Trabalho flexível rende 20 dias livres a mais para o trabalhador: empresas devem fazer esta conta
Roberta Vasconcellos*
O futuro do trabalho está ligado a
modelos flexíveis de trabalho que foram remodelados no cenário pós-pandemia. O
“novo normal” deflagrou mudanças profundas no mundo do trabalho que ainda estão
em curso, mas englobam a preocupação com a qualidade de vida dos colaboradores,
que é fundamental até para garantir a retenção de talentos.
Quando se fala em modelo híbrido ou
remoto, podemos fazer uma conta rápida para descobrir que os colaboradores
podem ganhar cerca de 20 dias livres no ano. Fizemos este cálculo a partir do
total de dias úteis no ano e mais duas horas extras devido ao deslocamento que
não é mais necessário.
O total pode ser ainda maior,
considerando que muitos colaboradores perdem bem mais de duas horas no trajeto
casa-trabalho-casa em grandes metrópoles como São Paulo. Sem falar no estresse
de enfrentar o trânsito. Esse precioso tempo poderia ser aproveitado por
atividades que interessem ao colaborador.
De um lado, o modelo é importante para
garantir o bem-estar dos colaboradores que ficaram mais produtivos e
inovadores. Estudos já apontam essas tendências, como o do LinkedIn. No
levantamento, 78% dos profissionais no Brasil disseram que é possível ter uma
jornada mais flexível sem prejudicar a qualidade.
Neste cenário dinâmico, a adoção do
coworking emergiu como uma tendência irreversível para as empresas reduzirem
custos e ganharem com inovação. Empresas como Itaú, XP Investimentos, Banco
Inter, Creditas, iFood, Rappi, Sodexo, MRV, Mapfre, entre tantas outras,
apostaram nesses espaços compartilhados como uma alternativa para reduzir não
apenas o número mas o tamanho dos escritórios, mas também permitir a
aproximação entre os colaboradores.
Essa troca de experiências tão
importante entre os times fica limitada no modelo home office. Entre outras
questões, como eventuais danos na identificação dos profissionais com os
valores da empresa e com a cultura da marca. Os fatores foram identificados em
pesquisas do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio
Vargas. Resultados desses estudos foram publicados na MIT Technology Review Brasil.
Para driblar essas questões, a saída tem
sido o modelo híbrido de trabalho, entre outros formatos que conferem mais
liberdade ao colaborador. Ele pode optar por uma rotina mais otimizada que
garante maior equilíbrio entre sua vida pessoal e profissional.
A economia contemporânea baseada no
conceito de compartilhamento explica o porquê do sucesso desses hubs que se
espalham pelo país, e não apenas nos grandes centros urbanos. Além de oferecer
conforto e infraestrutura ideal que nem sempre o colaborador terá no home
office, os coworking permitem a interação entre equipes de trabalho de
diferentes marcas, transformados em um espaço pluridisciplinar.
Habitam nesses espaços não apenas
charmosos ecossistemas de empresas que tornam exponencial a possibilidade de
concretização de novas parcerias, de novos negócios e formulação de novos
produtos e serviços. Não apenas as startups, mas o mundo corporativo como um todo
já se beneficia desse universo aberto, dinâmico e interativo proporcionado pela
experiência do coworking.
Como maior marketplace de coworking da
América Latina, estamos convictos de que o compartilhamento é uma solução para
muitos dos desafios colocados para a nova era do trabalho que adquire um ritmo
ainda mais frenético, uma viagem sem volta, no pós-pandemia. Compartilhar,
somar, conviver, palavras que fundamentam o conceito de coworking, serão cada
vez mais estratégicas na gestão do trabalho. Um caminho sem volta e uma
tendência que já revoluciona as relações de trabalho do século XXI.
*CEO do BeerOrCoffe, maior marketplace de coworking da América Latina que hoje conecta profissionais e empresas a uma rede de escritórios que já contabiliza mais de 1,1 mil espaços em 200 cidades do país. São cerca de 150 colaboradores, que trabalham de forma 100% remota. Em 2018, recebeu aporte de Kees Koolen, fundador do Booking.com, e em 2021 recebeu investimento de US$ 10 milhões dos fundos Kaszek e Valor
Sobre o BeerOrCoffee
Maior marketplace de coworkings da América Latina, o BeerOrCoffee foi criado em
2017 e conecta profissionais e empresas a uma rede de escritórios com cerca de
1500 mil espaços em 200 cidades. Hoje, a empresa conta com mais de 150
colaboradores, que trabalham de forma 100% remota. Entre os seus clientes estão
Itaú, XP Investimentos, Banco Inter, Creditas, iFood, Rappi, Sodexo, MRV e
Mapfre. Em 2018, recebeu aporte de Kees Koolen, fundador do Booking.com, e em
2021 recebeu investimento de US$ 10 milhões dos fundos Kaszek e Valor. Para
saber mais, acesse www.beerorcoffee.com.
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