Cada jornada é única, logo, cada oferta deve ser única
*Por Gabriel Marostegam
O significado da palavra único, segundo o dicionário
Michaelis, remete a algo que não existe outro de sua espécie ou gênero;
exclusivo, singular. É baseado neste conceito que as empresas devem guiar seus
processos junto aos seus clientes. Partindo do princípio de que somos atraídos
por experiências únicas, uma pessoa desenvolvedora ao elaborar projetos deve
extrapolar a área técnica de seu conhecimento, analisando também a forma de
como essa invenção afeta as pessoas. Com tantos recursos tecnológicos
disponíveis no mercado, esse olhar apurado para o comportamento humano
tornou-se imprescindível para o sucesso dos negócios.
No entanto, como oferecer uma jornada
única aos consumidores? Essa resposta é simples: investimento em estratégias data driven. Se compararmos
o cenário tecnológico atual com o que tínhamos há cinco anos, havia escassez de
ferramentas para a análise de dados. As equipes de analytics devem acompanhar o
ritmo, buscando o aperfeiçoamento das habilidades para atingir um nível de
pesquisa cada vez mais profundo e assertivo. Desta forma, se torna possível
pavimentar o caminho que leva à satisfação das expectativas dos clientes. Porém
é importante ressaltar que, algumas vezes, a oferta de dados pode não ser o
suficiente para uma empresa. Neste caso, é necessário incluir novos processos
intuitivos e de experimentação, fazendo com que a solução esteja alinhada à
singularidade da jornada do cliente.
Embora a crise sanitária tenha sido um
momento muito singular e difícil para a sociedade como um todo, ela foi
determinante para a aceleração da transformação digital das empresas.
Entretanto, é necessário ter cautela ao selecionar os recursos que serão
utilizados para digitalização dos sistemas. Algo que acontece com uma
frequência maior do que imaginamos é uma empresa recorrer a uma tecnologia
específica, investindo recursos financeiros exorbitantes, e, no final, não
obter os resultados que esperava. Isso acontece por não entender e não
diagnosticar quais processos são importantes para mensurar ou por não
determinar quais serão as análises-chave, por exemplo. Com o auxílio de uma
consultoria especializada em oferecer soluções personalizadas esse equívoco
seria evitado. Então, são dois pontos para serem observados pelos gestores: uma
jornada única deve ser conduzida por uma oferta igualmente única.
De acordo com estatísticas de mercado,
93% das empresas reconhecem a importância dos dados para execução dos processos
e 97% tomam decisões com base neles. Essa mudança de mindset nas companhias é
fundamental para manter a competitividade no mercado, uma vez que os dados
guiam as ações que devem ser promovidas para alcançar a inovação esperada pelos
clientes. Com as informações obtidas também é possível minimizar riscos em
potencial, alinhando a estratégica conforme a movimentação dos
concorrentes.
Para uma empresa sobreviver nos dias de
hoje, é importante estar atenta às tendências, principalmente na área de dados.
A riqueza do mundo digitalizado está baseada nas informações que temos e a
forma como as usamos. Com mais de 2,5 exabytes sendo gerados anualmente, quanto
mais preciso for o processo de análise, maior é a chance da estratégia ser
eficiente. Não existe uma “solução pronta” que funcione para todos os negócios:
se a meta é sair à frente dos demais, posicionando-se como o primeiro entre o
segmento que está inserido, deve exaustivamente buscar por soluções robustas,
maduras e personalizadas.
Uma vez que os processos estejam
alinhados às expectativas dos consumidores, não há chance de erro. Muitas
pessoas acreditam que exista uma fórmula mágica para atingir os resultados. Na
realidade, o que existe são os dados.
*Gabriel Marostegam é Head of Data na CI&T
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