E-commerce deve atingir U$ 4,9 trilhões até 2025
Levantamento realizado pela Magis5 aponta como
foi o desempenho dos principais players de marketplace na América Latina e
mostra como o comércio eletrônico caiu no gosto dos brasileiros. Só no primeiro
semestre de 2022, crescimento foi de 30%.
Mesmo com crise mundial e alta inflação,
e-commerce apresenta crescimento e segue como umas das principais opção de
compra dos brasileiros.
O mercado de e-commerce
na América Latina segue em crescimento. Foram 139 bilhões de dólares em 2021
com previsão de chegar a 4,9 trilhões em 2025. É o que aponta um minucioso
levantamento conduzido pela Magis5, startup que desenvolve soluções para integração
com os principais marketplaces e plataformas de e-commerce.
A empresa buscou os
dados nos principais players envolvidos no e-commerce da América Latina, como
VTEX, Magalu, Mercado Livre e Americanas, com o objetivo de entender a situação
atual desse mercado gigantesco e, também, traçar estratégias para ações
futuras, já que o foco da empresa é conectar e automatizar a operação dos
vendedores dentro desses canais.
Situação do mercado e
números dos grandes players
O primeiro ponto que
chama a atenção foi que ficou claro o crescimento e amadurecimento do comércio
eletrônico brasileiro como meio de compras da população, que foi impulsionado
com o início e auge da pandemia da covid-19. Após o boom de 2020, apresentou um
crescimento um pouco menor se comparado ao ano anterior, especialmente pelo
aumento da inflação e crise dos combustíveis, com a guerra da Rússia e Ucrânia,
que aumentou o preço dos fretes e teve reflexos nos preços dos produtos também.
“Com a guerra da
Ucrânia e a elevação das taxas de juros, os investimentos desaceleraram em todo
o mundo, o que pode afetar os resultados dessas grandes empresas no curto e
médio prazo com um crescimento mais tímido do e-commerce brasileiro”, diz
Vinícius Ribeiro, Head de Marketing da Magis5.
Mesmo assim, os números
foram interessantes. O primeiro trimestre de 2022 foi positivo para os
principais players de e-commerce, como a VTEX, multinacional brasileira de
tecnologia com foco em cloud commerce, e clientes como Sony, Walmart, Coca-Cola
e AB InBev, que apresentaram um crescimento em receita e GMV (métrica que se
aplica ao varejo on-line que ajuda as empresas a identificarem quanto de
receita foi gerado pelos seus canais digitais em um período específico) de
cerca de 30% em relação ao mesmo período de 2021
Cláudio Dias
Já a
Magalu apresentou um crescimento de 13% trimestral, com intensa participação do
e-commerce. Mesmo após a reabertura das lojas físicas em todo o território
brasileiro, que historicamente sempre foi o ponto forte desde o início da
empresa, as vendas on-line representam mais de 72% de todas as vendas da
empresa, número que até 2020 representava somente 53% de todas as vendas.
Nos
últimos 2 anos, a Magalu cresceu cerca de 149% no número de vendas on-line,
sendo o principal motor de crescimento acelerado do e-commerce, com 36% das
vendas e cerca de 180 mil sellers vendendo de forma legal e formal.
Já a Americanas
SA, antiga B2W, apresentou um crescimento no seu GMV de quase 22% e uma receita
líquida de R$ 6,8 bi. A principal mudança estratégica da empresa foi o seu
fortalecimento logístico, acelerando o tempo de entrega de produtos e
permitindo também a compra e retirada nas lojas físicas de maneira mais
eficiente, o que levou a um crescimento de 8% na base de clientes ativos.
O Mercado
Livre, principal player do e-commerce nacional e a empresa mais valiosa da
América Latina, apresentou um crescimento de GMV de 32% em relação ao ano de
2012. Com a ampliação da malha logística e a estratégia de ampliar o portfólio
de produtos, a empresa também investiu no fortalecimento da sua fintech Mercado
Envios, conseguindo manter resultados consistentes mesmo com a economia mundial
não convergindo a favor disso.
Chama a
atenção que, apesar do cenário macroeconômico desfavorável, as pessoas passaram
a comprar artigos que não eram usuais e que eram adquiridos somente em
estabelecimentos físicos. Categorias como farmácia, supermercado, itens básicos
de higiene e beleza entraram no rol de produtos cada vez mais presentes, e até
mesmo roupas tiveram um crescimento no e-commerce. Só na VTEX, por exemplo, os
itens de mercado e mercearia são responsáveis por 12% de todas as vendas na
plataforma, sendo a terceira maior categoria, ficando atrás somente de moda e
artigos de beleza.
Claudio
Dias, CEO da Magis5, reforça a ideia: “Essas tendências e o atual cenário e
mudanças no comportamento do consumidor já refletem no comércio eletrônico
brasileiro. Apesar deste impacto, aqui dentro da Magis5, mês a mês, estamos com
um crescimento constante e consistente”.
SERVIÇO
Sobre a Magis5: https://magis5.com.br/
INFORMAÇÕES
https://investor.mercadolibre.com/static-files/009a454a-6b3b-4c01-810a-5577543c8148
https://ri.magazineluiza.com.br/Download.aspx?Arquivo=oTUczNYekOebWKsehZwBhw==
https://s28.q4cdn.com/761427389/files/doc_financials/2022/q1/Earnings-PPT-1Q22.pptx.pdf
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