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Empresa do setor elétrico comemora 20 anos, supera crises e segue inovando

Marcelo Mendes, gerente geral da KRJ, aposta em investimentos na modernização do parque industrial e em novas tecnologias, promovendo a diversificação de produtos.

Marcelo Mendes, gerente geral da KRJ 

Manter-se por dez, vinte anos ou mais no mercado em um país como o Brasil é mais que desafiador – é para poucos. Sabe-se que, em nosso país, a taxa de sobrevivência de uma empresa é baixíssima. Segundo dados do IBGE, aproximadamente 70% das empresas abertas no país fecham as portas em menos de dez anos de atividade.

 

“Nosso modelo de gestão é baseado em austeridade financeira, busca incessante por redução de custos, melhoria da capacidade produtiva visando a otimização dos processos e a formação de caixa para investimentos, não recorrer e não dividir o lucro da empresa com o banco é uma das premissas da gestão na KRJ desde a sua fundação e nos tem garantido muito sucesso mesmo em circunstâncias econômicas de grande adversidade”, exalta Marcelo Mendes, gerente-geral da KRJ, ao justificar como a empresa se consolidou – e, sobretudo, sobreviveu – no mercado nas duas últimas décadas.

 

Muitas empresas entram com projetos sólidos no mercado que prosperam. Aquelas que sobrevivem nos primeiros doze meses são organizações candidatas a viverem por pelo menos cinco anos. Porém, tudo tem seu preço, ou melhor, seu investimento. Conforme explica Mendes, “só nos últimos dois anos, posso dizer que foram entre 4 e 5 milhões de reais investidos, o que representa, praticamente, 10% do faturamento da empresa, sendo em automação e melhoria de processos e em renovação do parque industrial”.

 

No entanto, altos e baixos de uma empresa são constantes, e o equilíbrio financeiro para que uma organização não sofra danos em tempos turbulentos é a premissa do negócio. Durante algumas mudanças de governo e de políticas econômicas, algumas organizações, por não antever riscos, se submetem às consequências do cenário macro – que podem ser desastrosas.

 

De acordo com Mendes, ao longo dos 20 anos de existência da KRJ, muitas mudanças ocorreram, sendo necessário estar organizado para isso. “Nós passamos pela eleição do Lula, reeleição do Lula, eleição e reeleição da Dilma, impeachment da Dilma, a pandemia e na sequência a guerra da Ucrânia. Então tudo isso foi uma prova de fogo porque é o que acontece. No nosso setor se você não tiver o mínimo de previsibilidade você não trabalha”, ponderou.

 

Com o DNA de inovação, a empresa hoje liderada por Mendes – sempre focada em soluções voltadas às concessionárias de energia elétrica – está lançando um produto no segmento de energia solar. Com visão de futuro, a empresa entra com participação nesse mercado em que a maioria dos componentes são importados.

 

O gerente-geral da companhia ressalta a mudança de comportamento na relação de consumo de produtos e serviços. “Estamos desenvolvendo um conector para o mercado solar, ainda veremos um boom muito maior de investimentos neste segmento. Você consumidor, eu, nos próximos dez anos, vamos mudar a forma como nos relacionamos com a distribuidora de energia. Comparando como aconteceu com o setor de Telecomunicações, se olharmos vinte anos atrás como era o telefone e como é hoje, irá acontecer essa revolução em dez anos – que é o que estamos prevendo – na área de consumo de energia. Nossa relação como consumidor junto a concessionária vai mudar muito, e um desses fatores que vai colaborar para isso é a evolução do setor solar”.

 

O Brasil é o quarto país do mundo que mais cresceu em energia solar no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), ficando atrás da China, EUA e Índia. Foram injetados na rede cerca de 5,7 gigawatts (GW) da fonte solar na geração própria de energia em residências e empresas e nos grandes empreendimentos conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

 

Seguindo essa tendência mundial, a empresa investe nesse segmento, endossando sua missão de inovar e projetando o futuro. “Quando fazemos um conector para o setor solar, saímos um pouco da nossa zona de conforto, de vender direto para concessionária de energia. Iremos vender para o instalador, para integrador, para o cliente que está instalando a placa solar. Isso é uma novidade, ou seja, muda o conceito, muda a forma da empresa em comercializar, cria um modelo diferente do qual a gente não tem aqui hoje, mas que estamos nos preparando”, finaliza Mendes.

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