O perigo de quedas e a prevenção de acidentes domésticos com idosos
*Lucia Palma
O aumento da expectativa
de vida nos últimos anos aumentou, e como consequência, tivemos um crescimento
significativo de idosos. Pelo fato de alcançarem uma vida mais longeva,
requer-se mais cuidado com esse público, que passa a conviver com mais
debilidades em razão do avanço natural da idade.
Nessa fase da vida é
comum que ao menos uma vez ao ano o idoso sofra uma queda, sendo a maioria
delas dentro do próprio lar. Fraqueza muscular, diminuição do equilíbrio e
reflexos mais lentos, problemas de visão, entre outros problemas, ajudam a
explicar alguns acidentes domésticos, responsável por ser a quinta principal
causa de óbito nessa faixa de idade.
Uma frase clichê, mas
que serve muito bem para esse tipo de situação, é que a prevenção é o melhor
remédio. Além de manter hábitos saudáveis com atividades físicas regulares,
sempre acompanhadas por um médico profissional, é fundamental adaptar os
cômodos da casa para manter o idoso seguro no local.
Deixar o ambiente
favorável com a remoção dos móveis que estejam atrapalhando a circulação da
casa, instalar corrimão nas escadas, utilizar pisos ou tapetes antiderrapantes,
instalar barras de apoio no box, colocar os utensílios em posição de fácil
acesso – para que sejam alcançados sem a ajuda de escadas e cadeiras e manter a
luz acesa, são pequenas mudanças que fazem grande diferença na hora de evitar
uma queda.
Esses e outros cuidados
adotados nas residências não substituem a necessidade das consultas de rotina
com profissionais de saúde, por ser uma fase da vida que exige maior cuidado.
O efeito colateral de
um medicamento de uso contínuo ou uma dificuldade de enxergar devido a idade
são alguns exemplos de situações que colaboram e facilitam para a incidência de
quedas, que são mais perigosas e suscetíveis a complicações graves.
Uma fratura de fêmur
geralmente acarreta um grande comprometimento do quadro de saúde, com grandes
chances de desenvolver complicações cardiorrespiratórias e embolia pulmonar.
É importante salientar
que em casos de queda, recomenda-se breve avaliação médica para examinar
minuciosamente possíveis lesões e causas que ajudaram a concretizar o ocorrido.
Em sua maioria, quedas
são inesperadas e difíceis de serem previstas. Após o diagnóstico clínico e
autorização para retomada da rotina dentro e fora de casa, é fundamental que os
parentes apoiem o familiar, apontando os cuidados e atenção necessárias no dia
a dia, pois a idade avançada não implica em nenhuma incapacidade para
realização de qualquer atividade.
*Lucia Palma é formada em Gestão de Marketing pela Anhembi-Morumbi, CEO e fundadora do Portal Casas de Repouso.
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