Agricultor precisa usar somente defensivos sob pena de significativos prejuízos, alerta especialista
Os defensivos
agrícolas são importantes soluções para proteger os cultivos agrícolas contra o
ataque de insetos, plantas daninhas e fungos, entre outros problemas, que
prejudicam a produtividade e podem colocar em risco o abastecimento de
alimentos para a população. Contudo, o agricultor precisa estar atento às
indicações de uso desses insumos. Afinal, aplicar um produto não registrado
para ela pode acabar prejudicando o resultado da lavoura, comprometendo o
resultado econômico do negócio.
"Os
defensivos agrícolas requerem muita atenção e cuidado no planejamento das
aplicações. Quando fazemos uso de produtos não registrados, estamos colocando
em risco a flora, a fauna e os ecossistemas da região", afirma
Cleber Brandino, engenheiro agrônomo de empresa associada ao Sindicato
Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).
Esse
risco, explica o especialista, acontece porque os produtos possuem indicações
de uso bastante específicas, com eficácia comprovada após um longo período de
validação científica e registro pelos órgãos reguladores como a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa).
"Usados
corretamente conforme aprovado pelos órgãos reguladores, os produtos são
seguros e eficazes. O uso incorreto dos insumos agrícolas pode até envolver
risco de intoxicação de trabalhadores, moradores e produtores, contaminação da
água de abastecimento e dos alimentos, prejudicando a saúde das pessoas. Por
isso, é extremamente importante ser rigoroso com a prescrição da bula dos
produtos e o receituário agronômico. Somente dessa forma evitamos que a
aplicação incorreta prejudique a produção e, consequentemente, comprometa a
oferta de alimentos", diz Brandino.
O
resultado econômico é afetado por alguns fatores. Em primeiro lugar, porque
usando os defensivos de forma errada o agricultor acaba gastando mais do que o
necessário com a aquisição desses insumos. Em segundo lugar, porque o uso
incorreto prejudica a eficiência do produto. Por isso, é indispensável contar
com o acompanhamento de um engenheiro agrônomo nas propriedades rurais.
"Para
evitar prejuízos, o agricultor pode consultar a relação de produtos registrados
e seus usos autorizados, no sistema Agrofit do Mapa”, alerta o
agrônomo. Informações técnicas do produto também podem ser conferidas em bula.
É
essencial estar atento ao uso correto dos insumos. Utilizar produtos sem
registro adequado é crime.
"O
artigo 84 do Decreto Federal 4.074/2002, que regulamenta a Lei Federal
7.802/1989, determina que o produtor é o responsável civil, penal e
administrativo dos danos causados à saúde dos consumidores e do meio ambiente
quando utiliza defensivos em desacordo com as especificações do registro do
produto. Além disso, os órgãos fiscalizadores podem determinar a destruição da
cultura em que houve uma aplicação irregular. O assunto é sério",
finaliza Brandino.
Certificar-se
de que os defensivos agrícolas estão devidamente registrados e recomendados
para determinadas culturas é uma das "Regras de ouro para o uso de
defensivos agrícolas", conteúdo elaborado pelo Sindiveg para
orientar os agricultores sobre o uso correto e seguro dos insumos. A entidade
também oferece treinamento online, gratuito e com certificado para os
interessados em saber mais sobre a importância e o uso inadequado dos
defensivos. Ambos os conteúdos estão disponíveis em www.sindiveg.org.br.
Sobre o Sindiveg
O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) representa a indústria de produtos para defesa vegetal no Brasil há mais de 80 anos. Reúne 26 associadas, distribuídas pelos diversos Estados do País, o que representa aproximadamente 40% do setor. Com o objetivo de defender, proteger e fomentar o setor, o Sindiveg atua junto aos órgãos governamentais e entidades de classe da indústria e do agronegócio pelo benefício da cadeia nacional de produção de alimentos e matérias-primas. Entre suas principais atribuições estão as relações institucionais, com foco em um marco regulatório previsível, transparente e baseado em ciência, e a representação legitima do setor com base em dados econômicos e informações estatísticas. A entidade também atua fortemente para promover o uso correto e seguro, levando conhecimento e educação aos produtores e respeitando meio ambiente, leis e normas. Para mais informações, acesse www.sindiveg.org.br.
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