De olho nas pintas: atenção aos sinais do melanoma
Embora represente apenas 3% dos casos de câncer
de pele no Brasil, neoplasia é agressiva e merece atenção. Oncologista comenta
importância do diagnóstico e tratamento precoce, e explica como prevenir a
doença
Apesar de raro, o melanoma - tipo menos
comum de câncer de pele - é o mais agressivo, principalmente se não tratado
precocemente. De modo geral, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer
(Inca), o câncer de pele ultrapassa no Brasil a marca de 185 mil novos casos ao
ano. Quanto ao melanoma, ainda de acordo com o órgão, o subtipo da doença
representa 3% das neoplasias malignas no país.
Devido sua alta capacidade de metástase,
o melanoma tem como principal manifestação inicial o aparecimento de uma pinta
escura de bordas irregulares. Além disso, segundo a Dra. Sheila Ferreira,
oncologista da Oncoclínicas São Paulo, também é importante ficar de olho em
outros fatores. "A pinta ou sinal possui tons acastanhados e, apesar de
aparecer com mais frequência nas áreas expostas ao Sol, pode surgir em qualquer
parte do corpo, inclusive nas mucosas. Na pele negra, por exemplo, elas podem
aparecer comumente nas palmas das mãos e plantas dos pés", explica.
Por que o melanoma aparece?
O melanoma tem origem nas células que
produzem a melanina - os melanócitos -, responsáveis por determinar a cor da pele.
"Devido a exposição prolongada aos raios solares ultravioletas e também às
câmaras de bronzeamento artificial, as células passam a se reproduzir
descontroladamente. Além disso, o melanoma tem alta possibilidade de metástase
- a disseminação da doença para outros órgãos. Contudo, quanto antes for
diagnosticado, maiores são as chances de sucesso no tratamento ", alerta a
oncologista.
Prevenção é tudo!
A melhor maneira de prevenir o câncer de
pele melanoma é evitando a exposição ao sol das 10h às 16h, justamente pelos
raios serem mais intensos. "Outra maneira de evitar a situação é procurar
lugares com sombra, investir no protetor solar, usar roupas com proteção UV,
bonés, óculos de sol e protetor próprio para os lábios", orienta Sheila
Ferreira.
A oncologista reforça ainda que o uso do
protetor solar deve ser feito até mesmo nos dias nublados, cerca de 15 minutos
antes de sair de casa. "É importante que o protetor solar tenha, pelo
menos, 30 de FPS. Reaplique a cada duas horas ou ainda depois de nadar ou
suar".
Também é importante evitar câmaras de
bronzeamento artificial – vale lembrar que elas estão proibidas no Brasil pela
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2009.
Fatores de risco do melanoma
- Uso de câmeras de bronzeamento
artificial;
- Pele e olhos claros
- Exposição excessiva e
prolongada ao sol;
- Histórico familiar ou pessoal
de câncer de pele
Como identificar precocemente
O diagnóstico precoce do câncer de pele
melanoma pode ser realizado a partir de exames clínicos, endoscópicos ou
radiológicos. "Através da identificação antecipada, a chance de cura pode
chegar a 90%. Apesar de nem sempre manchas ou pintas serem de fato câncer de
pele, é fundamental procurar por um especialista para o diagnóstico
correto", comenta a oncologista da Oncoclínicas São Paulo.
A investigação do melanoma começa quando
existem pintas ou sinais escuros e de bordas irregulares, que podem aumentar
conforme o tempo, ou ainda provocar coceira e descamação no local. "As
alterações a serem avaliadas como suspeitas são o que qualificamos como ABCDE –
Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro e Evolução”, explica a
especialista.
- Assimetria: quando metade da
lesão é diferente da outra parte
- Bordas: se a pinta, sinal ou
mancha apresenta um contorno irregular
- Cor: quando a lesão possui
cores diferentes, podendo ser entre vermelho, marrom e preto
- Diâmetro: caso a lesão
apresente um diâmetro maior do que 6 mm
- Evolução: mudanças nas
características da lesão ao longo do tempo (tamanho, forma, cor)
"Trazer informações sobre o assunto
é fundamental para que cada vez mais pessoas conheçam os sinais do seu
próprio corpo e consigam identificar alguma anormalidade da pele. Além
disso, deve-se sempre destacar sobre a necessidade do uso do protetor
solar diariamente, sendo ele uma das principais alternativas para a
prevenção da doença que atinge milhares de pessoas todos os anos. A boa
notícia é que, atualmente, temos diversas opções de tratamento e que as
chances de cura aumentam muito quando o diagnóstico é feito em estágios
iniciais, daí a importância de procurar precocemente auxílio médico na
identificação de uma lesão suspeita", comenta a Dra. Sheila
Ferreira.
Pessoas com tatuagem devem redobrar os
cuidados!
Os desenhos, principalmente aqueles realizados
com tintas escuras, podem acabar atrapalhando a visualização de possíveis
lesões na pele. "No caso do câncer de pele melanoma, justamente por sua
pigmentação escura nas pintas e sinais, as tatuagens tendem a dificultar as
análises durante os testes", explica a médica.
Estágios do melanoma
Após o diagnóstico, é fundamental
analisar qual a extensão da neoplasia. "O câncer de pele melanoma pode ser
classificado em estágios (I a IV), sendo I o mais precoce e IV quando há
acometimento de órgãos à distância, o que denominamos metástases. “A boa
notícia é que para todos os estágios temos opções de tratamento", ressalta
a Dra. Sheila Ferreira.
De modo simplificado, nos estágios I e
II, a espessura do tumor, o que chamamos de Breslow, é variável e, neste caso,
não há acometimento de gânglios/ linfonodos, nem de outros órgãos.
No estágio III, além da pele, as células
do melanoma são encontradas nos gânglios, mas não em outros órgãos.
No estágio IV há acometimento de outros
órgãos à distância (pulmão, fígado, cérebro).
Para definição do tratamento, além do
estadiamento, o oncologista deve avaliar também fatores como sintomas, estado
geral do paciente, presença de outras doenças concomitantes, exames
laboratoriais e localização do tumor, entre outros.
Tratamento
Na grande maioria dos casos, a doença é
diagnosticada em fases iniciais e, habitualmente, o único tratamento necessário
é a cirurgia.
Nos casos de doenças localmente
avançadas, em que há comprometimento dos gânglios/linfonodos, pode ser
necessário algum tipo de tratamento complementar, visando reduzir a chance de a
doença retornar no futuro.
Para os estágios mais avançados, a
terapia alvo, ou imunoterapia são os tratamentos de escolha, pois vão atuar em
todas as células, independentemente da localização. "Porém, vale lembrar
que cada caso é um caso e, atualmente, temos diversas opções de tratamento. A
avaliação cautelosa e individualizada feita pelo oncologista que acompanha o
paciente é necessária para determinar a melhor terapia para cada pessoa",
finaliza a oncologista da Oncoclínicas São Paulo.
Sobre a Oncoclínicas
Fundada em 2010, a Oncoclínicas (ONCO3)
é a maior instituição privada no mercado de oncologia clínica do Brasil em
termos de faturamento. A Oncoclínicas conta com 91 unidades, entre clínicas, laboratórios
de genômica, anatomia patológica e centros integrados de tratamento do câncer,
estrategicamente localizadas em 25 cidades brasileiras. Desde sua fundação, a
empresa passou por um processo de expansão com o propósito de se tornar
referência em tratamentos oncológicos em todas as regiões em que atua.
O corpo clínico da Companhia é composto
por mais de 1.300 médicos especialistas com ênfase em oncologia, além das
equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pela linha de cuidado
integral no combate ao câncer. A Oncoclínicas tem parceria exclusiva no Brasil
com o Dana-Farber Cancer
Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento
do câncer no mundo, afiliado à Harvard Medical School, em Boston, EUA.
OC
Oncoclínicas CPO
Fundado
há mais de três décadas, o Centro Paulista de Oncologia (CPO) passou a integrar
o Grupo Oncoclínicas em 2013. A clínica oferece cuidado integral e
individualizado ao paciente oncológico, com consultas médicas, tratamento
oncológico ambulatorial (quimioterapia, hormonioterapia, drogas alvo,
imunoterapia), medicamentos de suporte, acompanhamento médico durante
internações hospitalares e uma equipe médica para suporte de emergências
disponível 24 horas por dia.
Nosso
corpo clínico é composto por profissionais especializados em oncologia clínica
e hematologia, cuidadosamente selecionados por sua qualidade técnica e ética de
trabalho, além de médicos especialistas em oncologia nas áreas de cardiologia,
dermatologia, genética e medicina integrativa.
Em
conjunto com a equipe administrativa, somos mais de 120 colaboradores e 50
médicos trabalhando pela missão de cuidar integralmente do paciente, com
excelência, humanismo e ética.
O
OC Oncoclínicas CPO oferece a todos os pacientes em tratamento ambulatorial uma
equipe de enfermagem com experiência e capacitações técnicas e ainda farmácia
clínica, psicologia, nutrição e reflexologia, complementando os cuidados
necessários durante o tratamento.
Atualmente
o OC Oncoclínicas CPO conta com duas unidades, localizadas nos bairros Vila
Olímpia e Higienópolis. https://www.grupooncoclinicas.com/cpo-sp/
Para obter mais informações, visite www.grupooncoclinicas.com.
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