que são totalmente
orientados por indicadores de RH. Na pesquisa anterior eram 8%. De forma geral,
36,7% fazem uso básico de indicadores e outros 19% utilizam uma quantidade
maior de dados para tomarem as decisões, total de 55,7% contra 42% da pesquisa
anterior. Número este que está abaixo do ideal mas, da mesma forma, mostra um
importante avanço.
Os principais indicadores que os RHs vêm
acompanhando são o turnover, em primeiro lugar, com 45,9% das respostas;
seguido pela avaliação de desempenho, com 42,9%; e do custo da folha de
pagamento, com 42,5%. “É muito importante ver que o RH e as empresas estão cada
vez mais despertando para a relevância de monitorar dados. Entendendo os custos
da folha de pagamento, por exemplo, o RH pode provisionar melhor as demandas da
área, além de controlar e evitar horas extras que oneram os custos finais”,
afirma Lázaro Malta, CEO do Ecossistema Ahgora.
O aumento do uso de indicadores para
tomada de decisões é um reflexo direto ddos investimentos em tecnologia. O uso
de dados para direcionar ações de gestão estratégica de pessoas, ou seja, o
People Analytics, é relevante e deve ser priorizado por 67,7% das empresas.
Para 12,9% das respondentes, esta já é a principal prioridade, o que coloca o
RH em um caminho promissor.
“O RH do futuro é aquele que olha para
as tecnologias e os dados para realizar análises e antecipar cenários. Esta é a
quarta tendência mais sinalizada pelos principais líderes de RH do mundo,
segundo relatório do Gartner, e também se mostra como um direcionamento
significativo entre os respondentes da HR Innovation”, comenta o CEO.
Outro dado relevante levantado pela
pesquisa é com relação à importância do desenvolvimento de lideranças dentro da
empresa. Para 83%dos RHs, olhar para o desenvolvimento de lideranças mais
empáticas e capazes de inspirar confiança nas suas equipes é uma prioridade. Já
22,4% das empresas respondentes posicionam este item como o seu primeiro da
lista.
Lázaro explica que a lógica desse
percentual está no fato de que o trabalho de cultura e clima organizacional
pouco surtem efeitos se não houver um bom programa de desenvolvimento de
lideranças dentro da empresa. “São os gestores os principais responsáveis por
representar e perpetuar esses valores para os seus liderados, além de serem
exemplos. É assim que a cultura é disseminada”, afirma.
Entre as empresas que participaram do
levantamento, 27,6% delas contaram com mais de 301 colaboradores, 32,7% entre
51 e 300 e 39,7% entre 1 a 50. Quanto aos profissionais responsáveis pelas
respostas, 46,3% atuam em Recursos Humanos (RH), 38,4% são coordenadores,
supervisores ou gerentes e 24,8% analistas ou assistentes. Foram ouvidas
companhias dos setores de Varejo (13,9%), Indústria (8,2%) e Serviços diversos
(7,5%).
Você pode consultar a pesquisa completa aqui
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