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O teatro de marionetes chega à Petrobras

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Mais uma vez fomos  surpreendidos, pela exoneração do presidente da Petrobras empossado há 4 semanas. Caio  Paes de Andrade, que não preenche os requisitos necessários para assumir o cargo, foi indicado para ser o quarto presidente da estatal nos últimos três anos. 

É óbvio que as mais diversas perguntas, nos mais diferentes meios, são feitas em relação a este fato, que tem um viés eminentemente político. Infelizmente o atual presidente da República, muito mais preocupado em manter sua cadeira no Palácio do Planalto, tem passado por cima daquilo que chamamos de Boas Práticas da Governança Corporativa, desrespeitando e ignorando as regras básicas que regem as instituições  como a Petrobras da qual o governo  é sócio majoritário. 

Precisaria ficar claro para nossos governantes que a empresa não é um joguete para o desvio de recursos para os mais diversos fins ou estar à disposição de manobras com finalidades genuinamente políticas que podem a médio prazo ser lesivas à própria empresa. Como empresa de economia mista, sendo uma sociedade anônima  , e conforme  as leis brasileiras, a Petrobras deve ser tratada como uma empresa privada. Afinal de contas são 750.000 acionistas que utilizam os balcões da Bolsa de Valores para negociar suas ações. Entra em jogo a questão da credibilidade. Que confiança os investidores nacionais e estrangeiros poderão ter numa empresa que se torna instrumento de interesses políticos de seu maior sócio? Fatos como esses abalam a imagem de nossas instituições econômicas frente aos mais diversos investidores colocando inclusive em risco o aporte de capital estrangeiro ao País. 

Há um processo em marcha  para que as mudanças que deverão ocorrer na Petrobras sejam feitas sob o crivo das regras e normas. Para atender à vontade do presidente e de seu grupo político, estas normas  terão que ser mudadas usando explicações, nem sempre tão convincentes,  para justificar a necessidade de uma dança de cadeiras tal qual o governo  deseja. Por exemplo, já está sendo dito que o Comitê de Elegibilidade da Petrobras é um órgão consultivo, não tendo portanto  poder de veto nas  questões referentes à nomeação de dirigentes da instituição. Cabe ao Conselho de Administração tomar essa decisão. E se a pessoa indicada para o posto não preencher todos os requisitos necessários para ocupar a presidencia, o que ele poderá fazer?.  Também se fala que os estatutos da Petrobras devem passar por uma revisão para que as mais diversas manobras, de nomeação ou destituição,  sobretudo em relação aos altos postos de comando possam ser executadas sem maiores obstáculos. 

A cena é de muita tristeza e decepção. Apesar de todo o passado, a Petrobras ainda é símbolo de orgulho para os brasileiros. Exemplo de empresa em que milhares de pessoas depositam sua confiança e nela investem. Seus últimos dirigentes buscaram reforçar a boa governança corporativa.  Agora, o que se vê é que o Conselho de Administração,  importante pilar de uma organização,  está sendo derrubado para se tornar um fantoche do teatro de marionetes manipulado pelos políticos de Brasília. 

Thomas Lanz é o CEO da Lanz Consultores e Associados.Presidiu a Carbex Indústrias Reunidas e a Giroflex SA. Teve importantes cargos de gestão na Mangels Industrial e Lafer Industria e Comercio.  É conselheiro de administração certificado pelo IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa),  participando de conselhos tanto de empresas nacionais como estrangeiras. Formado em economia pela PUC – São Paulo e mestre em administração de empresas pelo INSEAD – França. É certificado pelo FFI (Family Firm Institute) de Boston – EUA. Tem inúmeros artigos publicados e foi co - autor dos livros Aspectos Relevantes da Empresa Familiar  e Empresas Familiares – Uma Visão Interdisciplinar publicados pela Editora Saraiva e Editora Noeses respectivamente.

Thomas Lanz, presidiu a Carbex Indústrias Reunidas e a Giroflex SA. Teve importantes cargos de gestão na Mangels Industrial e Lafer Industria e Comercio.  É conselheiro de administração certificado pelo IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa),  participando de conselhos tanto de empresas nacionais como estrangeiras. Formado em economia pela PUC – São Paulo e mestre em administração de empresas pelo INSEAD – França. É certificado pelo FFI (Family Firm Institute) de Boston – EUA. Tem inúmeros artigos publicados e foi co - autor dos livros Aspectos Relevantes da Empresa Familiar  e Empresas Familiares – Uma Visão Interdisciplinar publicados pela Editora Saraiva e Editora Noeses respectivamente.

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