Aumento da taxa de juros nos Estados Unidos cria incertezas ao redor do mundo
*Leandro Sobrinho
O aumento na taxa de
juros estipulado pelo Federal Reserve Bank - FED, tem como principal finalidade
o controle da inflação. Historicamente, os Estados Unidos tem uma inflação
estável e uma baixa taxa de juros, que se manteve quase a 0% também por conta
da pandemia, até mesmo para incentivar o consumo. O caos gerado pelo vírus
afetou o fornecimento de suprimentos, interrompendo as cadeias de produção e
por todos esses motivos, hoje há uma mudança de cenário, impossibilitando
atender a demanda gerada no país, causando falta de abastecimento e aumento nos
preços. E agora, colhemos o reflexo de uma inflação.
Os auxílios monetários
oferecidos pelo governo americano também contribuíram para esse cenário. Muitas
pessoas se sustentaram com esse dinheiro e deixaram de trabalhar, gerando falta
de mão de obra em diversos segmentos. Na área da construção, por exemplo, os
atrasos decorrentes desse período acontecem até hoje e, como consequência do
excesso de demanda atual, os valores aumentam exponencialmente.
Embora o movimento
pareça arriscado, pode gerar a diminuição de demanda que as instituições
planejam para controlar os números da inflação. Com a escolha de tirar o
apetite de investimento ao aumentar os juros você inibe o consumo de forma
geral, o dinheiro fica mais caro e essa é, justamente, a intenção deles nesse
momento. Vai existir uma recessão que vai impactar diversos países, já que os
Estados Unidos é um dos indicadores da economia mundial. No entanto, após uma
estagnação, a economia e a demanda de consumo reprimida voltarão com força
total, e é nisso que os investidores estão apostando.
A taxa de juros
americana está na faixa de 1,5% a 1,75% – uma alta de 0,75 pontos percentuais
desde a última decisão de juros, em maio, e as previsões são de aumento
constante até o final de 2022. Os números atuais estão dentro da normalidade em
uma realidade pré-pandemia. Nesse momento, o país está retornando à
normalidade, refletindo momentos em que a economia e o varejo estavam
aquecidos. As previsões são de que a taxa de juros chegue a 3,5% ao final do ano,
algo acima do normal para padrões americanos, mas que são considerados bons
números se comparados a países emergentes como o próprio Brasil, que apresenta
uma taxa superior a 13%.
As empresas brasileiras
devem estar atentas com os reflexos do movimento econômico americano, mantendo
ou até mesmo aumentando a qualidade em seus produtos e serviços. O empreendedor
não pode viver com medo de uma recessão e, como consequência, deixar de inovar,
motivar e treinar sua equipe e de manter uma estrutura organizada e que
desperte o desejo de consumo. Esse é o momento em que os empresários precisam
buscar formas de serem mais atrativos que a concorrência, se estabelecendo e
mantendo a tranquilidade em um momento de crise.
Sobre Leandro Sobrinho
Especialista em
empreendedorismo desde os 22 anos, Leandro Otávio Sobrinho graduou-se em
Direito, mas foi na gestão de diversos negócios que se encontrou
profissionalmente. Foi proprietário de restaurante, franquias no segmento de
moda, escola profissionalizante e investidor imobiliário. Hoje, morando nos
EUA, Leandro conseguiu adaptar seu modelo de trabalho em diferentes segmentos a
uma empresa de investimentos e incorporadora de imóveis. Atuando na Flórida com
foco no público local americano e residentes.
*Para mais informações, acesse www.raiseinvestor.com ou pelo Instagram raise.investidor
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