Cashier line: Como melhorar a jornada e a experiência do cliente dentro de sua loja ?
Por Ricardo Fiovaranti, CEO da FX Data Intelligence *
A transformação
digital alterou os hábitos de compra do consumidor, e consequentemente, exigiu
mudanças também no varejo físico. Conceitos como experiência do usuário,
jornada de compra e análise de dados estão saindo do ambiente on-line e ganhando cada vez mais espaço no off-line. É um movimento importante que traz reflexos em
campanhas de marketing, na capacitação da equipe de vendedores e até na
disposição de prateleiras e organização da vitrine. Entretanto, no afã de
atrair a atenção das pessoas, os gestores esquecem de um ponto fundamental que
pode converter (ou arruinar) toda essa
jornada de compra: a fila do caixa.
Sim, o caminho que a
pessoa faz para pagar e comprar os produtos da marca é um dos principais
indicadores para a experiência de compra dos consumidores. Se eles acharem que
estão esperando tempo demais para confirmarem a transação, simplesmente irão
abandonar os itens e sairão do estabelecimento. Todo o trabalho feito antes
para atrair as pessoas até a loja vai por água abaixo. A vitrine convidativa, as promoções, o treinamento
dos vendedores, o mapeamento das “zonas quentes” e a disposição
dos produtos não terão o resultado esperado por um único fator.
Isso ocorre porque
muitos varejistas não encaram a fila do caixa como uma fonte de leitura para
entender o seu consumidor. Eles partem da premissa antiquada de que se a pessoa
pegou os produtos e se deslocou até o caixa para pagar está disposta a fazer a
compra, independentemente do tamanho da fila ou das condições oferecidas. É um
erro pensar assim atualmente, ainda mais diante do avanço dos canais digitais.
Agora, mais do que nunca, a experiência precisa ser valorizada em todos os
momentos, principalmente no último ponto de contato com a marca, e não apenas
quando se entra no estabelecimento.
Até porque é a
experiência completa e não somente o preço ou outro chamariz que faz o
consumidor tomar a decisão de compra. Uma pesquisa realizada pela consultoria
PwC, ainda em 2018, já mostrava que
nove em cada dez brasileiros (89%) apontavam
a vivência que tinham com a marca como diferencial na hora de escolher onde
comprar – muito acima do índice
global de 73%. A aceleração digital nos últimos anos certamente
deve ter potencializado isso, uma vez que o levantamento da plataforma Tiendeo,
em 2021, mostra que 42% da população nacional
ainda prefere o sentimento de comprar na loja física do que no comércio
eletrônico.
Para garantir que a
fila no caixa atenda as expectativas das pessoas e impulsione a própria jornada
de compra é preciso contar com o apoio da tecnologia. Com as ferramentas certas
é possível “ler” o comportamento dos consumidores, e claro, identificar pontos
de melhoria nos processos da empresa. Dois pontos são essenciais nesse sentido:
o primeiro é saber justamente o tempo de espera que a pessoa leva até o
pagamento – e quantos desistiram nesse caminho. Além disso, é preciso identificar horários de pico em que essa
espera fica maior. Com esses insights em mãos, basta pôr a mão
na massa, isto é, definir ações para reduzir esse tempo e disponibilizar mais
caixas nos períodos mais importantes do dia.
Na era dos dados, cada
contato do consumidor com a marca traz importantes informações que devem ser
utilizadas pelas empresas. Isso vale tanto para o e-commerce quanto para o varejo
físico. O processo de check-out, que
nos estabelecimentos comerciais inclui a fila do caixa na hora de pagar as
compras, é uma das fontes mais importantes nesse processo. O
lojista que identificar o quanto antes o comportamento de seu público nessa situação
já dá um passo essencial para melhorar a conversão, e consequentemente, a
rentabilidade do negócio.
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Ricardo Fiovaranti é
CEO da FX Data Intelligence, empresa especialista em visão computacional
dirigida por IA, que fornece insights estratégicos para o varejo – e-mail: fx@nbpress.com
Sobre
a FX Data Intelligence
A FX Data
Intelligence é uma plataforma SaaS que fornece dados inteligentes para o
varejo por meio de visão computacional dirigida por inteligência artificial. A
empresa combina as informações coletadas na loja, como as características do
fluxo, jornada de compra, tempo de fila com outros dados, como vendas,
atratividade das vitrines, entre outros KPIs definidos pelos clientes. Dessa
forma, o varejista consegue identificar a eficiência da operação, melhorar o
investimento em marketing para aquisição de novos clientes e potencializar a
gestão do time de vendas, tudo isso com foco na melhoria da performance do
negócio. Criada em 2015, faz parte da HiPartners Capital & Work, grupo de
empresários e investidores que investe em soluções disruptivas para o
varejo.
Para saber mais, acesse: www.fxdata.com.br
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