Contratação de estagiários negros cresce 235% em 4 anos, revela levantamento da Companhia de Estágios
Além de contratar, empresas têm buscado
sensibilizar as lideranças e realizado fóruns para debater a desigualdade no
ambiente corporativo
A empregabilidade dos estudantes negros
no Brasil disparou 235% em 4 anos. O saldo positivo vem de um levantamento
inédito feito pela
Companhia de Estágios, empresa que oferece soluções de recrutamento e seleção
de estagiários, trainees e aprendizes para algumas das maiores organizações do
país. Pelo segundo ano consecutivo, a empresa realizou o “Mapeamento dos Estagiários Negros no
Brasil".
O estudo mais recente teve como base
5.402 universitários negros contratados entre 2018 e 2021. A pesquisa usa a
mesma classificação de “cor ou raça” do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística), em que o termo negro se refere à soma das populações preta e
parda.
Os dados da Companhia de Estágios mostram
que, de 2018 para cá, o cenário de contratações de estagiários negros vem
crescendo. Em 2018, o número foi de 614. Em 2019, chegou a 1.205. No ano
seguinte, 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, 1.528 estudantes negros
foram empregados. Já em 2021, saltou para 2.055 jovens. Até junho deste ano,
eram 1.455 fazendo estágio.
Contribuem para esse cenário algumas
iniciativas de empresas como criação de metas de diversidade, sensibilização de
lideranças, criação de comitês de diversidade e realização de fóruns para
debater a desigualdade no mundo corporativo.
“Esse crescimento ano a ano mostra que
as iniciativas das corporações têm ido além da contratação. É muito mais que
trazer mais pretos e pardos para dentro da organização. Agora, o olhar é mais inclusivo:
garantir a exposição e o desenvolvimento dos profissionais negros, trabalhando
ativamente para que eles estejam no pipeline de talentos, sendo efetivados e
promovidos", avalia Tiago
Mavichian, CEO e fundador da Companhia de Estágios.
Ainda de acordo com o mapeamento, as áreas que mais contrataram esses
estudantes foram finanças, engenharia de processos e atendimento a
clientes.
Perfil dos estagiários pelo país
Atualmente, a maioria dos estagiários
pretos e pardos são mulheres (67%), mora no Sudeste (85%) e tem idade média de
25 anos. No mapeamento do ano passado, a idade média era menor, 23 anos.
Ainda que a principal concentração
esteja no Sudeste - por conta do maior volume de vagas, todas as regiões
tiveram aumento da contratação de negros.
Os cursos com mais representatividade entre os jovens negros
são ciências contábeis, engenharia civil, direito, engenharia de produção e
administração. Já entre
os pardos, destacam-se os cursos de engenharia química, mecânica, civil, de
produção, além de administração.
Idioma ainda é questão de desigualdade
Mesmo com os avanços, algumas
desigualdades continuam, como o nível de inglês. O número de estagiários negros
aprovados com inglês avançado ainda é inferior: 26% contra 44% dos brancos. Mas
no nível intermediário do idioma o cenário é o oposto: 34% dos negros atingem
esse patamar enquanto apenas 30% dos brancos tem o idioma. O nível básico do
inglês predomina em negros (25%) e fica em menor expressão nos brancos (12%).
Isso revela que as pessoas estão mais conscientes e têm buscado maior
qualificação, estudando idiomas por exemplo.
Outra questão relevante no mapeamento da
Companhia de Estágios diz respeito às contratações das empresas de jovens sem
experiência prévia. Em 2018, apenas 6% dos negros começavam a estagiar sem ter
experiência no currículo. Já em 2021, as contratações de estagiários sem
experiência alcançaram 22%, o que representa um crescimento de 266% em 4
anos.
“A experiência não deveria ser requisito
para uma vaga de estágio. Felizmente, as empresas estão se conscientizando
sobre essa questão e olhando cada vez mais para o potencial das pessoas. A
companhia que oferece essa oportunidade desenvolve os talentos para os desafios
de seu mercado e acaba tendo um grupo de pessoas qualificadas, com energia e
disposição para contribuir com o negócio. Além disso, o fato de empresas
olharem cada vez mais para o potencial das pessoas, ou seja, para os aspectos
comportamentais - as chamadas soft skills - e não para exigências técnicas,
elimina barreiras em processos de seleção”, comenta Mavichian.
Para acessar o estudo completo, acesse:
SOBRE A COMPANHIA DE ESTÁGIOS
A Companhia de Estágios é uma empresa que oferece soluções em recrutamento e seleção de estagiários, trainees e aprendizes, gestão de contratos e programa Jovem Aprendiz para as maiores organizações do país. Com mais de 1.5 milhões de talentos cadastrados em sua base, a Companhia de Estágios usa inteligência artificial, gamificação e processos no metaverso para proporcionar a melhor experiência aos candidatos das mais de 4 mil vagas que gerencia anualmente. A empresa é responsável pela construção de programas de atração de talentos para mais de 300 clientes, no Brasil e América Latina, entre eles Amazon, Twitter, Scania, Clariant, Klabin e Alcoa. Atualmente, a Companhia de Estágios é a consultoria de recrutamento e seleção melhor avaliada pelos candidatos no Google e Facebook (4,8/5) e pioneira na certificação do GPTW 2020, 2021 e 2022. Recebeu em 2021 o prêmio Fornecedor de Confiança (Melhor RH). Mais informações em www.ciadeestagios.com.br.
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