Quem sabe administrar, administra até a crise
Nos últimos anos, enfrentar seguidas crises em nosso país tem sido um desafio e tanto, não somente para as empresas do setor de eletricidade, mas para todas as outras, especialmente na área de serviços. Tal realidade nos faz compreender que a escapatória e o crescimento estão atrelados à administração consciente e concentração dos investimentos em empreendedores nacionais, com o objetivo de fortalecer ainda mais a economia local.
Em 2020, por exemplo, o
mundo parou suas produções com o início e avanço da pandemia do novo
coronavírus (Covid-19), concentrados em cuidar da saúde de seus cidadãos. Por
isso, ficou ainda mais caro e complicado importar matéria-prima e componentes
de outros países, principalmente da China, onde tudo iniciou.
Agora, o cenário de
elevação de custos em diversos setores se repete com a importação de produtos
vindos da Rússia e Ucrânia, países que iniciaram uma guerra há mais de um mês e
já vêm trazendo reflexos significativos.
Nesse sentido, nós, na
KRJ, sempre preferimos investir em fornecedores brasileiros e empresas sediadas
em território nacional, até mesmo por compreender a importância de investir no
país e fazer “girar a roda” desse investimento local que é tão importante, além
do mais, somos uma empresa totalmente nacional.
Nas diversas análises
realizadas para comparativos de preços de itens importados e nacionais, não
avaliamos somente o preço de aquisição de maneira isolada, mas os demais
componentes deste custo, como oscilação cambial, às dificuldades de transporte
e logística, os prazos de entrega totais, transporte e fabricação, o suporte
pós-vendas, as quantidades envolvidas versus o custo de desembolso. O
imediatismo neste caso é caro!
Uma boa administração
envolve inúmeras ações estrategicamente planejadas. O futuro e bem-estar da sua
empresa estão em risco, então é necessário cautela e organização. Dessa forma,
após extensos estudos, optamos pela concentração na negociação com fornecedores
nacionais, e aplicar nossas políticas locais, tentando economizar ao máximo,
mas com aquisição de matérias-primas de qualidade. Como já temos uma relação
bastante sólida com nossos parceiros, essa tratativa é facilitada, por isso a
importância em manter o relacionamento com quem fornece os materiais e criar o
hábito de tratá-los realmente como parceiros e conservar essa interação
comercial saudável.
Adiante, a ideia é
também reduzir ao máximo o desperdício na produção. Sempre questionamos como
podemos fazer melhor e com menor custo. O mercado não paga por nossa
ineficiência e todo custo é exaustivamente questionado. Com essa escolha,
podemos alocar recursos que não estavam sendo utilizados com inteligência,
melhorar a forma de fabricação e auxiliar nossos colaboradores no
aperfeiçoamento das técnicas, além de controlar a administração do caixa, já
que conseguimos reduzir custos, diminuir a rotatividade de compra e ampliar a
utilização dos materiais.
Então, com a política
de investimento local, não somos obrigados a precisar de outros países e nem
nos preocupar com reabastecimento de matéria-prima e ainda incentivamos as
outras empresas brasileiras a continuarem suas atividades. Tudo isso nos leva a
crescimentos acima dos projetados, mesmo vivenciando períodos desafiadores.
Nosso compromisso vai
muito além do comercial, pois somos responsáveis por inúmeras pessoas que
ajudam a economia brasileira girar e, dessa forma, fomos um agente importante,
pelo menos no âmbito paulistano, na geração de empregos, numa época em que o
habitual é a demissão. A mão de obra qualificada e segurança dos colaboradores
auxiliaram em nosso crescimento, assim sendo, o investimento continua e a
crença de que novos e melhores tempos virão.
*Marcelo Mendes é economista e gerente geral da KRJ, especializada em conexões elétricas. www.krj.com.br
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