Uma inteligência artificial cada vez mais inteligente e pronta para apoiar as melhores decisões
Por Matheus Sesso Gay*
O escritor Isaac Asimov se tornou famoso por seus livros de
ficção científica que exploram mundos e cenários hipotéticos onde humanos e
robôs inteligentes conviviam graças às três leis da robótica criadas em suas
histórias. Com elas, nenhuma máquina poderia ferir uma pessoa, desobedecê-la ou
não proteger sua existência. Apesar de toda a aceleração digital nos últimos
anos, a sociedade ainda está longe dessa visão futurística. Mas isso não
significa que não esteja caminhando para tal. Em 2022, as soluções de
inteligência artificial começam a se destacar por serem inteligentes – e
prontas para apoiarem e embasarem as melhores decisões de pessoas e
empresas.
Este ano, por exemplo, praticamente metade (48%) dos CIOs (chief
informations officer) em todo o mundo admitiu que já implantou ou planeja
implantar tecnologias de inteligência artificial e de machine learning,
segundo levantamento realizado pelo Gartner. Além disso, o mercado global de
soluções dessa área deve movimentar US$ 62,5 bilhões em 2022, um crescimento
expressivo de 21,3% em relação a 2021. As categorias mais visadas por esse
conceito são gestão do conhecimento, veículos autônomos, espaços de trabalhos
digitais e crowdsourcing de dados.
As pesquisas reforçam que as tecnologias de IA estão em evidência
em todo o mundo. Entretanto, é preciso reconhecer que não se tratam de
novidades nas organizações. Pelo contrário, diversos projetos já foram
desenvolvidos em várias regiões do planeta com resultados promissores –
inclusive como forma de combate à pandemia de covid-19. No Brasil, por exemplo,
um levantamento da IDC em 2021 já mostrava que um quarto das corporações no
país já possuía uma solução desse tipo em suas estruturas, ainda que de forma
tímida. Por que, então, esse tipo de tecnologia é apontado somente agora como
principal tendência?
Dois pontos ajudam a compreender esse movimento. O primeiro
deles diz respeito à própria maturidade da tecnologia. Como citado, já existem
projetos em andamento capazes de fornecer insumos sobre o real potencial da
inteligência artificial, e claro, como melhorá-la a partir disso. É um ciclo
natural no setor de inovação: as soluções são lançadas ao mercado, seu uso
apresenta pontos de melhoria a partir da experiência de seus usuários e ajustes
são feitos, garantindo ferramentas mais eficientes e com mais recursos no
futuro. Em 2022, esse conceito está em plena maturidade após se desenvolver de
forma exponencial e ganhar espaço com a aceleração digital provocada pelo novo
coronavírus.
Isso leva ao segundo tópico: a inteligência artificial está
realmente inteligente. Os modelos preditivos e padrões criados pelas melhores
ferramentas de IA são capazes de entregar bem mais do que um compilado de dados
para o profissional tomar sua decisão. Hoje, esses recursos oferecem contextos,
insights, informações complementares, dados históricos e projeções de
diversos indicadores para os próximos anos em uma mesma “embalagem”. Isto é, o
gestor já recebe em mãos todos os insumos para definir sua estratégia de
negócio de acordo com os objetivos da organização. Tudo o que ele precisa
colocar é justamente a capacidade criativa para formular as melhores medidas a
serem tomadas.
Como se vê, a inteligência artificial só não é capaz de
tomar sozinha as melhores decisões para as empresas e profissionais – ainda.
Mas já há inteligência suficiente para identificar os melhores dados, e
principalmente, traçar os melhores indicadores para cada segmento e/ou
objetivo. Podemos ainda estar longe do mundo idealizado por Asimov, mas
certamente demos o primeiro passo para isso este ano. A convivência entre
humanos e robôs inteligentes já começou.
*Matheus Sesso Gay é Auto ML &
Time-Series Lead na 4intelligence,
startup especializada
em soluções que apoiam a tomada de decisão por meio da análise de dados –
e-mail: 4intelligence@nbpress.com
Sobre a 4intelligence
A 4intelligence é uma startup que desenvolve soluções para dar suporte a tomadas de decisões baseadas em análise de dados, por meio de algoritmos e inteligência artificial. A tecnologia possibilita a estruturação e customização de processos decisórios em larga escala, visando a que as respostas mais acuradas sejam entregues no momento correto para as pessoas certas. A 4i também é associada a I2AI (International Association of Artificial Intelligence), maior associação de inteligência artificial do Brasil. Além disso, a companhia já recebeu 120 prêmios, entre eles pelo Banco Central, Secretaria da Economia, Agência Estado e Consensus Economics. Também concorreram com grandes financeiros do setor, como Bradesco, JP Morgan, Barclays, Santander, entre outras consultorias gigantes.
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