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Startup brasileira prepara e direciona refugiados para atuar na área da tecnologia

Plataforma já formou 151 refugiados de 25 nacionalidades diferentes. Índice de empregabilidade dos formandos é de 74%.

A inserção no mercado de trabalho é uma forma humana de os refugiados reconstruírem suas vidas no país de acolhida. Fomentando a diversidade entre os profissionais no Brasil, a Toti Diversidade possibilita, gratuitamente, a educação e a inclusão de pessoas refugiadas na área de tecnologia e já contribuiu com a formação de 13 turmas, contabilizando 151 refugiados de 25 nacionalidades diferentes. Para 2022, a previsão é de que 230 refugiados estejam preparados para o mercado de programação. 

Além do investimento na educação, a Toti constrói pontes entre os formandos e as empresas contratantes, que prezam pela cultura de formação de profissionais e possuem um perfil mais inclusivo. Essas organizações são convidadas a participarem da trajetória do aluno por meio de workshops e de apresentações institucionais. Elas também recebem um convite para a cerimônia de encerramento de cada turma, ocasião na qual os formandos apresentam seus projetos finais dos cursos. Após a formação, a Toti disponibiliza um banco de talento para essas empresas, fornecendo profissionais qualificados e diversos.

“Uma vez a empresa estabelecendo essa conexão com a Toti, investindo na formação do estudante ou contratando-o, ela participa diretamente do nosso impacto como negócio social, como, por exemplo, influenciando no aumento de renda mensal dos “toters”, após a entrada no mercado de T.I. Essa taxa hoje é 201% de aumento, explica Caio Rodrigues, CEO da Toti.

Os estudantes demoram, em média, três meses para serem contratados e o índice de empregabilidade é de 74%. Giulia Torres, Diretora de Educação, também acrescenta que, durante o curso, orientadores pedagógicos da startup realizam o acompanhamento dos estudantes através de conversas mensais, semanais e diárias. “Esse acompanhamento é importante para que a Toti preste assistência e mantenha uma cultura de transparência e feedback sobre os desafios e o desempenho do estudante. Além disso, durante todas as aulas são mapeados indicadores de participação e desempenho e os estudantes participam de um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) ao longo do curso”, complementa.

Processo de seleção, como participar?

A Toti já atuou em 19 estados diferentes no Brasil, sendo que cerca de 40% dos estudantes estão localizados no estado de São Paulo e 26% no Rio de Janeiro. Dados fornecidos pela plataforma revelam que 52,6% dos alunos formados se declaram pretos. 

O programa tem duração de três a cinco meses, a depender do conteúdo e da complexidade do programa escolhido. Os interessados em participar do processo de seleção devem ficar atentos, pois a divulgação de novas vagas é realizada por meio dos e-mails cadastrados no site, através das redes sociais e com parceiros da Toti que atuam com a causa dos refugiados. Além da inscrição, o processo conta com outras etapas obrigatórias: etapa de programação, entrevista e seleção final.

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