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Após bons resultados com a robótica, alunos de Goiânia participam da Mostra Brasileira de Foguetes

Estudantes de turmas entre o 6° e 9° ano da Maple Bear aguardam resultados da competição; foguetes foram confeccionados com garrafas PET

Alunos aguardam resultado da Mostra Brasileira de Foguetes
Divulgação

O resultado da competição está previsto para ser anunciado na próxima semana, dia 30 de junho. No total, a mostra tem quatro níveis, com foguetes diferentes para cada uma delas. Os estudantes da Maple Bear participam no nível 3, em que o princípio usado é a lei da Ação e Reação.  

A aluna Isabella Sanaiotti, de 13 anos, conta que o trabalho com os foguetes foi muito especial e diferente das outras atividades realizadas pelos alunos. “A gente já tinha trabalhado com robótica, mas quando nos apresentaram essa possibilidade dos foguetes, ficamos muito entusiasmados”, disse. De acordo com a estudante, apesar do mesmo “esquema” para a montagem dos foguetes, já que todos tinham princípio igual, as equipes conseguiam imprimir diferenças nas inclinações, pressões e outros elementos, que segundo ela, transformaram a experiência. “Foi algo totalmente novo”, afirma. 

Isabella ressalta ainda o fato de integrar uma equipe composta apenas por mulheres. “A gente já se conhecia da robótica, mas nos achamos, nos juntamos para trabalhar juntas. O nome do grupo é uma sigla: SWORD (Strong Woman On Robotics Department), e já faz referência a participação feminina nessa área”, destaca a aluna. 

 

Robótica
A equipe de robótica da Escola Canadense Maple Bear Goiânia, composta por cinco estudantes, já é destaque e vai representar o Brasil na etapa internacional do FIRA RoboWorld Cup, conhecida como “a Copa do Mundo da Robótica”. O torneio mobiliza estudantes apaixonados por tecnologia e inovação. Essa é a primeira vez que Goiás tem representantes na final da competição mundial, que será disputada em agosto.

Segundo o professor e técnico das equipes, tanto dos foguetes, quanto de robótica, Flamarion Moreira, a participação dos alunos no FIRA RoboWorld Cup é muito positiva por motivos que vão além do título de campeões. Para realizar os desafios propostos eles precisam desenvolver habilidades de concentração, planejamento, trabalho em equipe, gestão emocional, além da superação dos próprios limites. 

“O principal é que eles aprendem a sonhar, a desejar algo e a buscar formas de conquistar. Isso vale mais que qualquer premiação. O estímulo envolve o senso crítico, o processo criativo, as intervenções na criação de outros panoramas, o que acaba por incentivar todos os alunos da instituição”, acrescenta o professor, que também é mentor da equipe goiana de robótica premiada pela Universidade da Nasa, em 2019, pela invenção do chiclete de pimenta criado para astronautas.A Mostra Brasileira de Foguetes é um evento realizado anualmente pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) entre alunos de todas as séries do ensino fundamental e médio em todo território nacional. 

O objetivo é fomentar o interesse dos jovens pela astronáutica, física, astronomia e ciências afins, promover a difusão dos conhecimentos básicos de uma forma lúdica e cooperativa.

Além disso, o torneio busca mobilizar num mutirão nacional, alunos, professores, coordenadores pedagógicos, diretores, pais, escolas e instituições voltadas às atividades aeroespaciais. A edição de 2022 tinha como exigência a confecção de foguetes a partir de garrafas PET, com base propelente apenas de água e ar. Destaque em robótica, os alunos da Escola Canadense de Goiânia Maple Bear participam pela primeira vez da mostra de foguetes e aguardam os resultados com grande expectativa. 

De acordo com o professor assistente, Gustavo Corrêa Thomaz, 24 alunos da instituição, divididos em cinco times, lançaram os foguetes no último dia 20 de maio. “As equipes se reuniram na unidade do Alphaville, onde fizeram o lançamento dos foguetes, que foram construídos a partir de duas ou mais garrafas PETs de qualquer volume. A base de lançamento, que fica presa do chão, também foi construída pelos estudantes e tinha que ter como propelente apenas água e ar comprimido comprimido por uma bomba manual de encher pneus de bicicletas”, disse ele.

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