O que você deve considerar ao criar um produto por assinatura
*Por Stephanie Peart
Estamos caminhando para um futuro
em que cada vez mais produtos poderão ser contratados por assinatura, ou, em startupês, as a
service. Uma forte evidência desse movimento é o rumor de que a Apple
está se planejando para oferecer iPhones e outros dispositivos por assinatura —
algo que já pode ser encontrado no Brasil.
De olho em vantagens como receita
recorrente, faturamento previsível, fidelização e ampliação das ofertas via upsell e cross-sell, muitas
empresas estão estudando adotar esse modelo de negócio. No entanto, se engana
quem pensa que para criar um produto de assinatura basta implementar uma
solução de cobrança recorrente.
Listamos abaixo três pontos
cruciais que devem ser considerados por empresas que
gostariam de embarcar na economia dos serviços digitais.
Não há espaço para burocracia
Em muitos casos, o modelo de
assinatura facilita a experimentação por oferecer valores mensais mais
acessíveis. No entanto, a ideia de assumir um compromisso de longo prazo pode
assustar potenciais usuários, gerando fricção na jornada de adesão e aumentando
o custo de aquisição do produto (CAC).
Para diminuir essa barreira,
ofereça um período de teste e deixe claro que é possível cancelar a qualquer
momento e sem dor de cabeça. A flexibilidade é uma das principais motivações
dos consumidores para contratar serviços por assinatura e esse modelo de negócio
simplesmente não combina com burocracias.
A cobrança ficará sob sua
responsabilidade
O usuário entra no site, insere
os dados do cartão e confirma a assinatura de um plano. Seria lindo se isso
significasse que você vai receber o pagamento em dia mensalmente, mas não é
assim que a recorrência acontece. Cartão sem limite, expirado ou bloqueado são
apenas algumas razões pelas quais muitas transações falham.
Caso queira evitar cancelamentos
involuntários, você precisará criar uma robusta estratégia de cobrança para
recuperar os clientes, complexidade que não é tão presente em modelos
tradicionais de venda, uma vez que o risco da cobrança costuma ficar com as
instituições financeiras.
As expectativas dos clientes
serão mais altas
Se você compra um produto e não
gosta, ou não utiliza tanto quanto imaginava, não há muito o que fazer. Se
assinar um produto e se arrepender, cancelar é mais fácil do que nunca. E os
usuários estão cada vez mais exigentes.
Ao realizar uma assinatura, você
deixa de comprar um produto e passa a contratar um prestador de serviço. A
expectativa é, no mínimo, que esse serviço seja atualizado com novidades
frequentes e tenha um time de atendimento amigável sempre à disposição.
Prepare-se para investir como nunca em inovação e CX para manter sua taxa de
cancelamento controlada.
Esses são apenas alguns dos
pontos que devem ser considerados por uma empresa que deseja trabalhar com
assinaturas. Uma nova economia está tomando forma e, com ela, as empresas
deverão repensar seus modelos de negócio de ponta a ponta. Como disse o
futurista americano Alvin Toffler, “os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não
conseguem ler e escrever, mas sim aqueles incapazes de aprender, desaprender e
reaprender”.
Reaprendamos juntos!
*Stephanie Peart é
empreendedora e head da Leapfone, startup do segmento de Phone as a Service, que permite que mais
brasileiros tenham acesso a smartphones poderosos por meio de assinaturas de
aparelhos novos e “como novos”.
Sobre a Leapfone
Criada em 2021, a startup Leapfone é pioneira no conceito de “Phone as a Service” e na oferta de smartphones “como novos” por assinatura. Por meio de um pagamento mensal recorrente, o usuário tem acesso a aparelhos poderosos com direito à troca anual, seguro e assistência técnica. Dessa forma, o objetivo da empresa é democratizar e facilitar o acesso dos brasileiros a smartphones de ponta, transformando a realidade do mercado de telefonia no país. Mais informações em: https://leapfone.com.br/
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