Avaliação de Itinerários Formativos é desafio para professores no Novo Ensino Médio
Créditos: Unsplash
Notas de zero a dez já não são
suficientes. Com quase seis meses de aplicação do Novo Ensino Médio, as
avaliações nos Itinerários Formativos ainda são um caminho cheio de
possibilidades para escolas, professores e estudantes. Se, no modelo
tradicional, ser avaliado sempre foi quase um tabu, o novo formato permite mais
flexibilidade para entender melhor como os jovens aprendem.
Especialistas defendem que as salas de
aula, hoje, estão cada vez mais heterogêneas. Isso significa que, em uma turma,
há diferentes tipos de inteligência - e cada uma delas precisa ser valorizada,
e não excluída. Para o assessor da área de Física do Sistema Positivo de
Ensino, Danilo Capelari, essa é a oportunidade para permitir o desenvolvimento
de competências que serão necessárias para esses jovens durante toda a vida.
“As principais habilidades que serão exigidas dos estudantes nos próximos anos
são as de cunho socioemocional. Há pesquisas que mostram que a geração Z vai
trocar de carreira em média cinco vezes durante a vida. Isso exige que esses
estudantes desenvolvam habilidades e não apenas saibam os conteúdos formais”,
explica.
É por isso que os Itinerários Formativos
trabalham os conteúdos aplicando, na prática, o conceito de
interdisciplinaridade. Eles também permitem que esses conteúdos sejam
vivenciados de uma forma muito mais prática, o que ajuda a entender os
conceitos e consolidar o conhecimento. “Essas são as aulas que, como
professores, sempre quisemos dar, mas não tínhamos tempo ou espaço. Com as
avaliações não é diferente, precisamos nos permitir experimentar novas formas
de avaliar”, ressalta.
Para ele, a partir dos objetos e
conteúdos trabalhados, e aplicando os princípios da avaliação formativa, por
exemplo, é possível chegar a um entendimento mais completo sobre o que cada
estudante realmente absorveu daquilo que foi trabalhado. A avaliação formativa
é contínua e ajuda o professor a acompanhar a evolução dos alunos em relação ao
que é abordado e debatido em sala de aula. No caso dos Itinerários Formativos,
esse tipo de avaliação é mais eficaz que a avaliação somativa, aquela que
atribui notas e/ou conceitos para cada estudante com base na resolução de um
determinado número de questões.
Muitas vezes, diz o especialista,
durante uma avaliação somativa, o enfoque dado pelo professor pode gerar
distorções na nota final. “Acontece de o professor colocar o foco da avaliação
em uma parte do conteúdo, enquanto aquele estudante específico se preparou mais
intensamente sobre outra parte”, exemplifica. Além disso, também é possível
que, sob a pressão da avaliação, o jovem não se saia bem, enquanto, em uma
conversa, ele demonstra total conhecimento dos assuntos trabalhados. “Nossos
alunos possuem inteligências múltiplas, como a lógico-matemática´, a
naturalista, a musical, entre outras. Quando avaliamos com um único instrumento
de dez questões, por exemplo, estamos, muitas vezes, contemplando um único tipo
de inteligência. O instrumento de avaliação precisa se basear na equidade, e
não na igualdade”, finaliza.
Sobre o Sistema Positivo de Ensino
É o maior sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversos componentes, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltadas à educação.
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