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Parece mas não é: cuidado para não se confundir com os falsos cognatos na língua espanhola

Falsos cognatos ou “falsos amigos” são aquelas palavras que se parecem muito com uma palavra em português, mas têm significado totalmente diferente. Aprenda mais sobre eles!

Divulgação

O Brasil é um país de dimensões continentais, um dos maiores da América, mas em um aspecto estamos praticamente sozinhos no nosso continente: no idioma. O Brasil é praticamente rodeado em sua totalidade, por países que falam espanhol.

O espanhol é a segunda língua mais falada no mundo. Ao todo, 21 países têm o espanhol como língua oficial. São nações localizadas nas Américas do Sul, Central e do Norte, na África e, claro, na Europa, origem do idioma. E não podemos esquecer que uma boa parcela da população da maior potência econômica do mundo, os Estados Unidos, é composta por naturais ou descendentes de latino-americanos, o que leva o idioma a ser parte da cultura dos principais estados do país, como a Califórnia, a Flórida e o Texas.

Voltando para a América Latina, o Brasil é exceção nessa Torre de Babel e, para muitos, ter tantos vizinhos “hispanohablantes” dá a sensação de que as línguas são parecidas e de que pode ser fácil se comunicar. Mas sabemos que não é bem assim que as coisas funcionam.

Quem nunca se confundiu que atire a primeira pedra!

Apesar de sermos vizinhos de tantos países falantes desse idioma, não são muitas pessoas que sabem fluentemente o espanhol. Segundo o recente estudo “O abismo digital no Brasil”, sobre desigualdade de acesso à internet e à educação no país, elaborado pela PWC em parceria com o Instituto Locomotiva, 87% dos brasileiros não falam um segundo idioma.

Na verdade, o que acontece é que muitas pessoas acham que as palavras possuem significados parecidos com o português e se sentem seguras para arriscar. No entanto, o excesso de confiança pode levar a situações constrangedoras, principalmente quando pensamos nos falsos cognatos ou “falsos amigos”.

Falsos amigos

Os falsos cognatos, também chamados de “falsos amigos”, são palavras cuja grafia ou sonoridade são semelhantes entre idiomas, porém, possuem significados totalmente diferentes.

No caso da língua espanhola e da língua portuguesa, ainda que elas sejam próximas e possuam a mesma origem latina, há muitas palavras que podem nos enganar. “Confundir-se com os falsos cognatos é o erro mais comum de quem não sabe o espanhol ou está começando a aprender. Por isso, é preciso ter cuidado com o vocabulário”, destaca Manuel Valenzuela Villarrubia, coordenador-geral do Instituto Cervantes de Belo Horizonte, órgão oficial do governo da Espanha que é referência mundial na difusão da cultura e do ensino de espanhol.

Valenzuela destaca que mesmo entre quem já fala bem o espanhol, é comum se atrapalhar e usar os falsos cognatos, o que costuma causar muita confusão na hora de se comunicar e, algumas vezes, até mesmo constrangimento, devido às diferenças culturais. “Não é à toa que essas palavras são conhecidas como ‘falsos amigos’. É muito fácil esquecer que elas têm significados diferentes. O mesmo vale para quem tem o espanhol como língua nativa e vai se arriscar na aprendizagem do português. Por isso, é preciso estudar vocabulário, ler muito em espanhol e ficar muito atento”, aconselha.

Com o mundo globalizado, as distâncias entre os países e continentes diminuíram e se comunicar em outros idiomas virou praticamente uma obrigação. “Aprender espanhol vai agregar valor ao currículo, ampliar sua rede de contatos e criar um mundo de oportunidades. Com o passar do tempo, com as traduções, o estudo e a contextualização, as palavras vão se tornando naturais”, finaliza Valenzuela.

Para quem quiser aprender o espanhol como segunda língua, o Instituto Cervantes possui cursos regulares de espanhol para diversos níveis e nas modalidades presencial ou on-line. O objetivo dos cursos é desenvolver a capacidade linguística e a interação oral e escrita por meio de atividades lúdicas e significativas, além de promover conhecimento geral da cultura e tradição hispânicas. O Instituto Cervantes de Belo Horizonte está na Rua dos Inconfidentes, nº 600 – Savassi, e no site belohorizonte.cervantes.es/br/default.shtm .



Confira algumas situações comuns dos falsos cognatos em espanhol.

Espanha

Me llamo Carmen Souto. Mi apellido es Souto. (significado: sobrenome)

¿Gabriel, cuál es la fecha de su nacimiento? (significado: data)

Tengo que llevar mi coche a un taller (significado: oficina mecânica)

Brasil

Meu nome é Cecília Pereira. Meu apelido é Ceci. (significado: qualificação ou titulação individualizadora)

Gabriel fecha a portaria do colégio todos os dias. (significado: verbo fechar)

Alguém pode me emprestar um talher para comer? (significado: utensílio de cozinha, garfo, faca, colher).

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