Tecnologia e profissionais treinados são fundamentais para a segurança dos condomínios
José Roberto Iampolsky*
Para a proteção de
condomínios, é preciso incorporar recursos tecnológicos com mão de obra
qualificada, sem se esquecer de considerar o conjunto de processos que compõe a
rotina diária do local. Um projeto de segurança bem elaborado protege e promove
economia de recursos.
Dentre os sistemas de
segurança atuais disponíveis, pode-se assinalar:
- Alarmes e segurança perimetral:
usados para descobrir e dificultar invasores nas áreas adjacentes do
condomínio;
- Projeto e instalação
de sistemas de alarme, por meio de sensores de presença contra roubo, invasão
e/ou incêndio;
- Botões de pânico;
- Central de
monitoramento de alarme 24 horas;
- Cercas elétricas,
concertinas e sensores ativos;
- Projeto, instalação e
integração de câmeras de monitoramento;
- Serviço de
monitoramento de vídeos personalizados por 24 horas: guaritas, portarias, salas
de segurança, abertura/fechamento de empresas, etc.;
- Gravação remota das
imagens.
Tecnologia em portarias
As portarias virtuais
também se consolidam, cada vez mais, no mercado como uma grande tendência para
melhorar a segurança dos condomínios e otimizar custos. Elas podem ser instaladas
em grandes, médios e até pequenos condomínios.
A redução dos custos
com mão de obra é um dos principais benefícios do uso desse recurso. A economia
pode chegar até 90%.
Com uma portaria
virtual, é possível certificar-se que situações irregulares, como fornecedores
realizando serviços fora do horário estipulado pelo regimento interno do
edifício, deixem de acontecer.
O aprimoramento na
segurança também é um ganho relevante. Isto porque a guarita física é trocada
por uma central de operações, onde um controlador treinado realiza o
monitoramento do acesso ao condomínio, autorizando ou não a entrada e saída de
moradores, visitantes e veículos. Tudo sendo feito em tempo real e registrado,
de acordo com o modelo de serviço contratado.
Mais recursos
tecnológicos
As estratégias de
segurança em condomínios se tornaram muito mais eficientes e descomplicadas com
a tecnologia.
Os métodos mais
recentes incluem dispositivos, como:
- Sistema analítico de
imagens: usando inteligência artificial, ele torna mais dinâmico o controle
diário e preventivo do condomínio e arredores.
- Sistema integrado de
câmeras: quanto mais pontos de imagem, mais condições de sanar problemas e
realizar o controle, principalmente de acesso. Além disso, possibilita o
correto encaminhamento da equipe no caso de alguma ocorrência.
- Reconhecimento
facial: é um quesito que tem evoluído bastante, e que se mostra uma solução
asséptica nesses tempos de pandemia, em que se exige pouco contato, pois evita
que as pessoas toquem em aparelhos.
- Duplo grau de
verificação: ainda não é uma prática comum na maioria dos condomínios. Consiste
no uso de antenas para o reconhecimento de tags que ficam nos vidros dos
veículos e não podem ser movidos. Após essa primeira fase com a antena, os
portões veiculares devem ter uma segunda etapa com biometria ou reconhecimento
facial.
- Aplicativo: esse é
outro advento que ainda está se consolidando. Ele otimiza a relação com a
portaria no que se refere à atualização cadastral, autorização de acesso,
consulta a imagens, ocorrências e notificações, e facilita o acompanhamento do
status dessas ocorrências. Além disso, é funcional, customizado e confere
rapidez à solução dos problemas.
Boas práticas de
segurança
As boas práticas de
segurança nos condomínios envolvem as ações que moradores e funcionários
necessitam seguir cotidianamente para assegurar a seguridade no ambiente.
É importante ter
consciência de que, quando se aborda a segurança em condomínios, não se trata
apenas de evitar o acesso de intrusos mal-intencionados, mas reprimir confusões
e instituir uma rotina operacional prática e de bem-estar nos edifícios.
Tais atitudes devem ser
discutidas entre a administração e os condôminos, e se possível, divulgadas
para incentivar que todos as sigam. Algumas delas são:
- Evitar o empréstimo
de chaves para pessoas de fora do condomínio;
- Nunca deixar pessoas
que estão esperando do lado de fora entrar no condomínio;
- Os moradores devem
buscar encomendas e pedidos na portaria;
- Caso o condomínio
precise de manutenção, o síndico ou o zelador deve acompanhar os funcionários;
- Divulgar
procedimentos para se seguir em caso de emergência;
- Monitorar entrada de
pessoas e veículos;
- Os profissionais da
portaria sempre devem pedir identificação de visitantes, entregadores,
fornecedores ou funcionários;
- Os carros devem
entrar no condomínio com vidros abaixados para que o porteiro possa fazer
contato visual com o motorista antes de abrir o portão;
- Muros altos,
concertinas e cercas elétricas desestimulam possíveis intrusos;
- Embora deixe o
condomínio mais charmoso, melhor evitar o paisagismo, uma vez que os invasores
podem se aproveitar dos jardins e ornamentos para se esconder.
Vale destacar que para
se obter a eficiência dos sistemas e ações escolhidos, é essencial que os
moradores participem e façam sua parte, sempre respeitando os procedimentos e
colaborando com a proteção dos espaços.
*José Roberto Iampolsky é CEO da Paris Condomínios, empresa criada em 1945 para administrar condomínios e alugueis. www.pariscondominios.com.br
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