Mármores e granitos: A nobreza de um revestimento milenar
Wagner Cimino Filho*
A decoração
de um lar começa com um bom projeto de arquitetura. De nada adianta belíssimos
móveis em um imóvel com revestimento inferior. O investimento em uma pedra de
qualidade é uma escolha certeira, pois o custo x benefício de revestir os
interiores com pedras como o granito ou o mármore faz valer cada centavo.
Acredita-se
que os primeiros a extrair e utilizar o granito foram os povos egípcios, sendo
posteriormente usado na arquitetura romana. De beleza ímpar, a rocha era
bastante usada em construções de monumentos e túmulos dos faraós. Já na Idade
Média, o granito foi bem utilizado em construções como igrejas e casas. O
mármore, por sua vez, foi associado com um sentido de riqueza, por se tratar de
um material presente nos palácios de reis e rainhas.
A beleza
natural das pedras é advinda da maior indústria a céu aberto: a natureza. O
granito é uma rocha magmática resultado do resfriamento do magma derretido que
ocorre em grandes profundidades da crosta terrestre. Já o mármore, é uma rocha
cristalina e compacta, proveniente de calcário exposto a altas temperaturas e
pressão.
Pela
elegância, requinte, história e, em alguns casos, raridade, o mármore e o
granito são essenciais na composição dos ambientes de uma casa confortável e
luxuosa. Pelo fato do mármore ser uma pedra mais rara, ele costuma ser mais
caro que o granito.
Tanto o
mármore quanto o granito possuem uma gama de cores. No entanto, ainda, cores
mais neutras são mais preferidas no geral. O tipo de mármore mais requisitado é
o Travertino. O tipo Romano e Navona são importados – da Itália, principalmente.
No entanto, a versão nacional, além de mais barata, não perde em nada em termos
de semelhança. Quanto ao granito, o modelo mais procurado é o Preto Absoluto e
o São Gabriel. A diferença é na tonalidade da cor, sendo o tipo Absoluto
predominantemente preto, enquanto que a pedra São Gabriel revela mesclas de
outros cristais em sua formação.
É
importante analisar, com ajuda de um profissional, quanto ao local de
instalação da pedra. Se for de uso constante, como pia de cozinha ou banheiros,
por exemplo, o granito é o mais indicado, pois, além de ser mais robusto, tem
mais resistência a manchas e absorve menos água que o mármore. Por sua vez,
indica-se o mármore em ambientes internos e revestimentos de paredes, por ser
mais leve e menos resistente a líquidos e poluição externa.
A aplicação
de mármore e granito, na visão de muitos, pode ser limitada às pias de cozinha,
aos lavatórios de banheiro e bancadas. Assim como são cada vez mais raros
aqueles pisos frios e azulejos com faixa no meio, a versatilidade do mármore se
estende às paredes da cozinha e do banheiro, integrando acabamento superior em
todo o projeto. O granito entra em cena em substituição aos tacos, pisos e
porcelanato, conferindo máxima elegância ao ambiente.
Muito além
de belas pedras de revestimento e devido a alta demanda, esses revestimentos
promovem inovação no mercado de arquitetura e construção, bem como conferem
tendências de consumo. Do ponto de vista de comportamento do consumidor, há
aqueles que criam um projeto mentalmente e o materializam; outros que preferem
ajuda profissional, consultando portfólios de outras obras; e os que se
inspiram em ambientes-modelo, como aqueles encontrados em home-centers de
construção.
Mais que
bom gosto, a utilização de mármores e granitos em uma obra é sinônimo de
elegância, requinte e sofisticação. A nobreza de um revestimento milenar que
perdura por séculos, e que ao mesmo tempo é atual.
*Wagner Cimino Filho é proprietário da Cimino Mármores e Granitos
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