Lifestyle Business: Tempo NÃO é Dinheiro!
Qual é o real papel que o tempo tem em nossa
vida?
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“Tempo é dinheiro” é mais uma expressão
daquelas que escutamos sem fazer uma reflexão e que, se pararmos para pensar,
explica muito sobre como estamos vivendo. O termo cunhado por Benjamin Franklin
no século 18 assume que para ganhar dinheiro, precisamos de tempo e por isso,
quando não estamos trabalhando, estamos deixando de ganhar. Sem dúvidas, o
raciocínio está correto. Agora te convido a refletir sobre uma outra ótica:
quando o trabalho por si só consome a maior parte do seu tempo.
É inegável que dinheiro é importante e
traz conforto para nossa vida, mas simplesmente não posso concordar que tempo é
dinheiro. É muito mais que isso. Recentemente tive uma mentoria com um
empresário que já foi um dos homens mais ricos do mundo e ouvi que um dos
arrependimentos da sua vida foi não estar perto do seu filho, vê-lo crescer.
Quase todos nós já ouvimos ou vivemos situações como essa, de perder um momento
ou data importante de alguém querido por estar ocupado trabalhando. No entanto,
ouvir de alguém que conquistou bilhões de dólares, certamente é um
alerta.
Conheço muitas pessoas que se orgulham
em dizer que são workaholics. Vivemos
uma onda muito forte na internet que vende o “sonho da liberdade financeira”.
Que você pode e deve ganhar muito dinheiro, trabalhar muito, ter muito foco e
resiliência e por aí vai. O que não se fala é que poucos vão realmente
conseguir atingir esse “sucesso”. E pouquíssimos vão conseguir fazer isso com
qualidade de vida. A grande maioria vai um dia tirar os olhos da tela e,
olhando no espelho, começar a enxergar rugas que não existiam e fios de cabelo
brancos que já estão grandes. Isso se tiver a sorte de não ter algum problema
de saúde físico ou mental mais grave.
Não estou de forma alguma menosprezando
a importância do trabalho. A reflexão que trago é sobre o papel dele na nossa
vida. Para mim, sucesso é a arte de equilibrar a balança de forma que a
satisfação de viver uma vida plena (física, mental e espiritual) se sobreponha
aos efeitos negativos dos meios utilizados para se conseguir isso. O trabalho
tem que servir a esse propósito, mas se os efeitos colaterais forem maiores que
os benefícios, é hora de repensar. Recentemente o Money Times noticiou
que nos Estados Unidos, está acontecendo “uma onda de demissões de
colaboradores qualificados, em busca de uma nova carreira, melhores condições
de trabalho e qualidade de vida. Traduzindo: uma espécie de fuga da já
conhecida, e agora listada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Síndrome de
Burnout.”
Acredito que para crescer e evoluir,
precisamos sair da zona de conforto. Nesse sentido, o desequilíbrio é
importante. Mas aqui entra o perigo do longo prazo. Não vejo problema nenhum em
se dedicar a um projeto profissional muitas horas por dia, passar um período de
maior intensidade. O problema é quando se torna constante. Vi um vídeo de um
professor de psicologia que pergunta para os alunos qual o peso de um copo de
água, e várias respostas são dadas. No final, ele diz que não importa qual o
peso do copo, e sim o tempo que você permanecerá segurando esse copo. Ele pode
ser leve, mas se você o segurar por muito tempo, certamente causará incômodo e
dor. E a mensagem é: coloque o seu copo na mesa com frequência, não fique
segurando por muito tempo. Excelente analogia para o trabalho.
- Lifestyle Business é sobre
aproveitar a jornada. É entender que o trabalho tem uma função específica
de trazer conforto para sua vida. O tempo é nosso bem mais precioso e não
podemos pensar nele apenas como dinheiro. Essa equação tem outras
variáveis fundamentais e certamente mais importantes. Cuidado com as
atividades profissionais que você odeia e é "obrigado" a fazer
constantemente. Cuidado com a carga excessiva de trabalho que tem
dedicado. Saiba que existem alternativas!
E como diz Nelson Freitas no seu texto
“Banco da Vida”:
“Por isso, não desperdice seu tempo. Ele é o seu bem mais precioso. E é ele que você
vai compartilhar com as pessoas que você ama: seus filhos, suas esposas, seus maridos, seus avós e a gente só se dá conta quando a gente perde... dizendo: "Ah! Mas eu tinha
tanto beijo pra dar. Eu tinha tanto abraço..."
A gente tem que viver o agora. Não adianta nós pensarmos que lá no futuro... (lá no
futuro? e se não tiver futuro?).
O ontem é história. O amanhã, um mistério. E o hoje é uma dádiva.
Por isso que se chama presente: PRESENTE DE DEUS”
Tempo é vida! Você tem usado bem o seu?
*Fábio Torquato é empreendedor nas áreas de eventos, viagens, consultorias e educação. Formado em Relações Internacionais e Economia, já fez mais de 60 viagens a 25 países nos 15 anos de experiência organizando e participando de Missões Empresariais Internacionais em 9 países. Empreende no sistema de franquias e construiu três empresas do zero.
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