Pecuária de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul destaca-se pela alta produtividade e investimento em práticas sustentáveis, comprova Confina Brasil
Expedição da Scot
Consultoria no Centro-Oeste percorreu mais de 40 propriedades, comprovou
atenção especial à sustentabilidade, uso de Terminação Intensiva a Pasto (TIP)
e investimento em animais de alta qualidade genética.
Mais de 40 propriedades
dedicadas à pecuária intensiva em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul, dois dos
estados mais importantes para o agronegócio brasileiro, foram visitadas entre
11 e 22 de julho na segunda rota da expedição Confina Brasil e receberam duas
equipes formadas por engenheiros agrônomos, médicos-veterinários e zootecnistas
da Scot Consultoria.
Destacamos a intensa utilização da Terminação Intensiva a Pasto (TIP),
aproveitamento de dejetos dos lotes para produção de adubo, presença de
biodigestores nas propriedades e o aproveitamento de clima característico da
região a favor da produção.
Em Rondonópolis (MT), a Fazenda
Novapec, administrada por um zootecnista, é gerida a partir da intensificação a
pasto, com produção de até 100 arrobas por hectare. “A terminação a pasto
proporciona bem-estar aos animais, desde a chegada à área até a locomoção
dentro do sistema. O manejo do rebanho é pensado de forma estratégica, para que
haja o maior conforto possível para o gado”, informa Olavo Bottino,
médico-veterinário e técnico do Confina Brasil.
Alta produtividade de arrobas
por hectare, assim como a opção pela TIP, são escolhas estratégicas, motivadas
inclusive pelo clima quente da região. Há abundância de capim, em razão dos
bons índices de chuva ao longo do ano, além de luminosidade privilegiada, o que
facilita a oferta de um pasto de qualidade para o rebanho no período das águas.
A Terminação Intensiva a Pasto
também é observada como a melhor estratégia de engorda dos animais na Fazenda
Netolândia, localizada em Tangará da Serra (MT). O sistema produtivo instala
cochos e coloca os animais em piquetes de boa pastagem, de forma que cada pasto
tenha um cocho para fornecimento de dieta concentrada. Dessa forma, há intensa
ingestão de concentrado, além de oferta de volumoso para alimentação dos
bovinos.
Uma das maiores preocupações da
pecuária, assim como da agricultura, tem sido a produção sustentável. Atentos a
isso e às exigências do mercado, os pecuaristas procuram cada vez mais soluções
para produção em larga escala, ainda se preocupando com os recursos naturais
das propriedades. Nesse sentido, o aproveitamento dos dejetos provenientes dos
animais confinados, sendo utilizados e enriquecidos em forma de compostagem, é
uma das grandes preocupações e estratégias da Fazenda Tucano, em Campo Novo do
Parecis (MT).
“A Tucano tem parceria com uma
empresa para o manejo dos dejetos através da compostagem. O adubo tratado é
usado nas lavouras, sendo a maior fonte de fósforo da adubação. A meta é de
produção de 40 mil toneladas de composto no ano. Dessa forma, em vez de os
resíduos serem descartados, há reutilização de um material natural, amenizando
a má destinação no ambiente”, conta Hugo Mello, engenheiro agrônomo e analista
de mercado da Scot Consultoria.
A Fazenda Tucano dedica atenção
especial à compra dos animais para recria que, posteriormente, serão destinados
à engorda confinada. Visando a máxima qualidade possível do gado, o
confinamento possui parceria com corretores que buscam animais Nelore de melhor
qualidade. Assim, o confinamento eleva seu padrão de qualidade no momento do
abate dos animais, fornecendo carcaça de padrão superior ao mercado.
Na cidade de Poxoréu, em Mato
Grosso, está a sede da Fazenda Marcon, propriedade que também se destaca pelo
destino que dá aos resíduos da produção em confinamento. A fazenda está
finalizando a construção de um biodigestor. “O curral conta com método de
limpeza extremamente eficiente. Uma pá realiza a raspagem de forma automática
dos dejetos dos animais, despejando esses em uma valeta que direciona até o
biodigestor”, assinala Raphael Poiani, zootecnista e analista de mercado da
Scot Consultoria.
Por meio de ação bacteriana, os
dejetos acumulados no biodigestor são transformados em biogás e
biofertilizante. O biogás poderá servir de energia para a propriedade, já o
biofertilizante, pode ser aproveitado nas áreas de pastagens e na lavoura. Com
essa estratégia, a propriedade se torna mais sustentável e lucrativa, pois,
além de evitar que resíduos contaminem a natureza, reduz custos com
fertilizantes e energia na fazenda.
O Confinamento Campo Novo, do
Grupo MFG, localizado em Campo Novo do Parecis (MT), trabalha no formato de
boitel e realiza a engorda dos animais de terceiros e gado próprio. O grupo
possui oito propriedades em operação e se destaca pela extensa capacidade
estática de animais e elevado volume de cabeças abatidas. Por ano, há
capacidade estática para 154 mil animais e são abatidos 308 mil bovinos. A
última operação que entrou em atividade do grupo, é a unidade de Eldorado do
Sul, localizada no estado de Rio grande do Sul.
O Confina Brasil tem apoio de importantes
empresas. Na categoria de montadora, a expedição tem parceria com a Mitsubishi. São patrocinadores
"Ouro": Casale, Coimma, Elanco, FS Bioenergia, iRancho, Nutron e UPL.
No patrocínio "Prata", estão Associação Brasileira de Angus, Reenergisa e Zinpro. Embrapa, Hospital de Amor e Associação
Nacional da Pecuária Intensiva (ASSOCON) são parceiros
institucionais.
Para acompanhar essa jornada e testemunhar histórias incríveis, acesse nosso blog através do site confinabrasil.com e o Instagram @confinabrasil.
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