Zumbido no ouvido: entenda a relação entre o sintoma e as doenças cardiovasculares
Cirurgião cardiovascular explica quando o
zumbido pode ser mais do que apenas um incômodo
São Paulo, maio de 2022- Os dados da Organização Mundial da
Saúde revelam que cerca de 20% da população mundial sofre com algum tipo de
deficiência auditiva ou zumbido no ouvido. Normalmente, tratado apenas como um
incômodo causado por excesso de cera ou por mudança na pressão atmosférica, o
zumbido no ouvido persistente pode estar associado a doenças secundárias, como:
labirintite, otite, perda de audição, diabetes, alteração da tireoide ou até
problemas cardiovasculares.
Segundo o Dr. Elcio Pires Junior,
cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Cardiovascular, o fluxo de sangue na região abaixo da orelha fica bloqueado ou
prejudicado quando o paciente tem alguma doença cardíaca ou vascular. É quando
os zumbidos aparecem e começam a incomodar, pois o sangue fica mais viscoso e
com maior dificuldade de passagem.
“Essa condição, geralmente, está
presente em pessoas mais idosas e que sofrem com hipertensão, mas isso não
impede que pacientes mais novos tenham os mesmos problemas de saúde. Por isso,
quando a pessoa percebe que os zumbidos estão mais frequentes e que demoram a
passar, deve procurar por ajuda médica e investigar a causa do sintoma,
independente do histórico médico e da idade”, esclareceu.
O zumbido ou tinnitus, como também é
conhecido, pode vir acompanhado de outros sintomas, como dor e mal-estar.
Nesses casos é importante buscar atendimento médico imediatamente, porque o
estado do paciente pode ser mais grave do que o comum.
Em todos os outros casos, em que o
zumbido não tem uma origem grave, é válido destacar que os hábitos de vida não
saudáveis são os maiores vilões. Os altos níveis de estresse, o consumo em
excesso de álcool e cafeína, além do cigarro são fatores determinantes para o
surgimento do zumbido.
“Uma importante recomendação que sempre
saliento é que o paciente nunca deve se automedicar, seja por medicação via
oral ou aplicado diretamente no ouvido, por exemplo, sem a indicação de um
médico especialista. Isso pode prejudicar aliviar os sintomas e, ao mesmo
tempo, impedir que a causa real do problema seja tratada”, reforçou o
especialista.
Sobre o especialista: Dr. Elcio Pires Junior é coordenador da
cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or -
Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de
Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos
EUA. Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa
de Misericórdia de São Paulo. E atualmente é cirurgião cardiovascular pela
equipe do Dr. André Franchini no Hospital Madre Theodora de Campinas.
Redes sociais:
facebook.com/Dr-Elcio-Pires-Junior-Cirurgião-Cardíaco
linkedin.com/in/elciopiresjunior
www.instagram.com/drelciopiresjr
Nenhum comentário