Durante as férias, como lidar com crianças cujos pais estão separados?
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Quando as férias começam e as crianças
passam a ficar muito mais tempo em casa, algumas famílias podem enfrentar um
dilema: o que fazer para que os filhos de pais que estão separados possam
dividir seu tempo de forma saudável entre as casas de cada um deles? A busca
por um acordo consensual é o primeiro passo para que o recesso escolar seja
agradável para todos os envolvidos.
Durante o processo de separação,
normalmente definem-se detalhes como o valor da pensão alimentícia e o regime
de visitas estabelecido entre os pais. Hoje em dia, o mais comum é que as
famílias se adequem a um regime de guarda compartilhada, salvo exceções
determinadas pela Justiça. Esse tipo de arranjo confere a pai e mãe,
igualmente, a responsabilidade sobre a criação das crianças. Isso significa que
há a responsabilização conjunta, bem como direitos e deveres iguais entre os
genitores que não vivem no mesmo domicílio. No entanto, quando chegam os
períodos de recesso escolar, podem surgir algumas dúvidas - e até mesmo
discussões - acerca da programação dos filhos. A diretora pedagógica do Sistema
Positivo de Ensino, Milena Fiuza, explica que “a lei não define claramente as
regras para essas ocasiões, mas, geralmente, busca-se encontrar equilíbrio
entre os pais, mantendo o formato já acordado entre eles - seja de alternância
ou qualquer outro”.
Ela destaca que o importante, em
situações como essa, é que o conforto e a integridade física e emocional das
crianças sejam prioridade. “Se o filho ainda é muito novo, por exemplo, é
indicado que os períodos exclusivos sejam mais curtos e mais frequentes. Em
outro exemplo, se a criança ainda não é acostumada a pernoitar com um dos pais,
não é indicado ficar com ela por muito tempo”, detalha. Essa é uma adaptação
que pode ser difícil e, por isso, exige paciência e esforço conjunto.
Nos últimos anos, é frequente que
durante as férias escolares, os filhos passem metade desse tempo com um dos
genitores e a outra metade, com o outro. Uma boa saída pode ser detalhar já no
acordo judicial as datas e os períodos de visita, prevendo inclusive uma
progressão ao longo dos anos. Ocasiões como aniversários e datas comemorativas,
além de feriados prolongados, também podem constar do acordo.
Pé na estrada
Se a ideia for viajar com os pequenos,
saiba que há regras específicas. Desde 2019, menores de 16 anos não podem
viajar para outras cidades sem que estejam acompanhados dos pais ou
responsáveis ou que tenham uma autorização judicial para tanto. As regras para
viagens ao exterior são ainda mais rigorosas. Nesses casos, ainda que um dos
pais esteja acompanhando o menor, é necessário que o outro dê sua autorização
expressa e reconhecida em cartório para que a viagem possa acontecer. Para
Milena, “o ideal é que as regras de visitas, festas, viagens e férias sejam
estabelecidas o quanto antes. Assim, evitam-se disputas desnecessárias e a
criança pode ter uma convivência mais equilibrada com os pais, voltando para a
escola com muito mais tranquilidade e disposição para aprender”.
Sobre o Sistema Positivo de Ensino
É o maior sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversos componentes, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltadas à educação.
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