Tecnologias auxiliam instituições de ensino na realização de provas on-line
Por Leandro Scalabrin, fundador e CEO do JACAD,
plataforma de gestão educacional utilizada por 40 mil professores e 500 mil
estudantes, nos 22 estados brasileiros
A Covid-19 obrigou
instituições educacionais de todo o país a discutir, repensar e migrar cada vez
mais para o modelo on-line. Até aquele momento, o aluno precisava ir
presencialmente ao local de ensino para a realização de testes, mesmo na
modalidade de ensino a distância. Todo o processo envolvia configurar o
ensalamento, dedicar profissionais para cuidar das salas, corrigir as provas
manuais, lançar a nota no sistema e aprovar ou não o candidato.
Com este cenário veio o
desafio: estabelecer exames e outras avaliações remotamente que assegurassem
lisura e justiça no processo. Afinal, como aplicar um teste a distância que
pudesse inibir a famosa “cola”? Como transmitir ao estudante a segurança e a
credibilidade necessárias?
As tecnologias
permitiram tal avanço, e agora o professor configura o tipo de prova que quer
aplicar, cria a prova, seleciona qual é o processo seletivo, qual o curso,
insere o gabarito e o sistema corrige sozinho.
Até mesmo para a
aplicação de vestibulares surgiram plataformas com recursos seguros e grande
automação, como, por exemplo, contagem de tempo da prova automática e
embaralhamento das questões, de modo que cada teste seja único, o que dificulta
a “cola”. Ainda como funcionalidade “anticola”, os sistemas exigem que o
estudante realize as provas em tela cheia, ou seja, não é possível acessar
outros programas (como ir a um navegador da internet) e outros arquivos do
computador. Também, é impossível dar um print! E, ainda: elas são cada vez mais
simples de ser utilizadas pelo professor, permitindo correções automáticas das
questões de múltiplas escolhas, possibilitando que ele se concentre na correção
das dissertativas.
Outros recursos
interessantes dizem respeito à gestão de todo o processo pela instituição, indo
além do campo pedagógico como citado e chegando à automação das áreas
administrativa e financeira. Entre os exemplos estão: acompanhamento das
inscrições dos candidatos, envio de documentação, assinatura de contratos,
acesso ao portal do aluno para atividades e notas e ao financeiro para boletos
da mensalidade.
Assim como realizar provas sem sair de casa, estudar, e até mesmo gerir um negócio na área educacional, será através de processos cada vez mais digitais. Trata-se de um caminho sem volta de transformação digital acelerado pela pandemia da Covid-19. Apenas em 2020, por exemplo, auge da pandemia no mundo, cerca de 1.300 instituições de ensino superior realizaram vestibulares remotos para aproximadamente meio milhão de estudantes. Os dados da Associação Nacional das Universidades Privadas (Anup) só enfatizam a necessidade de uma maior profissionalização do meio como característica essencial para garantir maior qualidade no ensino, atratividade e, consequentemente, mais competitividade no mercado.
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