Dia Mundial do Vitiligo: Mais de um milhão de pessoas sofre com vitiligo no Brasil
Dermatologista
alerta da importância de ter acompanhamento com especialista e que tratamentos
não médicos podem gerar reações adversas graves
Comemorado no dia 25
de junho, o Dia Mundial do Vitiligo foi criado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) com o objetivo de conscientizar e combater o preconceito causado
pelo problema. A doença de pele que acomete mais de um milhão de pessoas no
Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é caracterizada
pela perda de coloração local e pela perda ou diminuição das células que são
responsáveis pela formação da melanina, que é o pigmento que dá cor à pele.
Segundo a
dermatologista Gislaine Sales (CRM 12313), que atende no centro clínico do
Órion Complex, em Goiânia, é importante fazer o acompanhamento com um
especialista correto logo após identificar algum sinal. “Os sintomas vão ser a
presença de manchas com redução de pigmentação ou mesmo ausência, com um branco
bem marcado em alguns locais da pele e até pêlos podendo deixar fios em
couro cabeludo, sobrancelhas ou cílios também com coloração branca”.
Por ser uma doença
que tem a genética como um dos seus fatores, a especialista acrescenta que não
tem como evitar o aparecimento de sintomas quando se tem casos na família. “O
que deve ser feito é observar e, se houver aparecimento de lesões suspeitas,
procurar um médico dermatologista para que haja o início do tratamento e as
orientações necessárias”.
Tratamento
Embora não exista
cura, Gislaine Sales explica que existem vários tipos de tratamento, dependendo
do quadro clínico apresentado pelo paciente, com o intuito principal de
controlar o aumento do tamanho ou quantidade de lesões.
“O tratamento do
vitiligo é individualizado, dependendo das características de cada paciente,
com resultados variáveis. Mas o uso de filtro solar nos locais das lesões é
fundamental para todos os casos, uma vez que no local não há o pigmento que
ajuda na prevenção do aparecimento de lesões cancerígenas com a exposição à
radiação ultravioleta ao longo dos anos”, explica a médica.
A dermatologista traz um alerta sobre o que deve ser feito pelas pessoas que têm vitiligo. Ela orienta que deve-se ter muito cuidado com o tratamento, pois isso pode acarretar no aparecimento de reações adversas graves. “O não acompanhamento pode levar ao aumento do tamanho. É importante o tratamento correto e bastante cuidado com receitas milagrosas não médicas, que podem levar ao aparecimento de dermatite de contato, alergias entre outras”, finaliza.
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