Últimas

Formigamento e dormência nos dedos? Conheça mais sobre a Síndrome do Túnel do Carpo

Fraturas na região e doenças crônicas são as principais causas da lesão

São Paulo, agosto de 2022 – De nome difícil, a Síndrome do Túnel do Carpo pode ser bem incômoda. Seus sintomas aparecem, geralmente, no período da noite, causando nas mãos a sensação de formigamento e picadas, inchaço e dormência nos dedos, fraqueza e dificuldade para segurar objetos e, em alguns casos, sensação de queimação no antebraço.

De acordo com o Dr. Layron Alves, ortopedista especialista em cirurgia do ombro e cotovelo e sócio da Clínica LARC, esse problema acontece devido à compressão de um dos principais nervos da mão, o nervo mediano.

“O nervo mediano é responsável pela sensibilidade do polegar, dedo mediano, indicador, médio e parte do anelar, e passa por dentro do túnel de carpo para fazer a ligação entre o punho e as mãos. Quando essa passagem fica menor do que o normal, o nervo é comprimido, causando desconforto”, explicou o especialista.

“Além disso, o nervo mediano também é responsável pela capacidade motora, por isso a importância de um tratamento precoce. Se o problema não for tratado adequadamente, pode limitar o uso das mãos, causando, em casos mais graves, atrofia”.

Essa síndrome pode surgir devido a fraturas na região ou doenças crônicas, como diabetes e problemas autoimunes. As mulheres precisam ficar mais atentas, pois há uma predisposição maior de desenvolver a síndrome do túnel do carpo.

“É comum a relação entre a doença e movimentos repetitivos, como a digitação no computador, porém, não há comprovação. O que se sabe é que esses gestos podem agravar dores nas mãos e nos punhos”, contou o Dr. Layron Alves.

Um estilo de vida saudável é a melhor forma de evitar a doença, controlando sempre a obesidade e o diabetes, por exemplo. Evitar traumas na região também é importante, por isso a importância do uso de equipamento de segurança ao andar, por exemplo, de bicicleta e skate.

“O diagnóstico é clínico e auxiliado pelo exame de eletroneuromiografia. Levando em conta o grau de comprometimento da doença, várias possibilidades podem ser adotadas para aliviar o desconforto, como o uso de anti-inflamatórios, imobilização da região (uso de órtese) e fisioterapia”, finaliza o especialista.

O especialista enfatiza que, existem alguns tratamentos minimamente invasivos e guiados pelo ultrassom, que podem evitar o procedimento cirúrgico. Por isso, a importância de iniciar o tratamento assim que os primeiros sintomas aparecerem.

 

Sobre o especialista: Dr. Layron Alves é ortopedista e especialista em tratamento de doenças crônicas degenerativas e em cirurgia do ombro e cotovelo, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC). O especialista é preceptor efetivo da residência médica do Hospital Ipiranga SP e membro do grupo de cirurgia do ombro e cotovelo da Faculdade de Medicina do ABC.

Nenhum comentário