Aumento de 150% dos casos de dengue reforça papel dos agentes no combate ao mosquito
Entre 2 de janeiro e 7 de maio de 2022, quando
foi divulgado boletim do Ministério da Saúde, o Brasil havia registrado mais de
757 mil casos prováveis de câncer. Por conta deste cenário, Live reunirá
especialistas para discutir sobre a potencial contribuição dos agentes de
combate às endemias (ACE) para melhorar o cenário da dengue e outras
arboviroses no país. Será na quarta (15), às 19h, no Facebook do CONACS e da A
CASA
O Brasil
registrou mais de 757 mil casos prováveis de dengue de 2 de janeiro a 7 de maio
de 2022, o que representa um aumento de mais de 150% em relação ao mesmo
período de 2021. Os dados foram publicados no
Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde e apontam a importância do
monitoramento, cuidado e medidas de prevenção relacionadas às
arboviroses, doenças causadas por vírus transmitidos pelo mosquito Aedes
aegypti.Um levantamento realizado pelo InfoDengue,
sistema de monitoramento de casos de dengue, zika e Chikungunya desenvolvido
pela Fundação Oswaldo Cruz em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, também
reforça a necessidade de medidas de combate a proliferação do mosquito Aedes
aegypti e apontam que a região Nordeste apresenta municípios com alta
incidência para os padrões históricos e com aumento de casos de chikungunya.
As arboviroses mais comuns em ambientes
urbanos são: dengue, Zika e chikungunya, e os vírus causadores dessas doenças
são transmitidos através da picada pelo mosquito. Com o retorno das atividades
presenciais após o fim do isolamento social por conta da pandemia de Covid-19,
a alta circulação de pessoas pode ter favorecido o aumento dos casos durante o
período. “Quando as pessoas passam a sair do domicílio para as atividades
rotineiras, deixam de cuidar tão bem e passa a ter um maior número de
criadouros dentro das casas. É muito importante que todos entendam que mais de
90% dos criadouros do Aedes aegypti estão dentro do domicílio, então cada um
tem que cuidar do seu lar para que assim a gente consiga diminuir a população
do mosquito e diminuir o risco de epidemias.”, destaca André Ribas,
epidemiologista e consultor científico da A CASA
Medidas simples que podem ser realizadas
em poucos minutos por toda a população ajudam na redução dos focos de
proliferação do mosquito Aedes aegypti. Não jogar lixos em terrenos baldios,
manter água da piscina sempre tratada, lavar e trocar a água dos bebedouros dos
animais por pelo menos uma vez por semana, manter o quintal limpo recolhendo
lixos e detritos e manter os lixos bem fechados são exemplos de ações.
A população também atua no combate e
redução de casos ajudando dando apoio ao trabalho dos agentes de combate às
endemias (ACEs) e dos agentes comunitários de saúde (ACSs) que são essenciais
para a promoção da saúde. São mais de 370 mil agentes de saúde e endemias
atuantes nos 5570 municípios brasileiros, os agentes visitam as famílias
em suas casas, estão atentos aos relatos, identificam problemas nas residências
e outros espaços para evitar condições favoráveis ao desenvolvimento de
focos para a proliferação de doenças potencialmente endêmicas, como dengue,
malária, Zika, doença de Chagas, e também promovem ações
educativas para a população. “A CASA é um projeto de integração dos agentes e
tem uma função muito importante. Os agentes comunitários (ACSs) e de combate às
endemias (ACEs) trabalhando de forma integrada podem contribuir muito tanto
para a conscientização das pessoas como para o controle do Aedes aegypti.”,
explica André Ribas.
A live
“Cenário de arboviroses no Brasil”- que acontece na próxima quarta-feira
(15) às 19 horas no Facebook do CONACS e da A CASA- reúne os palestrantes:
André Ribas (epidemiologista e consultor científico da A CASA), João Bosco
Eleutérico (Vice-Presidente da CONACS), Cristiane Eleutério Freire (ACE e
diretora da CONACS) e Alessandro Chagas (assessor técnico do CONASEMS) com o
objetivo de compartilhar experiências e discutir medidas para controle e
proteção das arboviroses urbanas.
Sobre A CASA – Construída em 2022 para abrigar os
profissionais que atuam como Agente Comunitário de Saúde (ACS) e Agentes de
Combate às Endemias (ACE), protagonistas da promoção da atenção primária à
saúde no país. A CASA é uma realização do IPADS em parceria com o CONASEMS,
CONACS e a Fundação Johnson & Johnson. Este espaço reúne uma série de
conteúdos, em diferentes formatos, selecionado pela equipe do projeto A Casa,
sobre questões relacionadas à atuação e à qualidade da formação dos
agentes.
Sobre o IPADS - O IPADS é uma organização sem fins
lucrativos, que atua na perspectiva de contribuir com o desenvolvimento social
e com a melhoria da qualidade de vida da população, apoiando a formulação,
implantação e avaliação de políticas, programas e projetos. O trabalho do Instituto
é caracterizado pela interdisciplinaridade, principalmente pela atuação
conjunta de seus associados que buscam uma abordagem integral das necessidades
do cidadão.
Sobre o CONASEMS - O Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde (CONASEMS) nasceu a partir do movimento social em prol da
saúde pública e se legitimou como uma força política, que assumiu a missão de
agregar e de representar as 5570 secretarias municipais de saúde do país. Desde
1988, promove e consolida um novo modelo de gestão pública de saúde baseado em
conceitos como descentralização e municipalização.
Sobre o CONACS - A Confederação Nacional dos Agentes de Saúde (CONACS) foi uma entidade criada em 1996 pelos ACS e ACE com o objetivo de ser a representante máxima dessas categorias. Atua como importante força política em prol dos direitos associados ao trabalho dos agentes de saúde. É formada por sindicatos e associações desses profissionais e na década de 1990 sua atuação foi fundamental para consolidação de leis que criaram a profissão e regulamentaram o vínculo empregatício. A CONACS tem forte potencial de mobilização junto a ACS e ACE de todo o país.
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