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Investimento no futuro: jogo de educação financeira para crianças conquista escolas e famílias

Bolodim, ferramenta criada pela B25, proporciona um ensino lúdico e interdisciplinar baseado nas competências da BNCC

A necessidade de conversar sobre hábitos financeiros saudáveis têm ganhado cada vez mais espaço no ambiente familiar: pesquisa recente da Serasa revela que 85% dos pais e mães falam sobre educação financeira com os filhos. O cenário atual comprova que essa demanda é urgente. Dados mostram que 28,7% da população brasileira se encontra inadimplente e 17% dos consumidores afirmam que frequentemente precisam usar cartão de crédito, cheque especial ou até mesmo pedir dinheiro emprestado para conseguir pagar as contas do mês. 

Ou seja, as novas gerações precisam aprender desde cedo a gerir suas finanças. “Planejamento, autogestão das compras e senso crítico são alguns dos conceitos ensinados pela educação financeira, o que pode ajudar as pessoas a ter uma vida mais sustentável”, destaca Eduardo Curralo, CEO e fundador da B25, empresa criadora do jogo Bolodim. Disponível para escolas, empresas e também para o varejo por meio de assinatura mensal, a plataforma está revolucionando o ensino de educação financeira para crianças de 5 a 11 anos. 

“Criei o Bolodim após uma experiência de mais de 16 anos no mercado financeiro, em que eu ouvia diariamente dos meus clientes, em todas as faixas sociais, que eles adorariam ter aprendido mais sobre educação financeira desde crianças”, conta Eduardo. 

A boa notícia é que os estudantes brasileiros estão motivados e interessados em aprender sobre finanças, de acordo com dados da última edição do PISA. Eduardo acredita que existe espaço para investir na educação financeira, e é fundamental conectar as pontas: escola, famílias e tecnologia, de forma que o aprendizado seja efetivo e encantador para as crianças. 

 

Pais tomam iniciativa e abordam tema em casa 

A plataforma Bolodim foi criada após quase dois anos de pesquisa, planejamento e muitos testes com crianças. O trabalho envolveu pedagogos e desenvolvedores com vasta experiência em jogos infantis.  Desde o início, o objetivo foi criar um poderoso recurso para impedir o endividamento ou o consumo exagerado durante a vida adulta. “Ao incluir hábitos saudáveis relacionados ao dinheiro na vida das crianças desde cedo, contribuímos para que elas tenham um futuro mais equilibrado financeiramente, possibilitando também que os objetivos sociais possam ser conquistados de maneira mais assertiva e saudável”, reforça.

Anakarine Lopes, publicitária de 38 anos, moradora de Salvador/BA, fala com entusiasmo sobre a experiência do Kaique, de 10 anos, com a plataforma Bolodim. Há dois anos, a mãe decidiu investir na educação financeira do filho, após passar por um processo pessoal de reaprender a lidar com as próprias finanças. “Eu queria que o Kaique tivesse a oportunidade que eu não tive, ou seja, desde cedo ter contato com os conceitos e saber tomar decisões conscientes sobre o dinheiro”. Recentemente, Anakarine testemunhou o efeito Bolodim no Kaique. Os dois foram em uma loja e a mãe deixou que o filho escolhesse a camisa quadriculada preferida para ir à festa junina da escola. A criança perguntou o valor de cada uma, e acabou decidindo pela mais barata.  “Ele me falou que não precisava gastar tanto dinheiro, afinal era só uma camiseta, e que ele estava feliz com a sua escolha”. Como recompensa, a mãe usou o valor economizado para comprar a bola que o Kaique tanto queria. 

A assinatura mensal do Bolodim custa apenas R$9,80 - um custo acessível que foi propositalmente pensado para que a plataforma estivesse ao alcance de mais famílias. 

“Sempre brinco com os pais que custa menos que um refrigerante e duas coxinhas para que seus filhos tenham um futuro promissor, com uma educação de primeira linha onde seu filho aprende brincando. Tive a oportunidade de alocar o valor acima de R$300 por tudo que foi investido, mas o propósito é real e queremos que qualquer família possa ter acesso à plataforma”, explica Eduardo. 

Atualmente já são mais de 1.300 usuários, e a estimativa é de que esse número deve aumentar exponencialmente, após a parceria com empresas que querem oferecer o Bolodim como um serviço extra para os seus mais de 6 milhões de clientes. 

 

Bolodim: jogo lúdico empolga crianças nas escolas

É consenso que tanto nas escolas quanto dentro de casa, desenvolver a consciência da construção de um bom relacionamento com o dinheiro é o primeiro passo dessa jornada. A nova Base Nacional Curricular Comum (BNCC), que entrou em vigor em 2020, incluiu a temática  como conteúdo transversal nas diversas áreas de conhecimento, de modo interdisciplinar. Trabalhar o assunto em sala de aula ainda é um desafio para os professores, e ferramentas como o Bolodim nascem exatamente para apoiar os docentes nessa jornada. 

De acordo com Iara Abel Fernandes, Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil e do Fundamental 1 do Externato Nossa Senhora do Sagrado Coração, na Vila Formosa, em São Paulo, o uso da plataforma tem ajudado as crianças a entender como as decisões no presente podem afetar o futuro. “Conceitos do mundo financeiro acabam sendo complexos mesmo para os adultos, então o Bolodim traz essa abordagem lúdica, simples e ao mesmo tempo eficaz para as nossas crianças”, conta Iara. 

Na prática, o professor recebe um treinamento e um guia para ajudá-lo a utilizar o jogo em sala de aula, com um passo a passo do que fazer em cada etapa. As crianças de 6 a 10 anos podem criar um avatar e são desafiadas a poupar moedas para fazer o bolo crescer até o final do ano letivo.  Esse percurso é cheio de conceitos sobre autocontrole, concorrência, demanda e oferta, empreendedorismo, prioridades, tomadas de decisões, entre outros assuntos. Iara conta que o momento da aula sobre educação financeira é esperado com euforia pelos estudantes. “Eles contam os dias para chegar a próxima aula para jogarem a próxima fase”, comenta. 

Ela ressalta que um dos diferenciais do Bolodim é trabalhar também as questões socioemocionais. “A ferramenta faz com que os alunos trabalhem a ansiedade, o autocontrole, a tomada de decisão e lida com a frustração caso o aluno tome a decisão errada durante o jogo”, destaca a coordenadora.

No CCA Casa São José, na Santa Cecília, em São Paulo, a plataforma foi oferecida de forma totalmente gratuita para que as crianças recebam a formação como uma das atividades socioeducativas oferecidas no contraturno da escola. De acordo com Maria Estela Andrade Santiago, Coordenadora Pedagógica e Gerente do espaço, o Bolodim tem encantado os alunos e as famílias, que enxergam no jogo uma oportunidade única de aprender algo novo. “Atendemos crianças que vivem em pensões ou ocupações e que vem de realidades onde apenas uma pessoa em casa possui um celular”, conta Maria Estela.

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