Franquias brasileiras vão em busca de abrir unidades no exterior
No ano passado, o número de marcas presentes no exterior aumentou em 12%; Redes de franquias contam sobre o projeto de expansão e os países mais propícios a receberem operações brasileiras
É muito comum encontrar brasileiros, radicalizados em
outros países, querendo empreender em negócios nacionais, o que se torna uma
porta de entrada para redes de franquias do Brasil que querem ultrapassar as
fronteiras e conquistar novos mercados.
Especialistas orientam que o primeiro passo para quem
pensa em abrir uma franquia brasileira no exterior é necessário conhecer a
marca; verificar se o produto/ serviço é vantajoso para região de atuação, como
os costumes do povo local, além de analisar cuidadosamente o suporte que a
franqueadora oferecerá a distância.
Já para as marcas, com uma boa estratégia a
internacionalização tem se tornado uma forte tendência de sobrevivência,
principalmente para negócios com um certo grau de maturidade, boa gestão e
valor de investimento atrativo.
Dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising)
referente a 2021 apontam que 183 marcas brasileiras estão presentes no exterior,
ou seja, 20 a mais que no ano anterior, tendo o Estados Unidos liderando a
lista com 69 franquias brasileiras; Portugal (51) e Paraguai com 44 franquias
em atuação. Ainda segundo a Associação, houve um crescimento de 12% com
unidades próprias, franqueadas, masterfranqueados, desenvolvedor de área,
exportação ou joint ventures (empreendimento conjunto). Novos países
também passaram a contar com o franchising brasileiro, passando de 106 para
114.
Projeto experimental
Quem está de malas prontas para começar um novo negócio nos Estados Unidos é a franquia Via Certa Educação Profissional. Este ano, a marca colocou em prática um sonho antigo, o projeto de internacionalização.
O diretor de expansão da rede, Jilo
Shimada, explica que o trabalho do franqueado se dará nesse primeiro momento de
forma experimental, com a venda de cursos profissionalizantes direcionados
exclusivamente aos brasileiros que moram nos Estados Unidos, não se limitando
apenas a uma cidade. Diferentemente do que ocorre no Brasil, o modelo de
negócio será totalmente online e será comandado por um casal de brasileiros
diretamente da cidade de Deerfield Beach, no sul da Flórida.
Há uma década no mercado, a Via Certa soma 50 lojas
físicas em oito estados brasileiros. Do mesmo modo
que os EUA, Shimada revela que países como Portugal e Angola também são
interessantes para o que a Via Certa tem a oferecer. “Estamos em fase
experimental, mas baseado no potencial de crescimento do negócio no seu
mercado. A rede projeta abrir ao menos três operações no exterior até o final
de 2023”, pontua Shimada.
Para empreender no exterior é necessário
investimento de R$ 20 mil, com possibilidade de faturamento médio de R$ 30 mil.
Os cursos serão EAD e assim que o aluno for matriculado receberá de imediato
login e senha para iniciar os estudos.
A expectativa é alcançar ao menos 10
matrículas nesse primeiro momento, e ir crescendo gradualmente. Para isso, o
franqueado apostará em estratégias de divulgação em redes sociais e na busca de
leads através de parcerias com empresas brasileiras, indicação de alunos, entre
outros.
Alimentação fora de casa
A FiChips Food, maior rede brasileira
especializada na culinária inglesa com o fish and chips, dois anos após
se lançar no franchising abriu sua primeira unidade internacional, em Lisboa
(Portugal). A similaridade da língua contou pontos para o interesse da marca em
levar o produto aos portugueses.
Apesar da inspiração do prato ser europeu, o negócio
da FiChips é voltado ao paladar brasileiro, por isso foi necessário ter algumas
adaptações para levar o negócio para fora do Brasil e a estratégia tem dado
certo!
Hermes Bernardo, fundador da marca, conta que abrir uma franquia de alimentação fora do seu país de origem não é tarefa fácil. Tanto que durante meses ele estudou a cultura local para fornecimento do produto, bem como a logística. Com 90 unidades no Brasil, a FiChips já tem investidores interessados pelo negócio nos Estados Unidos e na Austrália. “Em breve teremos novidades. A expectativa é continuar crescendo não somente no Brasil, mas também no exterior. Estamos otimistas com esse novo cenário, por isso estamos de olho em novos mercados para continuar crescendo”, enfatiza o CEO da FiChips.
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