Empresa registra 2.2 bilhões de eventos ligados a ciberataques no Brasil em apenas três anos
Fundada em 2012, a Apura chega a uma década
desenvolvendo inteligência tecnológica brasileira, registrando crescimento e
sendo protagonista no mercado.
Uma das
referências internacionais no mercado de segurança cibernética cabe a uma
empresa nascida, criada e que cresce no Brasil. E ela está completando 10 anos
de atuação agora em 2022, mantendo o ritmo de crescimento acelerado e com
perspectivas de continuar se expandindo. Trata-se da Apura Cyber
Intelligence S/A ou simplesmente Apura, como é conhecida.
Os números
da empresa dão a dimensão não só do trabalho desenvolvido no decênio, mas
também de como os ataques criminosos pela internet se tornaram uma realidade e
atingem cada vez mais corporações públicas e privadas. “O número de eventos
cadastrados na nossa plataforma, por exemplo, sobe exponencialmente.
Atualmente, são registrados cerca de 7 milhões por dia. Nos últimos três anos
chegamos a um total de mais de 2,2 bilhões de eventos”, assinala o CEO e
fundador da empresa, Sandro Süffert.
Só em
cartões de crédito – um dos ciberataques que mais impactam o dia a dia do
cidadão – são 330 mil recuperados por mês, ou mais de 10 mil por dia,
acrescenta o gestor. Ainda segundo Süffert, o número de atores de ameaça único
monitorados pela tecnologia da empresa é superior a 500 mil por dia (ver mais
dados ao final deste texto).
A Apura,
com sede em São Paulo e unidade em Brasília, é desenvolvedora de um software,
também de tecnologia nacional, responsável pelos números e resultados
impressionantes no monitoramento, prevenção e combate a ataques e fraudes
cibernéticas: o Boitatá Next Generation (BTT NG). Graças à eficiência do
Boitatá e à expertise do corpo de profissionais da empresa, a Apura é,
desde 2018, uma das organizações selecionadas pelo grupo norte-americano
Verizon para a elaboração do Data Breach Investigations Report (DBIR),
principal levantamento do mundo sobre vazamentos de dados.
Sandro Süffert,
CEO da Apura.
Quando
fundou a Apura, em 2012, Süffert acumulava duas décadas de trabalho na
área. O executivo é apontado como um dos precursores, no Brasil, em segurança
da informação, inteligência cibernética e forense computacional. Atuou em
corporações privadas e públicas, entre elas, Banco do Brasil, Brasil Telecom,
Embrapa e Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Frequentemente era – e ainda é –
convidado a ministrar palestras, conferências e aulas e a participar de debates
e outros foros.
Ele explica
como veio a ideia e a decisão de fundar a empresa: “À época, a maioria das
empresas da área focava em serviços especializados ou revenda de produtos de
terceiros. A Apura foi criada então como uma empresa de inteligência
cibernética”. A experiência de Süffert como profissional e docente, atuando no
combate a ameaças cibernéticas em setores estratégicos – como financeiro,
telecomunicações, forças da lei e governo –, deu a base necessária.
Com a
constituição da empresa, veio também o desenvolvimento das soluções
tecnológicas. “Depois de muitas demandas específicas de grandes clientes
brasileiros e estrangeiros por relatórios especializados em detalhamento de
ameaças cibernéticas aos seus negócios, iniciou-se o desenvolvimento de uma
plataforma especializada nesta tarefa, que tanto facilita quanto automatiza
várias fases da detecção e reação a fraudes, incidentes e crimes cibernéticos.
A Apura sempre tem uma vantagem competitiva pois, além de produzir
inteligência, é responsável também por responder incidentes e investigar
fraudes em grandes corporações brasileiras. Isto nos proporciona um know-how
diferenciado e uma atualização constante, que outros players não possuem.”,
afirma o especialista.
Tudo com um
detalhe fundamental: um software com tecnologia própria, que atende às
particularidades do mercado brasileiro e da América Latina. “As ameaças
cibernéticas relacionadas a empresas brasileiras são muito específicas e
distintas de empresas que não operam no Brasil. Isso se dá tanto pelas
características dos agentes de ameaças, como pela dificuldade da aplicação das
leis existentes contra fraudes e crimes digitais no país e, também, pelas
características de linguagem e cultura locais”, explica Süffert.
Neste
momento em que comemora 10 anos, a Apura contabiliza crescimento
médio de 40% por exercício. Desde 2018, o número de clientes e o faturamento
tem triplicado, informa o CEO. No portfólio de clientes, estão organizações
públicas e privadas referências em seus campos de atuação, tais como Santander,
Bradesco, Safra, Banco do Brasil, Banco Central do Brasil , Nubank, Petrobras,
Raizen, Abin, Polícia Federal, Serpro, Oi, Telefônica, Ministério da Justiça,
Microsoft, Ericsson, iFood, Albert Einstein, Cosan, Volkswagen, Ambev, entre
outros.
Números
Confira
alguns dados do trabalho da Apura:
- O número de
eventos cadastrados na plataforma sobe a uma taxa de 7 milhões por dia,
num total de mais de 2,2 bilhão de eventos.
- O número de cartões de crédito recuperados pela plataforma já
passou de 330 mil em um mês, ou mais de 10 mil por dia.
- O número de atores de ameaça únicos monitorados por dia pela
plataforma é superior a 500 mil.
- O número de robôs independentes, responsáveis pela monitoração
passiva e anônima das fontes de ameaça já passa de 2 mil.
- O número de ocorrências únicas (incidentes de segurança ou de
fraude) identificados para os clientes pela plataforma chegará, nos próximos
dias, a 20 mil.
Experiência
O currículo
do fundador e CEO da Apura, Sandro Süffert:
Possui mais
de 30 anos de experiência na área de tecnologia, tendo trabalhado nos últimos
25 anos na vanguarda da Segurança da Informação, Inteligência Cibernética e
Forense Computacional em várias grandes organizações brasileiras, como Banco do
Brasil, Brasil Telecom, Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e
TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Possui ampla experiência na implementação de
soluções líderes de mercado e na construção de soluções visionárias de
segurança e resposta a incidentes nestas instituições e, também, para grandes
empresas, agências de governo, forças da lei e órgãos militares.
Sandro
Süffert é membro do grupo Técnico de Gestão de Riscos de Infraestrutura Crítica
da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), dos Comitês CB21 e CE27 da
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), do Comitê Técnico-Científico
do Centro de Defesa Cibernética do Ministério da Defesa, e da Comissão de
Crimes de Alta Tecnologia da OAB/SP (Ordem dos Advogados do Brasil/São Paulo),
além de compor a High Technology Crime Investigation Association, capítulo New
York, desde 2006. Em 2016 ele foi outorgado com a Medalha do Pacificador, pelo
Comando do Exército Brasileiro, pelos relevantes serviços prestados ao Centro
de Defesa Cibernética durante os grandes jogos ocorridos no Brasil.
Nos últimos
anos, foi responsável pela construção e instrução de cinco cursos de Forense
Computacional utilizando soluções de código aberto na sede da Interpol, em
Lyon, França, e é palestrante convidado de eventos internacionais da área de
Segurança da Informação em países como Estados Unidos, Reino Unido, França,
Espanha, Catar, Romênia, Hong Kong, Cingapura, entre outros; e palestras e
workshops técnicos em mais de 50 congressos nacionais e internacionais na área
de Segurança da Informação, Combate a Fraudes e Crimes Cibernéticos. Sandro
Süffert tem experiência com docência em pós-graduações lato sensu
(especialização) na área e, também, stricto sensu, como o Mestrado em
Informática Forense da Universidade de Brasília – em um convênio com a Polícia
Federal – e em outros programas de pós-graduação nas cidades de São Paulo e
Brasília.
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