Como o mundo da tecnologia está reagindo à guerra na Ucrânia?
Em tempos de smartphones e um mundo conectado via
internet, batalhas também acontecem nos ambientes digitais
*Por Luiz
Guilherme Antunes
Desde
que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no dia 24 de
fevereiro deste ano, o que ele classificou como uma “operação militar
especial”, o mundo voltou os olhos para o conflito deflagrado em território ucraniano.
Em aproximadamente três semanas de guerra, diversas cidades da Ucrânia foram
destruídas e 636 civis foram mortos até 13 de março, incluindo 46 crianças, de
acordo com dados do Escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações
Unidas (ONU).
Diante
da agressão russa ao seu território, o presidente ucraniano, Volodymyr
Zelensky, apelou ao mundo por ajuda, em armamento e sanções duras contra a
Rússia. Governos da Europa e da América do Norte destinaram auxílios ao país, e
foram acompanhados por companhias gigantes da tecnologia, as chamadas big
techs.
Uma
das primeiras empresas a se posicionar a favor da Ucrânia foi a Apple, que
anunciou um boicote à Rússia no início deste mês e interrompeu negócios
realizados no país de Putin. Entre as iniciativas da gigante norte-americana,
destacam-se a proibição da venda de novos aparelhos na Rússia, como iPhone,
iPad, MacBook e outros produtos da empresa. Além disso, a Apple interrompeu as
vendas via App Store e teve o serviço de pagamento Apple Pay suspenso no país
com as sanções dos Estados e União Europeia contra os bancos russos. Em nota, a
empresa da maçã afirmou estar preocupada com os ucranianos após a invasão do
país vizinho: “Estamos apoiando os esforços humanitários, fornecendo ajuda para
a crise de refugiados e fazendo todo o possível para apoiar nossas equipes na
região”, garantiu a companhia.
Após
o início da guerra, a Meta (conglomerado dono do Facebook) também se
posicionou. A empresa de Mark Zuckerberg começou a derrubar perfis russos acusados
de propagar informações enganosas pró-Rússia. De acordo com a companhia,
a Meta tomou ciência de 40 contas, grupos e páginas disfarçadas de pessoas
reais que promoviam fraudes na plataforma. De acordo com Nathaniel Gleicher,
chefe de política de segurança da Meta, o conglomerado almeja “garantir que as
pessoas entendam e possam ver o que está acontecendo em todos os lados de
qualquer conflito”.
Outra big
tech que reagiu à guerra na Ucrânia foi a Microsoft. A empresa fundada
por Bill Gates baniu de suas plataformas os portais de notícias Russia Today e
Sputnik, ambas companhias estatais da Rússia. A decisão da empresa
norte-americana em não exibir mais os conteúdos dos veículos citados está em
conformidade com o pedido da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der
Leyen. A mandatária havia anunciado o banimento da “máquina de mídia do
Kremlin” do bloco econômico europeu, quando definiu o conteúdo das mídias
russas estatais como “desinformação tóxica e prejudicial”.
Além
das três gigantes da tecnologia citadas anteriormente, profissionais do Vale do
Silício também adotaram ações a favor da Ucrânia em meio a um conflito que
também ocorre no ambiente digital. Trabalhadores da região conhecida pela
proeminência de startups e gigantes de tecnologia agiram para
derrubar sites russos financiados pelo governo acusados de propagar
desinformação. Funcionários do Vale tentaram, inclusive, persuadir empresas nas
quais trabalham, como Amazon e Google, a agirem institucionalmente para ajudar
a Ucrânia por meios cibernéticos. Recentemente, a companhia Google proibiu a
mídia estatal russa de utilizar suas ferramentas de publicidade. De acordo com
Olexiy Oryeshko, engenheiro de software da empresa que tem origem ucraniana,
“as empresas devem isolar a Rússia na medida do possível, o mais rápido
possível”. E afirmou: “as sanções não são suficientes”.
*Luiz
Guilherme Antunes é Coordenador de Cursos na Faculdade FIPECAFI.
Sobre
a FACULDADE FIPECAFI
A
Faculdade FIPECAFI é uma instituição de ensino superior que reverte toda sua
experiência no mercado em ensino, sendo reconhecida pela qualidade na formação
de alunos nos níveis de graduação e pós-graduação, lato sensu e stricto sensu.
Atualmente está entre os 2,2% de instituições de ensino superior (IES) do Brasil que possuem nota máxima no Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)/Ministério da Educação (MEC), responsável por avaliar a qualidade das IES brasileiras.
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