Comitê para atuar na defesa e proteção dos animais é criado em Uberlândia
Comissão busca apoio do Poder Público e de entidades e da sociedade; CDL Uberlândia é uma das entidades que abraça a causa e se solidariza com propostas.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de
Uberlândia recebeu recentemente a visita dos membros do Comitê de Direitos dos
Animais (CDA), que buscam parcerias do poder público, entidades e
da sociedade para o desenvolvimento de ações concretas que possam contribuir
com o bem-estar dos mais de 30 mil animais que vivem em situação de rua.
O objetivo do Comitê vai além de
suscitar um debate construtivo em relação à situação. Visa a criar um Conselho
Municipal de Proteção Animal; mapear o trabalho de órgãos públicos em relação à
temática, levantar as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e protetoras
(es) de animais da cidade; realizar campanhas de arrecadação e adoção
responsável; contribuir com a elaboração de projetos de lei; entre outros.
Segundo Jane, uma das diretoras do
Comitê, o grande número de animais nas ruas é uma questão de saúde pública que
a cada dia cresce mais na cidade. “O problema se arrasta há anos.
Uberlândia é a segunda maior cidade de Minas Gerais. Ter 30 mil animais nas
ruas é inadmissível. Não existem políticas públicas eficientes que resolvam
questões básicas para minimizar a situação, como uma estrutura eficiente de
castração, distribuição de ração, vacinas e medicamentos, assistência aos
animais da zona rural e até internação de animais atropelados ou doentes.
Alfenas, por exemplo, possui o Hospital de Cães e Gatos, mantido pela
Prefeitura, e Niterói tem um Banco de Ração para protetores cadastrados. Alguns
municípios estão dando exemplo nesse sentido”, disse.
Ela salienta que há ainda outro impasse.
“As demais organizações e redes de protetores independentes carecem de amparo
econômico e algumas não possuem a documentação necessária para conseguir
doações junto às associações empresariais ou governamentais”, acrescenta.
O presidente da CDL Uberlândia, Cícero
Heraldo Novaes, recebeu as propostas e acredita que é uma responsabilidade
social defender o debate e se solidarizar com as ações apresentadas pelo
Comitê. “Somos favoráveis à proteção e defesa dos animais, desta forma apoiamos
o trabalho do CDA Uberlândia e vamos ajudar na divulgação, na intermediação
entre o Comitê e diversos parceiros para que possam apresentar suas propostas e
auxiliá-los no que precisarem”, pontuou o presidente.
Novaes reforça que direta ou indiretamente todas as entidades, o poder público e a sociedade são responsáveis pela situação de animais nas ruas. “Há cães nas portas dos comércios, supermercados, farmácias e outros estabelecimentos. Alguns empresários se solidarizariam e até cuidam dos animais, colocando água e até ração nas portas de suas lojas. Empreendimentos como shoppings também fazem feira de adoção para ajudar Ongs. Todas essas ações são muito válidas, mas é necessário um esforço ainda maior para minimizar essa vulnerabilidade”, conclui.
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